Capítulo 41

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Pv.Ludmilla

-- Agora é sério, eu estou aqui pra me redimir.-- Encarei ele. -- Eu estou cansado de fugir da verdade não é mesmo? Eu matei Sofia e provavelmente vocês já saibam disso.

-- Cala a boca Caio, lembrar do passado ainda machuca.-- Falei irritada.

-- Problema seu, as minhas desculpas não são para você, são para a Brunna.-- Disse me encarando.

-- Eu não vou aceitar suas desculpas Caio.-- Brunna disse.

-- Ah você vai sim.-- Puxou uma arma que eu não reconheci no momento e puxou Brunna para perto dele, colocando o cano da arma em sua barriga e eu arregalei os olhos.

-- Caio...

-- Caio eu estou grávida, por favor.-- Brunna pediu de olhos fechando e ele olhou para ela.

-- Vo-você está grávida? Dessa aberração?-- Quase gritou apontando para mim.

-- Ela não é uma aberração, ela é o amor da minha vida, diferente de você, que é o inferno das nossas vidas.-- Ela disse segurando seu braço que estava pressionado em seu pescoço.

-- Eu sou o inferno de vocês?Nah, a gente vai se ver no inferno...-- Enquanto ele falava, olhei de soslaio para o interfone e dei alguns mínimos passos.

Ele falava algo sobre morrer dignamente, mas eu só me importei em acionar os seguranças do meu andar, e em menos de um minuto eles estavam atrás de Caio sem que ele percebesse.

-- Eu estou louco, mas sou um louco feliz.-- Apontou a arma para cima e Fernando segurou seu punho com força fazendo ele soltar Brunna.

Ela correu para perto de mim e ficou atrás de mim segurando a barra da minha camisa com força.

-- Me solta.-- Ele gritava enquanto tentava entortar a mão para atirar em Fernando.

-- Seu babaquinha, entrou no prédio errado.-- Gustavo disse dando um soco em seu rosto e uma joelhada nos seus países baixos.

-- Filho da puta.-- Ele gemeu de dor soltando a arma e se ajoelhando na frente de Gustavo que socou sua cara novamente.

-- Dessa vez você não vai preso, você vai para a cadeira elétrica.-- Fernando disse algemando-o e ele nos encarou com um sorriso cheio de sangue.

-- Nos vemos no inferno, suas putas.-- Gustavo deu outro soco em seu rosto fazendo-o desmaiar.

-- Que cara idiota, quem deixou ele subir?-- Dei de ombros. -- Babaquinha.-- Deu risada e Gustavo retribuiu tirando ele dali.

-- Quando finalmente vamos ficar em paz? Sem esse idiota atrapalhar tudo?-- Quase gritei virando para Brunna e ela estava com os olhos levemente arregalados. -- Bru, você está bem?-- Segurei seu rosto.

-- Eu...Eu não sei.-- Disse com o olhar perdido e eu passei os polegares por eles, fazendo-à fechar os olhos.

-- Vai ficar tudo bem agora.-- Abracei ela e vi novamente a imagem de Sofia perto da parede de vidro. -- Não é Sofia?-- Perguntei e Camila me soltou virando-se para a imagem de Sofia.

-- Eu não tenho o que dizer.-- Ela disse e sorriu. -- Mas eu só tenho que parabenizar pelo bebê.-- Disse sorrindo.

-- Você sabia.-- Falei apontando. --Sabia que iríamos ter um bebê.-- Ela deu de ombros.

-- São detalhes.-- Brunna riu.-- Não esqueça, antes do sol se pôr.-- Brunna assentiu e sua imagem foi sumindo aos poucos.

-- O que tem o pôr do sol?-- Perguntei e ela se virou.

-- Para encontra-lá sempre, se você quiser, pode ir comigo.-- Assenti e segurei sua nuca beijando sua testa.

-- A gente vai, sem problemas.-- Ela assentiu e ficou na meia ponta para selar meus lábios.

-- Eu preciso ir.-- Suspirou. -- Vou beber um pouco de água, eu ainda estou assustada.-- Disse caminhando para o meio da sala.

-- Ei, você vai ficar bem?-- Ela assentiu. -- Tem certeza?-- Perguntei apreensiva.

-- Tenho amor, relaxa.-- Caminhou até a porta, e quando foi à abrir, Brunna desmaiou caindo no carpete bege.

-- Brunna.-- Gritei passando pela mesa e correndo até ela que estava no chão desacordada. -- Amor acorda, acorda amor por favor.-- Dei alguns tapinhas em seu rosto e nada.

Suspirei passando as mãos no rosto, levantei imediatamente indo até o bar e pegando o litro de whisky, voltei para perto dela e coloquei um pouco no copinho e passei frente ao seu rosto, nada, passei novamente e nada, molhei minha mão e pressionei contra seu rosto fazendo Brunna puxar o ar com tudo e sacudir as mãos procurando por ar, soprei seu rosto e ela começou a tossir me deixando mais preocupada.

-- Amor, pelo amor de Deus, eu perguntei se você estava bem.-- Suspirei passando a mão em seu rosto.

-- Que cheiro de bebida alcóolica.-- Ela disse franzindo o nariz.

-- Eu tive que usar essa tática para você acordar, espero que não tenha problemas.-- Ela assentiu.

-- Eu acho melhor eu ir pra casa, já está perto da hora que eu vou encontrar Sofi.-- Suspirei.

-- Você quer que eu vá com você?-- Perguntei acariciando seu rosto.

-- Ludmilla, fica aqui, eu vou ficar bem.-- Serrei os olhos.

-- Você disse isso à alguns minutos atrás, vou te levar até o saguão do prédio e pedir que Alfredo te leve.-- Ela assentiu. -- Só toma cuidado ok?Por favor.-- Ela assentiu novamente.
-- Fala alguma coisa.-- Ela sorriu fraco.

-- Eu te amo, obrigada por cuidar de mim.-- Beijou meus lábios e eu suspirei sorrindo.

-- Vamos.-- Ajudei-à a levantar e ela sorriu fraco novamente me encarando com os olhos quase revirando-os e eu sorri.

-- Ludmilla.-- Ela chamou e eu respondi anasalado. -- Eu vou desmaiar de novo.-- Disse levando a mão até a cabeça.

-- Amor calma, respira fundo e... -- Não terminei pois ela desmaiou novamente no meu colo. -- Não pensa nisso.-- Terminei bufando entediada.

Peguei ela no colo e coloquei-à no meu ombro indo até o interfone e acionando o segurança do saguão para que ele alertasse Alfredo que estávamos descendo.

(...)

Depois que saímos do carro, Alfredo me ajudou à tirar Brunna do carro que ainda se encontrava desmaiada, entramos na sua casa e eu fui direto para o quintal, por conta do pôr do sol.

Coloquei Brunna sentada no balanço de varanda e esperei até que Sofia aparecesse e não demorou para que isso acontecesse.

-- O que aconteceu com ela?-- Ela perguntou se aproximando.

-- Ela desmaiou, acho que é coisa da gravidez.-- Disse encarando o rosto sereno de Brunna.

-- Acho melhor você se afastar dela.-- Ela disse e eu encarei seu rosto.

-- Por que?-- Perguntei confusa.

-- Porque ela...-- Ela nem terminou, pois Brunna despertou vomitando, bem, em cima, de mim.

-- Porra.-- Falei de olhos fechados e o nariz franzido.

-- Desculpa?-- Ouvi a voz de Brunna e Sofia começou a rir, eu queria mata-lá.

Portrait (Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora