Capítulo 5

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- Vai ficar tudo bem. Logo terá a sua filha em seus braços.

Angel segurou a mão do marido e entrelaçou os seus dedos. Então fixou os olhos no rosto dele e respirou fundo.

- Você consegue, meu anjo.

Benedict deu um beijo demorado no topo da cabeça dela.

Ela soltou um grito de dor e apertou a mão do marido com a pouca força que lhe restava. Então o médico avisou que faltava pouco e a incentivou a fazer mais força.

Um sorriso surgiu nos lábios de Benedict num instante em que ele ouviu o choro da recém-nascida.

- Você conseguiu, senhora O'Connell.

Angel soltou a mão do marido e fixou o olhar na recém-nascida que ainda se encontrava nos braços do médico. Ele cortou o cordão umbilical e aproximou-se do casal a colocando nos braços da mãe.

Benedict fixou os olhos na filha.

- Ela é linda.

Ele sorriu abertamente.

- Eu amo muito você, filha.

Ela deu um beijo demorado na mãozinha da filha.

- Doutor, nos dê alguns minutos a sós, por favor.

O médico assentiu com um balançar de cabeça e ela entregou a filha nos braços de uma das enfermeiras que se encontrava na sala.

- Com licença.

Disse ele e saiu da sala acompanhado pelas enfermeiras.

Confuso, Benedict franziu a testa e se sentou ao lado da esposa que se jogou nos braços dele.

- O que foi, meu anjo? - questionou ele e segurou o queixo dela a fazendo ela o olhar nos olhos.


- Está na hora, Ben. Eu estou pronta.

- Mas eu não estou e me recuso a perder você.

- Você não irá me perder, querido.

Angel desceu a mão para o seu peito sentindo os batimentos acelerados do seu coração.

- Eu estarei bem aqui.

Sorriu fracamente e encostou a testa na dele.

- Desculpa, mas eu não consigo, meu anjo. Eu a amo tanto.

- Eu também amo você demais, querido. Por favor, diga que está tudo bem. Deus é o melhor jardineiro que existe e agora Ele está me chamando para o jardim d'Ele.


Benedict fixou os olhos nos da esposa que estavam vermelhos por conta do choro e afagou os fios ruivos dela.

- Entregue está pulseira para nossa pequena em um de seus aniversários. Ela vai gostar de ter algo que a faça lembrar de mim.

Ela entregou nas mãos dele a pulseira dela e ele a guardou dentro do bolso de sua calça.

- E não esqueça que Deus é bom sempre.

Ela sorriu abertamente.

- Cuide da nossa filha por mim, está bem?

Ele balançou a cabeça em concordância, segurou a mão dela e depositou um beijo demorado.

Um sorriso fraco se formou nos lábios dele, enquanto lágrimas de dor escorreram de seus olhos

- Está tudo bem, meu anjo... você pode ir agora - ele depositou um beijo demorado na testa dela, sentindo o calor de sua pele.

- Não se preocupe, pois nossa filha saberá sobre a mulher forte e com uma fé inabalável em Deus que você sempre foi. - Angel assentiu em concordância, passando a mão pelo rosto do marido e depositou um beijo demorado nos lábios dele.

Então ela sorriu levemente e fechou os olhos. O monitor apitou, e a linha que mostrava os batimentos cardíacos dela ficou reta.

O médico entrou na sala cirúrgica, acompanhado das enfermeiras, com um olhar compassivo estampado no rosto.

Benedict se afastou, sentindo-se vazio.

A enfermeira lhe entregou a filha, e ele a segurou junto ao peito, sentindo seu coração batendo contra o dela.

- O papai vai cuidar de você, meu anjinho - disse ele, com a voz embargada. - Você não está sozinha. A sua mãe sempre estará em seu coração e Deus também vai cuidar de você, assim como Ele tem cuidado do seu papai.

Aquela que se foi | R O M A N C E C R I S T Ã O | Onde histórias criam vida. Descubra agora