forty

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quarenta capítulos, amo vocês! 🖤

AURORA
two days later.

Me mexo desconfortável na cadeira do laboratório assim que vejo Neymar, Philippe e Ainê saírem da sala onde foram tirar sangue.

— O Neymar foi de intrometido né? — Lorena pergunta e eu faço que sim, soltando uma risada sem muito humor. — Você tá estranha.

— Deve ser impressão sua.

Óbvio que eu estava estranha, eu sou a única além de Ainê e Arthur que sabe que esse bebê não é do Philippe.

FLASHBACK on
two days ago.

Como assim, Arthur?

— Vamos sentar, e eu te conto tudo. Desde o início. — Ele diz e eu concordo, indo até um dos inúmeros banquinhos de madeira espalhados pelo parque. — Em março, eu e você fomos ao Brasil para as bodas de prata dos meus pais, e não sei se você se lembra, mas em um dos dias eu sai com alguns amigos meu para uma boate, enquanto você e a minha mãe estavam no shopping.

— Sim, eu lembro.

— Então, nesse dia eu conheci uma mulher e rapidamente começamos a conversar e eu descobri que a mesma morava em Barcelona, devido ao seu namorado jogar em um time de futebol lá. — Nego com a cabeça. — No fim da noite ela me beijou, e eu retribui.

— Você me traiu?

— Aurora, me desculpa. — Fala. — Nós dois trocamos os números de telefone e depois desse dia começamos a conversar com bastante frequência. Depois de alguns meses, você recebeu o convite para trabalhar na seleção brasileira e conheceu o Coutinho, e só nesse dia eu soube que ele era o tal namorado da Ainê e que eles tinham uma filha. Eu surtei de pensar que poderia perder vocês duas para ele e decidi voltar a ficar com a Ainê, por medo de perder as duas mulheres que eu gostava.

— Você é um babaca! — Falo e ele concorda, desviando o olhar de mim.

— Eu prometo que deixo você me xingar, mas deixa eu terminar. — Ele continua. — Não demorou e nós dois terminamos, e a Ainê me contou que ela iria para a Inglaterra, e eu não pensei duas vezes em comprar uma passagem no mesmo dia que ela, mas a única diferença era que eu chegaria um pouco mais tarde. No dia do jantar, assim que o Coutinho deixou ela e a Maria lá, eu já havia chegado na Inglaterra e nós transamos naquele dia.

— Eu não acredito em você, Arthur. — Digo e ele retira o seu celular do bolso, entrando no aplicativo de mensagens e indo na conversa com a Ainê.

— Tem todas as conversas aí, pode ler.

FLASHBACK off

— Como foi lá dentro? — Pergunto para o Neymar assim que ele se senta ao nosso lado.

— Horrível. — Diz. — Tenho pavor de sangue de cobra.

— Júnior! — Falo e olho para a Lorena, que mordia os lábios, provavelmente para evitar uma risada. — Você não vale nada.

— Fiquei com medo do sangue dela sair verde, de tanta radioatividade que deve ter dentro daquele corpinho.

Lorena coloca a mão na boca e solta uma risada alta, me fazendo negar com a cabeça e rodar os olhos procurando por Philippe.

AURORA; philippe coutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora