stuck with you - Finchel

capítulo 35- A despedida parte I ⭐

Pov's Rachel.

O primeiro passo é encarar os fatos...

É domingo, o último dia da visita dos meus pais.

Eu não sou boa em despedidas, mas, realmente, quem é? Eu engulo o caroço na minha garganta enquanto minha mãe me passa o pão com um sorriso triste.

Nós estamos tendo nosso último almoço de domingo juntos antes que eu precise levá-los ao aeroporto. Eu já sinto falta deles.

Não é estranho o quanto você pode ficar acostumado com as pessoas? Quando descobri sobre a visita deles, eu fiquei desesperada com a ideia de ter que dividir o meu espaço e a minha vida com eles por três semanas. Agora, isso parece estar a uma vida de distância e, por algum motivo, eu temo a partida deles. Não só porque a minha casa ficará silenciosa sem eles, mas porque nós restabelecemos o nosso relacionamento nestas últimas semanas, ficando mais próximos do que éramos em um tempo muito longo. Inconscientemente, eles foram parte das três semanas da maioria das mudanças da minha vida, e no fundo eu tenho medo de que eles levem as tais mudanças com eles, deixando-me mais uma vez sozinha e solitária.

Eu aperto meus olhos fechados quando meu Pai se oferece para fazer a oração e aperto a mão de Huds ainda mais forte.

Em algum lugar entre dar graças pela nossa comida e abençoar as mãos que a fizeram, Finn suavemente esfrega seu polegar sobre o meu. A ação faz meus olhos lacrimejarem. Ele tem sido extremamente atencioso comigo durante toda a manhã. De alguma forma, sem eu ter que dizer, ele pode sentir o quanto isso é difícil para mim.

Eu dou aos seus dedos um aperto final antes de me afastar e abrir meus olhos para os rostos solenes ao meu redor. Meu pai parece levemente constipado. Acho que ele não gosta muito de despedidas também.

Eu espeto minha comida com meu garfo com indiferença, ouvindo o suave raspar de talheres na porcelana.

-Então, vocês têm um lançamento de livro na próxima semana?.-Minha mãe pergunta em tom de conversa fiada do outro lado da mesa.

Eu aceno e da minha visão periférica vejo Finn fazendo o mesmo.

-O livro é bom?.- Minha mãe tenta novamente.

-É ok.- Eu dou de ombros, empurrando um garfo cheio de salada em minha boca. Minha resposta não é uma mentira. O livro é realmente apenas ok. Por que Will queria que a Editora o publicasse, em primeiro lugar, está além da minha compreensão.

-Vale à pena comprar?.-Eu tento engolir o conteúdo da minha boca para responder, mas meu pai se adianta.

-Nós esperaremos pelo do Hudson.

Minha cabeça atira para cima em surpresa e, mais uma vez, Finn espelha a minha reação.

Se eu não tivesse a boca cheia de tomate, eu ficaria boquiaberta. Viro minha cabeça na direção de Finn. Ele parece amedrontado e, por um momento, eu esqueço por que eu estou me sentindo para baixo.

-Boa escolha.-Eu digo com uma risada suave uma vez que eu engoli.

Sua deliciosa boca torce em um sorriso tímido, antes de ele se virar para me dar uma piscadela brincalhona.

-Valerá à pena a espera.- Eu ouço minha mãe concordar, mas minha atenção está focada nos olhos cintilantes do homem ao meu lado. Puta merda, ele é lindo.

-Qualquer coisa que valha à pena geralmente justifica a espera.- Ele murmura baixinho em resposta, movendo sua mão para descansar gentilmente na minha coxa.

Eu limpo minha garganta e dou a ele um pequeno sorriso, antes de voltar minha atenção para o meu prato.

-Sant pediu para dizer adeus e que eles verão vocês no casamento.- Eu tento mudar de assunto.

-Jesse convidou Santana?.- Meu Pai parece surpreso, mas eu não posso culpá-lo. Eu fiquei igualmente chocada quando Sant me disse no início desta semana. Aparentemente, ela não quis me dizer antes que recebeu um convite, com medo de que eu poderia surtar. Boa decisão. Ela não estava pensando em ir também, mas como eu disse a ela que tanto Huds quanto eu iremos, ela disse que aceitaria o convite para me dar apoio moral.

-Sim.-Eu aceno, finalmente desistindo do meu prato pela metade, empurrando-o para longe de mim.

-Bem, Jesse conhece Britt há quase tanto tempo quanto conhec Rach.- Minha mãe estima corretamente antes de me dar um sorriso encorajador. - Que bom pra nós que eles irão.

-Eu também.- Eu concordo rapidamente e coloco minha mão sobre a de Huds , que ainda está firmemente plantada no meu colo. Tornou-se uma reação automática eu estender a minha mão para ele quando estou me sentindo levemente insegura de mim mesma. Ele vira sua mão e entrelaça nossos dedos, acalmando-me instantaneamente.

-Vocês dois ficarão conosco nesse fim de semana, certo?.-Minha mãe pergunta esperançosa, fazendo meu coração apertar. Eu odeio o fato de que eu a deixei tão incerta quando se trata de mim ao longo dos últimos anos.

Eu começo a virar a cabeça na direção de Finn para confirmar, mas ele responde por nós dois sem pausar. -Claro, Shelby.

Isso causa um enorme sorriso em minha mãe, o que me faz rir suavemente da sua ansiedade. Eu aperto seus dedos em agradecimento, o que ele retribui passando o polegar sobre as costas da minha mão. Minha respiração acelera instantaneamente enquanto minhas coxas apertam em seu próprio acordo. Ele tem o meu corpo tão em sintonia com o dele que mesmo um pequeno gesto como esse me faz querer saltar em seus braços.

Ele ri, deixando sua cabeça cair para o seu peito e mantendo seus olhos em seu prato. Ele sabe o efeito que tem sobre mim.

Eu viro as nossas mãos e pressiono a unha do meu polegar em sua pele. Bastardo presunçoso.

Ele puxa seu dedo do meio trás e corre sobre a palma da minha mão sugestivamente. Eu aperto novamente. Sim, ele tem motivos para ser presunçoso.

-Você virá conosco para o aeroporto, Hudson?.- Meu Pai pergunta do outro lado da mesa.

Os dedos de Finn param momentaneamente antes de ele levantar o olhar para o meu.

-Rach ainda tem que me convidar.- Ele responde calmamente.

-Ela tem que convidar?.- Meu Pai parece tão confuso quanto eu.

-Para isso, ela tem.- Sua resposta é tão baixa que eu tenho certeza que sou a única que ouviu. Eu franzo a testa para ele, implorando a ele com os meus olhos para explicar o significado das suas palavras. Ele oferece um pequeno sorriso, e então volta seu olhar para o seu prato, entrelaçando nossos dedos novamente.

-Eu estou bem em levá-los sozinha.- Minha resposta vem como uma quase pergunta, sondando Huds por qualquer tipo de resposta. Eu não recebo nenhuma dele, no mínimo.