Pv.Ludmilla
-- Agora é sério, eu estou aqui pra me redimir.-- Encarei ele. -- Eu estou cansado de fugir da verdade não é mesmo? Eu matei Sofia e provavelmente vocês já saibam disso.
-- Cala a boca Caio, lembrar do passado ainda machuca.-- Falei irritada.
-- Problema seu, as minhas desculpas não são para você, são para a Brunna.-- Disse me encarando.
-- Eu não vou aceitar suas desculpas Caio.-- Brunna disse.
-- Ah você vai sim.-- Puxou uma arma que eu não reconheci no momento e puxou Brunna para perto dele, colocando o cano da arma em sua barriga e eu arregalei os olhos.
-- Caio...
-- Caio eu estou grávida, por favor.-- Brunna pediu de olhos fechando e ele olhou para ela.
-- Vo-você está grávida? Dessa aberração?-- Quase gritou apontando para mim.
-- Ela não é uma aberração, ela é o amor da minha vida, diferente de você, que é o inferno das nossas vidas.-- Ela disse segurando seu braço que estava pressionado em seu pescoço.
-- Eu sou o inferno de vocês?Nah, a gente vai se ver no inferno...-- Enquanto ele falava, olhei de soslaio para o interfone e dei alguns mínimos passos.
Ele falava algo sobre morrer dignamente, mas eu só me importei em acionar os seguranças do meu andar, e em menos de um minuto eles estavam atrás de Caio sem que ele percebesse.
-- Eu estou louco, mas sou um louco feliz.-- Apontou a arma para cima e Fernando segurou seu punho com força fazendo ele soltar Brunna.
Ela correu para perto de mim e ficou atrás de mim segurando a barra da minha camisa com força.
-- Me solta.-- Ele gritava enquanto tentava entortar a mão para atirar em Fernando.
-- Seu babaquinha, entrou no prédio errado.-- Gustavo disse dando um soco em seu rosto e uma joelhada nos seus países baixos.
-- Filho da puta.-- Ele gemeu de dor soltando a arma e se ajoelhando na frente de Gustavo que socou sua cara novamente.
-- Dessa vez você não vai preso, você vai para a cadeira elétrica.-- Fernando disse algemando-o e ele nos encarou com um sorriso cheio de sangue.
-- Nos vemos no inferno, suas putas.-- Gustavo deu outro soco em seu rosto fazendo-o desmaiar.
-- Que cara idiota, quem deixou ele subir?-- Dei de ombros. -- Babaquinha.-- Deu risada e Gustavo retribuiu tirando ele dali.
-- Quando finalmente vamos ficar em paz? Sem esse idiota atrapalhar tudo?-- Quase gritei virando para Brunna e ela estava com os olhos levemente arregalados. -- Bru, você está bem?-- Segurei seu rosto.
-- Eu...Eu não sei.-- Disse com o olhar perdido e eu passei os polegares por eles, fazendo-à fechar os olhos.
-- Vai ficar tudo bem agora.-- Abracei ela e vi novamente a imagem de Sofia perto da parede de vidro. -- Não é Sofia?-- Perguntei e Camila me soltou virando-se para a imagem de Sofia.
-- Eu não tenho o que dizer.-- Ela disse e sorriu. -- Mas eu só tenho que parabenizar pelo bebê.-- Disse sorrindo.
-- Você sabia.-- Falei apontando. --Sabia que iríamos ter um bebê.-- Ela deu de ombros.
-- São detalhes.-- Brunna riu.-- Não esqueça, antes do sol se pôr.-- Brunna assentiu e sua imagem foi sumindo aos poucos.
-- O que tem o pôr do sol?-- Perguntei e ela se virou.
-- Para encontra-lá sempre, se você quiser, pode ir comigo.-- Assenti e segurei sua nuca beijando sua testa.
-- A gente vai, sem problemas.-- Ela assentiu e ficou na meia ponta para selar meus lábios.
-- Eu preciso ir.-- Suspirou. -- Vou beber um pouco de água, eu ainda estou assustada.-- Disse caminhando para o meio da sala.
-- Ei, você vai ficar bem?-- Ela assentiu. -- Tem certeza?-- Perguntei apreensiva.
-- Tenho amor, relaxa.-- Caminhou até a porta, e quando foi à abrir, Brunna desmaiou caindo no carpete bege.
-- Brunna.-- Gritei passando pela mesa e correndo até ela que estava no chão desacordada. -- Amor acorda, acorda amor por favor.-- Dei alguns tapinhas em seu rosto e nada.
Suspirei passando as mãos no rosto, levantei imediatamente indo até o bar e pegando o litro de whisky, voltei para perto dela e coloquei um pouco no copinho e passei frente ao seu rosto, nada, passei novamente e nada, molhei minha mão e pressionei contra seu rosto fazendo Brunna puxar o ar com tudo e sacudir as mãos procurando por ar, soprei seu rosto e ela começou a tossir me deixando mais preocupada.
-- Amor, pelo amor de Deus, eu perguntei se você estava bem.-- Suspirei passando a mão em seu rosto.
-- Que cheiro de bebida alcóolica.-- Ela disse franzindo o nariz.
-- Eu tive que usar essa tática para você acordar, espero que não tenha problemas.-- Ela assentiu.
-- Eu acho melhor eu ir pra casa, já está perto da hora que eu vou encontrar Sofi.-- Suspirei.
-- Você quer que eu vá com você?-- Perguntei acariciando seu rosto.
-- Ludmilla, fica aqui, eu vou ficar bem.-- Serrei os olhos.
-- Você disse isso à alguns minutos atrás, vou te levar até o saguão do prédio e pedir que Alfredo te leve.-- Ela assentiu. -- Só toma cuidado ok?Por favor.-- Ela assentiu novamente.
-- Fala alguma coisa.-- Ela sorriu fraco.-- Eu te amo, obrigada por cuidar de mim.-- Beijou meus lábios e eu suspirei sorrindo.
-- Vamos.-- Ajudei-à a levantar e ela sorriu fraco novamente me encarando com os olhos quase revirando-os e eu sorri.
-- Ludmilla.-- Ela chamou e eu respondi anasalado. -- Eu vou desmaiar de novo.-- Disse levando a mão até a cabeça.
-- Amor calma, respira fundo e... -- Não terminei pois ela desmaiou novamente no meu colo. -- Não pensa nisso.-- Terminei bufando entediada.
Peguei ela no colo e coloquei-à no meu ombro indo até o interfone e acionando o segurança do saguão para que ele alertasse Alfredo que estávamos descendo.
(...)
Depois que saímos do carro, Alfredo me ajudou à tirar Brunna do carro que ainda se encontrava desmaiada, entramos na sua casa e eu fui direto para o quintal, por conta do pôr do sol.
Coloquei Brunna sentada no balanço de varanda e esperei até que Sofia aparecesse e não demorou para que isso acontecesse.
-- O que aconteceu com ela?-- Ela perguntou se aproximando.
-- Ela desmaiou, acho que é coisa da gravidez.-- Disse encarando o rosto sereno de Brunna.
-- Acho melhor você se afastar dela.-- Ela disse e eu encarei seu rosto.
-- Por que?-- Perguntei confusa.
-- Porque ela...-- Ela nem terminou, pois Brunna despertou vomitando, bem, em cima, de mim.
-- Porra.-- Falei de olhos fechados e o nariz franzido.
-- Desculpa?-- Ouvi a voz de Brunna e Sofia começou a rir, eu queria mata-lá.
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Portrait (Brumilla)
FanficLudmilla Oliveira, uma garota de dezessete anos, destinada à estudar em uma das melhores faculdades da grande Londres, tirou a sorte grande por ser aceita na Harvard ao lado da sua melhor amiga Patrícia Cristal. O que ela não sabia, era que o destin...