CAPÍTULO 34

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POV Jeong Yunho

O que estava acontecendo comigo? 

Essa era a pergunta que Yunho passou a fazer para sí mesmo desde o incidente no escritório. Ainda tentava entender o porquê de ter gostado tanto de ficar próximo de Mingi daquela forma, ainda sentia o toque dele em sua bochecha, o beijo na testa, e não entendia em como uma pessoa, que até um tempo atrás ele tivesse certa aversão, poderia se tornar uma pessoa que sem querer, ele desejasse estar próximo de algum jeito. Estava enrascado.

Faziam horas que o acastanhado, sentado no sofá da sala, encarava o telefone em uma mensagem aberta de San.

📲San: Oie… eu sei que isso é esquisito mas, eu sinto sua falta. É realmente bem estranho não te dar carona depois do trabalho, meu carro fica meio vazio. 😆

📲San: Me liga quando puder pra gente conversar melhor, ok? Se cuida por ai.💛 

Sentia sua cabeça latejar, nunca havia se sentido tão confuso na vida, já que tal situação que estava agora, de forma alguma, se comparava à situações que ele passava quando era mais novo, quando apenas tinha que decidir escolher qual cor de cereal comeria primeiro, ou se comia o lado de morango ou o lado de chocolate da bolacha. Sentia falta de ter aquelas decisões na vida, passou então a perceber que a vida adulta não tinha nada de mágica, era só confusão atrás de confusão.

— Jeong! O que está fazendo sentado aí? Não vai se arrumar? — se assustou com a voz de Seong, e então olhou pra cima, vendo Seonghwa descendo a escada  tremendamente arrumado. 

— Se arrumar pra que? — perguntou Yunho, sinceramente confuso. Nada mais entrava ou saía de sua cabeça, só existiam pensamentos confusos, nos quais Yunho era péssimo pra administrar. Era tudo uma enorme bola de neve.

— Pra festa, bobão! Vamos pra aquele bar hoje, esqueceu? Vamos logo, anda! Vai se ajeitar logo! Já são quase oito horas da noite, o bar vai abrir e temos que chegar antes pra pegar lugar! — o moreno disse, andando até Yunho e ajudou ele a se levantar. Oito horas? Havia perdido a noção do tempo enquanto tentava entender seus próprios sentimentos. Haviam passado horas desde que falou com Mingi no escritório, e ainda sim aquelas horas não foram sequer o suficiente pra entender o começo da história, percebeu que precisava de dias, meses ou talvez anos, pra entender tudo.

— Mas… — Yunho tentou protestar, mas logo Park cortou o mesmo. 

— Mas nada, vai logo se arrumar. Eu não sei o que aconteceu pra você ficar com essa cara de desânimo, mas eu não gostei nada dela. Vamos afogar tudo isso ai e ai depois a gente decide o que fazer! Vamoooos! — Seong puxou Yunho e o mesmo se levantou, arrastando seu corpo para a escada. Jeong com relutância subiu a mesma devagar, e acabou trombando Yeosang no caminho, mas então apenas ignorou o mesmo e foi direto para o seu quarto, indo se arrumar para uma festa, ou também pro seu funeral, dava no mesmo. 

— O que rolou que o Yunho tá com aquela cara? — Yeosang perguntou ao noivo, que agora ajeitava a própria camisa dentro da calça. 

— Eu não sei, mas vi o Mingi saindo daqui hoje extremamente furioso. Eu não sei pra onde ele foi, mandei mensagem mas ele não respondeu. — Seonghwa deu de ombros e assim Yeosang se aproximou, arrumando a camisa do noivo. 

— Esquisito… Você acha que tem alguma coisa a ver? Bem, depois daquele dia na cozinha, eu fiquei pensando nos dois, e tem algo aí. — Yeosang disse e então deixou as mãos nos ombros de Park, que agora encarava Yeosang pensativo. 

— Ah, meu amor! Com certeza tem algo sim, mas agora tudo está extremamente muito confuso. Mas sabe, só tem uma coisa que está tremendamente certa aqui. — Park disse, chamando atenção de Yeosang e abraçou a cintura do mesmo, o puxando pra mais perto. 

LOYALTY I • YungiOnde histórias criam vida. Descubra agora