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O apartamento de Adrien, segundo Marinette Dupain-Cheng e Emilie Agreste, havia ficado adorável. Ele acabou achando algo bom depois que a mais baixa sorriu para ele, orgulhosa do trabalho que havia feito e, logo depois, dele ter ajudado a mesma a colocar a estrela no topo da árvore.

"Adorável, não?" ela perguntou, sorrindo e olhando para a árvore. Toda vez que os olhos verdes do loiro encontravam a árvore no canto da sala, ele sorria e respondia a pergunta mentalmente, dizendo que sim, era extremamente adorável.

Por sua vez, Marinette estava indo à loucura por conta de Adrien Agreste. Havia tido sorte de não beijá-lo mais, tendo sido uma primeira e, por enquanto, única vez, da qual não saia de sua mente e que tudo indicava ter sido um momento especial. Por tudo que era possível, sempre que ela olhava para ele em sua sala, ele sorria e isso a fazia perder todo o rumo.

Quando estavam juntos na mesma sala ou se encontravam, ele a cumprimentava e dava uma leve inclinação em sua direção, o que a fazia ficar ainda mais nervosa. Ele sempre tinha a capacidade de fazê-la sentir o nervosismo fluir no corpo todo, de uma forma que ninguém nunca havia feito.

Na terça-feira de manhã, logo depois de cumprimentar o loiro, percebeu quão bem ele ficava em tons frios. Assim que sorriu para ele, o viu derrubar o cachecol no chão e pegou rapidamente, como se ela não tiveste visto cair. Sorrindo, pensou ter tido a ideia perfeita para presente.

Depois de chegar do trabalho, Marinette apenas suspirou profundamente, e foi determinada ao seu quarto, sabendo exatamente que o presente que iria dar de Natal para Adrien Agreste seria um cachecol azul, que ela já havia feito metade, antes tendo em mente que era para si mesma. Naquele momento, ela conseguia imaginar perfeitamente o loiro com aquela peça, deixando parecer que sempre havia sido destinada à ele. Assim, continuou a tricotar o presente, sabendo que deveria fazer logo, já que o presente era para o dia seguinte.

Ás oito da noite, Adrien a ligou. Atendeu e continuou a tricotar, tendo em mente que não poderia parar de jeito nenhum, já que era um presente que iria importar para ele. Depois de ter conversado por quase duas horas com o mesmo, ela desligou e Alya entrou no quarto, sorrindo bobamente.

— Adrien Agreste, huh? — ela perguntou, com os braços cruzados, sentada na cadeira da escrivaninha. — O que aconteceu com o "garoto mimado"?

— Não seja chata, Alya. — disse, sentindo as bochechas corarem. — Ele me ligou e eu atendi, simples assim. Além do mais, estou colhendo informações para o amigo secreto.

— Sei. Vai me dizer que não bastava passar apenas um encontro com ele? Têm que passar duas horas em ligação também? — perguntou, rindo, fazendo a mestiça a olhar com raiva.

— Pare de ser assim, Alya Césaire! — exclamou, prestando atenção no trabalho que realizava. — É um tanto difícil ser rápida para ter informações sobre a personalidade de alguém, sabe? E, além disso, somos apenas amigos.

— Ah, sim! — ela respondeu, cheia de ironia, então se aproximou da garota de olhos azuis. — Você sente isso?

— O quê? — perguntou, levantando o rosto para a morena, que fechou os olhos e respirou fundo.

— O cheiro de torta. — disse, entre risos, fazendo a mestiça apenas revirar os olhos e voltar ao seu tricô.

Quando terminou, eram quase dez da noite. Então, sentindo que faltava algo para o complemento daquele presente, pegou a linha dourada e passou a bordar sua assinatura bem eladorada na borda. Assim que, enfim, percebeu que estava perfeito, enrolou em seu pescoço e olhou no espelho, se certificando que não estava ruim.

secret friend | adrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora