Capítulo 82

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O show estava maravilhoso, já estava soltinha igual eu costumo ficar, eu adoro!

eu: Procuro alguém que me faça chorar de novo quem me faça lembrar como sou imperfeito um relógio que faça meu tempo parar alguém que não repita nada do que eu tenha feito, alguém que curta Harry Potter e odeie Senhor dos Anéis como eu que ache dinheiro um saco que seja linda como a mulher que escolhi pra mim e que não se importe se homens usam salto ou sapato alguém que ame pessoas e só use coisas, alguém que seja tão simples quanto o curso da água, alguém que eu idealize e me decepcione vai, faz a coisa certa, mesmo que julguem errada tô por aí fazendo pontes pra quem nem conheço não quero que isso crie um muro entre eu e você eu te ensino a dar passos, me ensina a caminhar é que se a gente não anda junto tem risco de se perder são tempos difíceis, pessoas artificiais pra ir ao luxo, anos, pra voltar ao lixo, meses sei que cê guenta pois toda mulher nasce de outra mulher por isso são fortes duas vezes! - cantei gravando stories.

Estava tão bom, amava Djonga cantava todas e o viado com cara de "???", não entendia nada e a gente ria.

Karlla: sem cultura

Ju: euim, músicas de maconheiro igual vocês

Todos: Kkkkkkkkkkkkkk

Karlla: você não né - ele riu.

O show acabou e começou o funk, jogava minha bunda no ritmo da música.

eu: chupa o bico do meu peito e mete com vontade - cantei rindo e dançando, os homens do camarote do lado não parava de olhar, chamei as meninas pra dá um role e fomos.

Fui andando com pirulito na boca, dançando quando sentir um poste atrás de mim, sentir o cano do fuzil na minha perna gelado, olhei pra trás e respirei aliviada era meu bofe, acho até estranho falar isso não sou acostumada.

Cria: vai aonde? - falou no meu ouvido.

eu: vim te procurar - falei mentindo.

Cria: achou, tu deixa os outros te roça tu tem que se ligar - virei de frete pra ele, ele parou bem no caminho, mas alguém reclamava? Duvido!

eu: querido, eu já ia xingar mas eu vi que era você, tá todo soltinho agora que vim de graça. Vai ficar com um quente e um fervendo - falei com a mão na cintura cheia de marra.

Cria: me testa, Lauany me testa

eu: vai fazer o que? - disse se aproximando dele e o povo olhando disfarçadamente que não tinha nada.

Cria: filha da puta - ele puxou meu cabelo e me beijou. — Marcelle se aposenta, mas deixou a clone dele to fudido mesmo

eu: euim, ata - sai andando, ele veio atrás e voltei pro camarote junto com ele.

Parecia que tinha alguma coisa em mim, que estava com uma vontade enorme de arrumar uma briga com ele, tá repreendido.

Tinha umas meninas no camarote do lado que ficava olhando pra gente e falando, encarei ela e viraram.

Cria: qual foi?

eu: olha só Renato, se você tiver me traindo você está fudido. Escuta bem o que estou te falando, eu sou nova, bonita e independente nada me prende a você

Cria: qual foi Lauany? Você não pode beber não papo reto, já vai começar porra? To tranquilão contigo

eu: eu não quero saber, se eu descobrir você vai se arrepender de ter me conhecido - dei um tapa nos peitos dele, fazendo ele ficar revoltado.

Sair andando antes que ele fizesse alguma coisa e segurei no cercado, encarando as monas.

eu: ALGUM PROBLEMA DE VOCÊS, SE TIVER A GENTE RESOLVE - falei alto pra elas escutarem, ninguém falou nada. Ele veio e me puxou

Cria: qual foi cara? Não to entendendo

eu: elas olhando e falando caralho, não nasci ontem - ele chamou elas.

Cria: qual foi da de vocês, tem algo pra falar com a minha mulher, ele falou com toda paciência do mundo e todas negaram.

Cria: por que se tiver a gente resolve agora porra - elas negaram e ele saiu me puxando.

eu: tá me machucando

Jady: o que tá acontecendo?

Cria: não sei po, qual foi da tua hoje? - respirei fundo e fiquei quieta, nem eu sabia porque estava agindo assim.

eu: vou embora Jady

Jady: por que?

eu: to cansada, depois conversamos - me despedi de todos e sai andando, sem olhar pra trás. Quando estava saindo do campo ele puxou meu braço forte me levando até o carro, olhei pro lado vi de relance a Sabrina encarando nos dois.

Ele me jogou no carro igual um lixo, fazendo eu ir pra cima dele arranhava a nuca dele, puxava a blusa dele e ele tentava me controlar

Cria: para porra, EU VOU TE MACHUCAR LAUANY

eu: me esquece, eu não te quero mais - falei com vontade de chorar, eu arranhava ele todo, ate que ele me empurrou fazendo eu bater com a cabeça forte no vidro, que dor!

Cria: PORRA OLHA O QUE VOCÊ TA FAZENDO - disse socando o volante com toda força dele, estava com uma vontade de chorar mas não ia fazer isso na frente dele, tentei sair do carro mas não conseguir.

Cria: Chega Lauany, chega

eu: quero ir pra minha casa

Cria: PARA DE AGIR COMO CRIANÇA PORRA - eu fiquei quieta, ele me levou pra casa dele, chegamos eu sair entrando e subindo pro quarto, sentei na cama tirando meu salto, ele pegou um roupa, travesseiro e saiu do quarto, fui tomar banho e chorei aquele choro que estava entalado, ao mesmo tempo que eu era feliz me sentia infeliz com ele.

Lauanny - Libertina - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora