Punch Me Again | seungbin

Punch Me Again - 8

— Agora você irá nos contar o que aconteceu? — Perguntou Bang Chan enquanto carregava Sana nas costas. Eles estavam saindo do hospital.

— Foi o Jisung... — Diz Changbin que estava com o braço em volta do pescoço de Seungmin, pois o mesmo o ajudava a andar. — Ele esbarrou comigo no banheiro e acabamos brigando.

— Você tem que controlar essa sua impulsividade! — Diz Felix.

— Exato! — Ressalta Bang Chan.

— Por acaso o Minho estava com ele? — Perguntou Seungmin.

— Não, ele estava com outros caras bem mais velhos. — Responde Changbin.

— E então? Como vamos embora? — Perguntou Felix.

— Vamos pegar um táxi! E você vem comigo, pois precisamos deixar a Sana sã e salva em casa. — Diz segurando o pulso de Felix. — E vocês como irão embora? — Infelizmente, os amigos moravam muito longe um dos outros. Os únicos que moravam perto um do outro eram Felix e Bang Chan.

— Eu não moro muito longe daqui, é só descer a rua. Então dá pra ir à pé. — Diz Changbin se ajeitando em Seungmin.

— Você não tem força o suficiente para ir andando até lá, você não está bem. A médica pediu repouso. — Lembrou Felix.

— Eu o levo para casa, não se preocupem. — Disse Seungmin.

— E como irá para casa? Sua casa é bastante longe da dele. — Disse Bang Chan.

— Eu dou um jeito.

— Certeza? — Insistiu Bang Chan e Seungmin assentiu. — Tem dinheiro pra o táxi?

— O Changbin é podre de rico, lembra? — Brincou Seungmin e os presentes ali riram. Menos Sana que estava dormindo nas costas do Bang.

— Tá certo, então! Tchau pessoal, até segunda! — Acenou Bang Chan, e Felix fez o mesmo.

— Tchau!

E logo os garotos pegaram o primeiro táxi que passou.

— Você tem certeza que não quer pegar um táxi? — Perguntou Changbin.

— Pra que táxi se sua casa é no final da rua? — Changbin ia dizer algo, mas logo se calou quando Seungmin o olhou profundamente. — Totalmente desnecessário!

— Então vamos à pé? — Indagou Changbin confuso.

— Eu vou à pé! — Apontou para si mesmo. — Você vai nas minhas costas!

— Nunca! — Esbravejou Changbin tentando se afastar, mas fora puxado de volta por Seungmin.

— Tem certeza que quer me contrariar? — Seungmin o olhou mortalmente e logo Changbin cedeu a vontade do outro que o direcionou um lindo e simples sorriso por ter aceitado a ajuda. — Você é um doce, Changbin! — Seungmin colocou ambas as mãos no rosto de Changbin e o puxou para si, assim, dando um beijo demorado e estalado em sua bochecha. Changbin foi à lua e voltou com aquele simples beijo. Ele ficou até meio abobado. Talvez fosse o efeito da bebida, ele já estava sóbrio, mas nem tanto. — Agora suba nas minhas costas! — Disse e imediatamente Changbin subiu em suas costas, assim, Seungmin o levou de bom grado até sua casa.

†

— Agora sim eu vou chamar um táxi. — Diz Seungmin assim que chegaram em frente a casa de Changbin.

— Durma comigo! — Disse Changbin rapidamente sem ao menos pensar no que havia dito. Quando se deu conta suas bochechas já estavam quentes.

— Como? — Indagou Seungmin, imediatamente, o olhando. — Enlouqueceu, garoto?

— Não, não foi isso que eu quis dizer... — Changbin puxava a gola da camisa, ele estava nervoso. — Eu... — Changbin procurava as melhores palavras para dizer. — Quer dormir aqui em casa? Já está muito tarde e... — De repente Seungmin o cortou.

— Obrigado pela preocupação, mas eu não gosto de dormir na casa dos outros, na verdade, eu não tenho esse costume, sabe?

— Mas nós somos amigos, não? E há anos! — Diz Changbin confuso.

— É coisa minha Changbin, eu apenas não durmo na casa de outras pessoas, só isso. Aliás, eu nunca dormi na casa de ninguém, nem na casa de parentes, até porque todos os meus parentes mais próximos moram aqui na cidade, então nunca houve uma real necessidade. E eu também nunca dormi na casa da Sana, ela já dormiu lá em casa, mas na dela eu nunca dormi. Você deveria saber disso já que quando nós cursamos o ensino médio era sempre você que dormia lá em casa. Nunca se perguntou porquê eu nunca dormi na sua casa?

— Na verdade, eu nunca reparei muito nisso... — Diz Changbin meio sem graça.

— Que bonitinho... — Disse Seungmin fazendo uma expressão um tanto fofa que derreteu o coração de Changbin. — Agora você sabe! — Dizia pegando seu celular. — Eu preciso ir, tchauzinho! — Diz se distanciando e acenando para Changbin.

— Tchau... — Sussurrou Changbin enquanto o via ficar longe.

†

— Que milagre é esse? — Indagou Seungmin vendo Changbin parar o carro em frente ao seu portão, bem na hora que estava saindo. — Será que vai chover? — Brincou se aproximando do carro.

— Não enche, Seungmin! — Diz Changbin já de mal humor, como sempre. — Entra no carro! — Ordena.

— Au, au! Já estou entrando! — Exclama Seungmin praticamente saltitando até o outro lado do carro.

— Por que você latiu? — Indagou  Changbin o olhando desacreditado assim que entrou no carro.

— Apenas finja que não viu nem ouviu nada! — Diz Seungmin fingindo o hipnotizar. Changbin estava começando a ficar com medo do mais novo. — Por que está aqui? — Questionou Seungmin.

— Preciso te contar algo.

— Não podia esperar até a faculdade para me contar? Não que eu esteja reclamando da carona, mas é no mínimo suspeito porque você mora lá na puta que o pariu, e com certeza você teve que acordar mais cedo pra chegar aqui na hora. — Diz Seungmin desconfiado.

— Eu terminei com a Ryunjin! — Disse Changbin ignorando tudo o que Seungmin havia dito.

— Eu sei. — Disse Seungmin convicto. — Lá no bar quando você estava bêbado, você me disse que terminaria com ela porque é completamente apaixonado por mim, só que se acha hétero demais para tal. — Disse super sério. Changbin o olhava praticamente pálido e sem saber o que dizer. Seungmin percebeu o desespero interno do garoto e logo interviu. — É brincadeira, Changbin! É brincadeira! — Diz Seungmin preocupado com o semblante do mais velho.

Changbin não disse nada, apenas esperou mais alguns segundos até se acalmar e deu a partida no carro, indo em direção à faculdade.