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Douma passava pelos arredores de um vilarejo. A lua iluminava aquele lugar, a brisa gélida da madrugada sacodia suas madeixas loiras.

O oni havia se alimentado de alguns bêbados, mas nada de realmente interessante o apareceu, nenhuma jovem perdida.

Ele gostava de saciar sua diversão, mesmo que ele realmente nunca tenha sentido tal sensação.

"Essa madrugada será entediante" ele pensou.

Como que vindo dos céus, se ele acreditasse nisso, avistou ao longe um longo terreno, com uma estrutura tradicional de um templo japonês.

Era quase cômico, se não chegasse a ser irritantemente burro. Construir um templo bem em meio ao nada, sem nenhuma proteção ou algo do tipo, ou talvez fossem só ignorantes a ponto de não aceitarem sua realidade.

Mas percebeu conforme se aproximava, vida naquele lugar, indicando que não estaria abandonado.

Possuía curtas estradas rodeadas de árvores cujas cores não podiam ser vistas devido a escuridão da noite, o templo era branco com detalhes negros, possuía vários compartimentos e muitas vidas nele.

"Talvez seja dedicado a um Deus ou um centro budista" Ele pensou, e então, aproximou-se. Foi recebido por guardas altamente armados, armas inúteis contra onis.

─ Boa noite, senhores. Poderiam me informar o que se passa nesse templo? ╴Perguntou aos guardas com seu típico sorriso forçado. Sem nenhuma resposta, um guarda se retirou, depois voltou com um senhor. Provávelmente o chefe daquele lugar.

─ Boa noite, senhor. Desculpe a demora. Não é muito comum receber visitas a esta hora. Se é que me entende. ╴O idoso o recebeu com um sorriso no rosto.

─ Boa noite, o senhor por acaso seria o chefe deste lugar? ╴Peguntou com um sorriso, antes de se pronunciar novamente ╴É bem mais incomum encontrar um templo no meio do nada. Se é que me entende.  ╴Retrucou .

─ Não, não sou o chefe deste lugar. Nossa mestra se encontra em seus aposentos a esta hora. - O senhor respondeu calmamente.

Mestra? Ela é uma buda ou algo assim? - Isso atiçou sua curiosidade mulheres não costumavam ocupar cargos como este.

─ Não, meu jovem, nossa mestra se dedica a ajudar aqueles que necessitam.

─ Então, ela seria uma profeta? - Ele queria irritar aquele homem.

Também não. Ela ajuda aqueles que são destruídos pela vida, aqueles confusos, desamparados. Ela não cura doenças ou enfermos, mas faz algo melhor, ao meu ver. Ela ajuda quem precisa de vida. - Por um momento Douma se perguntou se ela fazia algo como ele fazia. Porém, ele não detectou sangue demoníaco naquele lugar.

Em sua mente, era tecnicamente impossível alguém ser idiota suficiente para gastar dinheiro e tempo para ajudar pessoas. Ele fazia isso mas não era como o idoso a sua frente descrevia os feitos de tal mestra.

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⏰ Última atualização: Nov 25, 2020 ⏰

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