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Arisa já tinha se acalmado da discussão que foi forçada na sala da hokage mas estava tendo dificuldade de ignorar os olhares em sua direção já que agora sabia o motivo de todos os olhos curiosos. As duas já tinham passado pelo restaurante do Ichiraku e até mesmo Teuchi-san mal podia acreditar que em todos aqueles anos em que serviu a pequena Arisa, estava na verdade servindo uma princesa.
Muitos alunos de sua geração as olhavam pelo meio do caminho, as seguindo com os olhos como se houvesse algum tipo de imã no rosto de Arisa que virava seus pescoços, e seja pela revelação sobre seu sangue real ou pelos boatos sobre Katara Senju e sua aliança com Orochimaru, nenhum deles chegou a ter coragem de aborda-las.
Estava bem mais fácil manter o fluxo de chakra apesar dela as vezes ainda sentir suas extremidades formigando, porém a cada minuto que passava canalizando chakra para o chão e para as paredes e para o ar devido as ordens de Katara, ela entendia mais o motivo de toda aquela adoração por parte da mestra quanto ao seu poder.
Chakra rodopiava dentro de seu corpo.
Chakra antigo, travesso e esperto.
Conseguia sentir cada gota de gelo, vento e água mas também alcançava cada fragmento de rocha, terra e pedra cortejando as chamas que corriam por suas veias.
Durante o tempo em que passara em Konoha durante sua infância, o limite diante de seu poder fora imposto por ela mesma, mas chegava a ser assustador até onde toda essa herança chegava... Sempre haviam níveis ocultos abaixo de cada barreira que Arisa atingia e ela entendia agora a necessidade de forçar um controle de chakra, mesmo que não fosse para despertar selos bonitinhos em sua testa.
Era quase infinito, parecia ser eterno e as vezes ela podia enxergar o nível mais fundo.
Bem na escuridão de sua alma havia um fundo coberto de cinzas, o poço de uma cratera dormente que sussurrava para que ela mergulhasse de uma vez... A instigava a descobrir o que poderia estar dormente abaixo das cinzas...
O poder de destruir, de incinerar.
Orihime as vezes sentia a energia que Arisa estava simplesmente jogando para o ambiente e ela sabia que isso era coisa da Katara, mas sinceramente a Sarutobi estava impressionada demais para ordenar que parasse por não saber a utilidade disso. Era muito fácil esquecer que a jovem ainda estava crescendo e que esse poder amadureceria junto com ela.
— Podemos começar a falar sério agora — A sensei comentou quando elas pararam numa ponte vermelha, olhando para o por do sol enquanto apoiadas na cerca vermelha.
Arisa saiu de dentro de sí mesma para prestar atenção em Orihime.
Os olhos de fogo brilhando iluminados pelo pai sol que se despedia naquela tarde de nuvens douradas.
— Não estou brava com você — A princesa simplesmente deu de ombros pensando ou fingindo que havia pensado na conversa agressiva que todos participaram no escritório da hokage — Eles iriam descobrir uma hora ou outra.
