Notas iniciais: Demorei? Sim. Voltei? Também! É que, para a felicidade dos que me acompanham, o final do ano é a melhor parte do ano pra eu poder escrever e dar continuidade ao que eu já tenho. Não iria deixar a Medo Bobo sem um final, e obviamente, preparei esse capítulo pra dar um fim à esse ciclo tão bonito e postar outras fics sem peso na consciência KKKKKKK. Espero que gostem, tô fazendo com muito amor e dedicação pra vocês. Então, é isso... Fiquem com o final que demorou mas chegou!
* * *
Alguns meses depois...
Paolla Oliveira
Acordei com o canto doce e alto dos pássaros que rodeavam nossa casinha e que eram nossos parceiros de todas as manhãs, quase nossos despertadores naturais. Fazia pouco tempo que agora morávamos juntos para valer, mas não somente como namorados. Éramos marido e mulher, efetivamente casados. Não houve uma cerimônia maior, nem festa, na verdade nem era o momento propício para isso. Estávamos em quarentena e eu precisava priorizar a minha família amada: eu, Sérgio e além de tudo... O Ricardinho! Sim, também havíamos descoberto que nossa sementinha na verdade era um menino que estava crescendo forte e saudável feito um touro. Guizé ficou muito contente em descobrir que seria pai de um menino lindo, era o sonho dele. O quarto do Ricardo — que ganhou esse nome em homenagem ao Chiclete, novela que originou nosso amor — já estava todo pronto e decorado do jeitinho que o pai dele sempre sonhou: branco e preto, detalhes de futebol e muitos quadros do Corinthians. Um deles escrito "aqui tem um louquinho pro bando", eu achei aquilo o auge da fofura.
Além disso, minha ansiedade aumentava cada dia mais, já que estávamos nas últimas semanas de gestação e era questão de tempo pra eu conhecer nosso menino.Sérgio também se superava todos os dias como um marido exemplar e um aspirante à pai incrível, sempre pesquisando coisas e pensando na melhor forma de criar o Ric. Ele fazia tudo o que eu pedia pra saciar meus desejos de grávida, sempre entregava na cama, me ajudava no banho, me fazia massagens, cantava pra eu dormir, sempre fazia questão se estava tudo certo no quarto do bebê e me perguntava de segundo em segundo se eu sentia alguma contração, dor, incômodo... Ele queria estar preparado para todas as ocasiões. E todo dia antes de dormir, Gui parava para conversar com a barriga por uns quinze minutos. Nós dois fazíamos isso, na verdade. Era lindo, mas eu levava uma coleção de chutes que às vezes me doía. Sérgio dizia que ele seria bom de bola, diferente do pai.
Olhei para o lado da cama em que Sérgio dormia e ele se encontrava desmaiado ainda, dormindo de forma angelical. Ficou cansado depois de dar um trato sozinho na casa e eu não me senti na obrigação de acordá-lo. Às vezes ele era superprotetor comigo, como se grávidas fossem de vidro. Eu gostava da minha liberdade de vez em quando. Dei apenas um beijinho na testa dele com calma e levantei, tentando fazer o mínimo de barulho — apesar da dificuldade.
Era primavera, começava a esquentar. Pela manhã eu já estava suando, decidi tomar um banho bem gelado para aliviar as dores nas costas que essa barriga enorme me causava e aproveitei para ter uma conversa à sós com Ricardo.— Ric, você tem sorte de ter um pai tão preocupado. Mas, você conhece a mãe como ninguém, né, filho? Roubar a minha liberdade é demais. — Comentei, tão convicta de que ele poderia responder como alguém já existente e crescido.
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Medo Bobo
FanfictionPreso num casamento sem esperanças, Sérgio Guizé viveu uma paixão proibida com Paolla Oliveira que logo foi descartada por seu receio. Porém, um reencontro recheado de redenção muda o rumo de tudo.