XXIX Casos estarrecedores

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Mulher conhecida como "serial killer" de animais em São Paulo foi presa no início deste mês na Zona Sul da capital paulista. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público (MP), Dalva Lina da Silva estava foragida desde novembro de 2017, quando a Justiça decretou sua prisão. Ela se apresentava como protetora dos bichos.

Dois anos antes, a mulher havia sido condenada por matar quatro cães e 33 gatos. Inicialmente, recebeu uma pena de 12 anos, mas a prisão acabou revogada à época. No ano passado, além da decretação da prisão, ela teve a pena aumentada para 16 anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto.

Foi a primeira vez que uma pessoa acabou condenada à prisão por maus tratos e mortes de animais no Brasil. Anteriormente, em outros casos similares, a Justiça havia aplicado multas e prestação de serviços comunitários aos condenados.

Os corpos dos 37 cães foram encontrados por um detetive particular contratado por uma ONG de protetores de animais em janeiro de 2012. Eles estavam em cinco sacos plásticos de lixo na frente da casa onde ela morava. O local era usado para receber, abrigar e encaminhar os bichos abandonados para adoção.

O G1 não conseguiu localizar a defesa de Dalva para comentar o assunto nesta sexta-feira (9). Mas ela sempre negou o crime contra a fauna, do qual foi acusada pelo MP. Alegava que recebia os animais doentes, em fase terminal, e, quando não conseguia cuidar deles, os sacrificava para acabar com o sofrimento deles.

A SRD Brigitty foi encontrada no dia 23 de maio de 2012 pela voluntária Kate Clunc debilitada e ferida gravemente no pescoço em Porto Alegre (RS) na região do Humaitá, nas proximidades da Arena do Grêmio.

A voluntária levou o animal a uma clínica veterinária, onde foi detectada a perfuração da traquéia. Devido à exposição dos tecidos internos, Brigitty desenvolveu um quadro de pneumonia. Além disso, a dificuldade na circulação do sangue pela área atingida provocou inchaço na cabeça. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e as imagens da cadela motivou uma campanha de solidariedade no Facebook para ajudar a custear o tratamento.

Cães agredidos

Em outubro de 2012, foi divulgado um vídeo que mostra o funcionário e o filho da dona do pet shop Quatro Patas, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, agredindo cachorros enquanto dava banho nos animais. Segundo a testemunha, que ficou indignada com as agressões, os maus-tratos eram constantes. Alguns saíam machucados e traumatizados com as pancadas que levavam.

Na gravação, Daniel Barroso, 20 anos, além de dizer xingamentos, dá tapas, socos e garrafadas na cabeça dos animais, além de jogar água abundante no focinho a fim de afogar o animal. Patas e focinhos também eram amarrados com objetos inadequados. A dona do estabelecimento, Solange Barroso, negou que soubesse das agressões. Ela disse que na falta de funcionários, ele chegou a trabalhar na loja alguns meses atrás. Atualmente, tem a função de levar e buscar os cachorros em casa. O vídeo das agressões teve repercussão internacional.

Uma gata foi agredida e teve os olhos arrancados por um garoto de 11 anos na cidade de Valparaíso de Goiás, na divisa com o Distrito Federal, no dia 22 de junho de 2012. A gata Themis, como foi batizada, foi encontrada em um condomínio por uma moradora que a levou até o grupo Salvando Vidas Protetores Independentes. O menino teria usado um lápis ou uma caneta para arrancar os olhos do animal.

A história da gata de três meses comoveu a professora Káthia Regina Vieira, 48 anos. Ela, que é defensora dos animais e mora em uma casa no bairro Grande Colorado, em Sobradinho, com outros 13 gatos e dois cachorros, entrou em contato com o grupo que atendeu o animal para solicitar a adoção. A gata foi então rebatizada como Yasmin.

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