[41] the fall of the bengot castle

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Suas pernas trêmulas tentavam trilhar todo o caminho pelo qual sabia que ele estaria, os olhos violeta brilhando de lágrimas, assim como o rosto vermelho e coberto pelas mesmas.

Jimin não havia se machucado em meio aos escombros, mesmo sabendo que milhares de pessoas não haviam sobrevivido ao que aconteceu. Conseguira sair de lá sem muito esforço, porque de alguma forma algo ao seu redor impediu que se machucasse ou que algo lhe atingisse.

Mas estava se sentindo como um monstro terrível, afinal, tinha ouvido gritos de desespero quando saiu do meio das enormes pedras, viu e ouviu o pânico das pessoas ao redor. Pessoas que não entendiam o que havia acontecido e que estavam desesperadas com o acontecimento, preocupadas com seus parentes... pais, filhos, irmãos.

Família, amigos. Pessoas que eles tinham o sentimento de amor.

Não sabia como havia feito aquilo, como, porque, e se quer entendia o que de fato tinha acontecido.

Estava mais do que assustado, estava apavorado.

A única coisa que tinha certeza era que foi ele quem fez aquilo. Não foi nenhuma força superior ou alguém que sequer nasceu... foi ele, e somente ele.

E não havia tido controle algum sobre suas ações, foi impulsivo e não conseguiu se controlar. A única coisa que conseguiu pensar naquele momento foi em Jungkook e nos sentimentos horríveis que vinham de seu alfa, a dor que sentia dele foi inimaginável.

E nada podia afetar Jimin mais do que o sofrimento de Jungkook

Foi impossível controlar suas ações, e milhares de pessoas pagaram por isso. Sentia-se um monstro.

A noite já havia caído e a única coisa que iluminava a floresta muito parcialmente, eram as estrelas. Tudo o que Jimin conseguia ouvir naquele silêncio sepulcral eram seus soluços e os sons dos seus passos sobre a grama e a terra.

-Jungkook... -Sussurrou, tremendo, soluçando e fungando.

Mal o sentia... era como se sua energia e aura estivessem se apagando para sempre, e isso lhe causava o maior desespero que se podia existir.

Não conseguiria viver em um mundo ao qual ele não existisse. Nunca amou e admirou tanto alguém em sua vida.

Não sabia o porquê, mas suas pernas estavam fracas assim como todo o seu corpo, e suas coxas ainda assadas da viagem à cavalo ardiam. Não conseguia compreender como seu corpo tão forte, tornava-se tão frágil, eram como dois pólos de si mesmo.

Escutou o uivo de lobos, assim como o ressoar de corujas. Ignorou tudo somente caminhando, tentando sentir mais dele, andando cegamente na mata escura, seguindo apenas os seus instintos.

Sabia que tudo estava um caos e que iriam a sua caça com ainda mais âmbito do que antes. Todos iriam querer sua morte deliberadamente, e não os julgava por isso, poucas pessoas aceitariam viver tranquilamente suas vidas com um monstro à solta.

Lembrava-se agora que um dia antes do seu casamento com Adam Carpentier, sua mãe havia ido até o seu quarto. Claro que ficou surpreso com aquela mulher lá, não se lembrava quem ela era, até que ela o convenceu a olhar no espelho e se lembrar...

Jimin estava sentado sobre a cadeira de sua penteadeira, e a mulher bela em sua frente segurava seu rosto belas bochechas rechonchudas. Seus olhos tão violetas quanto os seus brilhavam de lágrimas não derramadas, e ela olhava atentamente cada detalhe do seu rosto.

-Mamãe... -Ele sussurrou para ela.

-Bebê... -Disse, com seus dedos carinhosos acariciando o seu rosto angelical.

KALEIDOSCOPE • Jikook [abo]Onde histórias criam vida. Descubra agora