Dancing with a stranger; Capítulo Único

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• XX  Tudo bem, eu sei que repudio os imagines, mas esse é em comemoração ao aniversário (adiantado) da minha ídola, Tobi_is_a_bad_boy. Ela disse uma vez que é foda gostar de personagem que é odiado por metade do fandom, e que não tinha um imagine decente pra ela se iludir. Então eu, como uma boa gada, resolvi fazer para ela. Espero que gostem! XX•

P.O.V Autora

Sakura andava pelas ruas de Konoha na noite, com um sorriso no rosto. Tinha marcado de ir com Hinata, sua melhor amiga, a uma boate prestigiada no centro da cidade, no início da noite.

Havia se arrumado por inteiro, trajava uma blusa preta curta, onde dava para ver a alça esquerda do sutiã, uma calça jeans da mesma cor, saltos altos e uma gargantilha com um pingente de flor de cerejeira. Tinha o cabelo longo, que balançava conforme ela se dirigia contra o vento para encontrar a amiga.

Logo avistou um par de olhos brancos e cabelos negros brilhantes, que estavam na calçada, a dona de tais belezas se encontrava de braços cruzados, batendo o pé incessantemente, já cansada de esperar a rosada.

-Oi Hina! - Acenou, com um sorriso doce nos lábios.

-Não me venha com "Oi Hina!" Você me deixou esperando por 1 hora! - Disse, tentando fazer uma expressão de raiva, falhando miseravelmente ao ver a expressão da amiga, que tinha tampado os olhos com a mão direita, dando risadas baixas.

-Hinata, só faz 20 minutos que você chegou, nem começa. - Entrelaçou seu braço direito com o esquerdo da Hyūga e saíram andando, até chegarem em um espaço fechado, com seguranças na porta.

Os seguranças deixaram as duas passarem, verificando antes as identidades, por precaução.

As duas garotas logo separaram os braços e começaram a andar (ou pelo menos, tentar) pela boate lotada. A Haruno tinha se recostado no bar quando viu uma garota perto da parede.

S/N tinha cabelos castanhos curtos, e o que mais chocava todos, o tamanho de seu cabelo não tinha significado, por que ela era uma das poucas que não se interessava por Sasuke ou Naruto. Simplesmente, por que sempre tivera olhos apenas para o par de olhos verdes e cabelo rosa.

Fazia tempo que as duas não se viam, por culpa da sociedade em que viviam. Aquelas duas garotas apaixonadas, que não incomodavam ninguém, tiveram que ser separadas pela sociedade e por um dos piores sentimentos.

Medo.

Medo de serem agredidas na rua por apenas andarem de mãos dadas, medo de olhares esmagadores e de trechos de conversa preconceituosos, medo por tantas coisas.

Tudo impedia de se amarem, mesmo que o que importasse fosse o amor entre as duas, as pessoas só se importariam com as duas andando com homens ao invés de mulheres.

-Aquela ali não é a garota que você é apaixonada? - Perguntou Hinata, que surgira do nada, fazendo a de olhos verdes se assustar.

-Sim, mas por favor fala baixo!

-Saky, você acha que as pessoas vão te ouvir aqui? Com todo esse falatório alto e ainda, com a música?

A rosada tinha ficado tão envolvida com os pensamentos ao ver a acastanhada (S/N) que nem percebera que as pessoas falavam alto e que a música estava mais alta ainda.

-Vai lá falar com ela, Sakura! Aposto que ela está doida 'pra falar com você! - Sussurrou no ouvido da companheira.

-Tem certeza? Eu não quero deixar você sozinha ou... - Foi interrompida pela morena.

-Sakura, eu não vou deixar você me usar como desculpa 'pra não falar com ela. Além do mais, eu sei me cuidar sozinha, não é? Agora vai falar com ela! - Respondeu, se afastando.

Agora, a Haruno não tinha escolha senão falar com a garota do outro lado do salão. Pediu uma garrafa de água (não era de seu costume beber álcool) e foi na direção da garota, que estava mais afastada por não gostar tanto da proximidade de outras pessoas.

-Oi S/N... - Falou, um pouco tímida.

-Oi Sakura, quanto tempo, não é? - Respondeu sorrindo.

Aquele sorriso. Aquele sorriso, tão amado pela garota de cabelos rosados, tinha sido dirigido a ela mais uma vez. Ela ficou tão emocionada que não se segurou e deu um sorriso também.

A acastanhada se permitiu ficar maravilhada pelo expressão tão doce e pura da companheira, como fazia tempo que as duas se evitavam por medo, ela havia se esquecido como era genuína a expressão de Sakura.

-Então, como vai tudo, Sakura? Ainda está namorando com o "Sasuke-kun"? - Tentou imitar a voz da garota, só que fina.

-'Tá tão engraçadinha hoje, né S/N? Mas eu terminei com o Sasuke faz 1 semana.

A de olhos castanhos se aliviou ao ouvir a notícia, mesmo sabendo que o "namoro" era de fachada, pois temia que a Haruno realmente tivesse se apaixonado pelo Uchiha (e, cá entre nós, S/N realmente tinha um pouco de raiva de Sasuke por afastar sua amada de si).

A menor enlaçou seus braços na cintura da de olhos verdes e encostou seu rosto no ombro da maior, que também enlaçou os braços na cintura da outra.

Ficaram ali, naquela posição por algum tempo, algumas vezes S/N erguia seu rosto apenas um pouco para sentir o cheiro de cerejeira da maior, que dava algumas risadas.

Por aquele tempo, não existia mais nada além de S/N e Sakura.

Depois de ficarem mais ou menos 20 minutos naquela posição, começaram a atrair olhares de algumas pessoas, o que fez as duas quererem ir embora.

-S/N, eu tenho que avisar a Hinata que a gente vai embora.

-Sakura, a Hinata não precisa que você avise que você vai embora, ou que você pergunte se ela tem certeza que vai ficar bem se você for embora. Ela quer que você seja feliz ou que não se importe com nada a não ser o que você quer.

A de olhos esmeraldas ficou pasma, mas conseguiu disfarçar. E então, as duas se esgueiraram para fora da boate e começaram a andar pelas ruas já completamente escuras de Konoha. Foram até um ponto isolado da Vila, onde a única luz era a da Lua.

-Poderia me dar a honra de dançar comigo, senhorita Sakura Haruno? - Ofereceu sua mão para a garota, dando risadas baixas.

-Claro, senhorita S/N. - Deu sua mão para a outra garota, que colocou uma de suas mãos em sua cintura e a outra no ombro, e a rosada repetiu o gesto. As duas ficaram ali, dançando, conversando e rindo, como se jamais tivessem se afastado.

Depois de ficarem algum tempo daquele jeito, a maior pediu para pararem, e aproximou sua face para perto do rosto da mais nova. De repente, colocou uma de suas mãos na nuca da outra e a aproximou até não existir mais nenhum espaço entre as duas.

Não era um ósculo forçado ou apressado, tudo ali era calmo. Tudo e todos que estavam ao redor tinha desaparecido, não existia nada mais além daquelas duas garotas apaixonadas.

Se separaram por falta de ar, a mais velha ofegou um pouco e ficou corada. Já a acastanhada, colocou uma de suas mãos na nuca e ali acariciou, recebendo um sorriso delicado como resposta.

-Cerejeira...

Cerejeira. O apelido carinhoso que a mais nova havia lhe dado, mas o uso de tal apelido foi motivo de preocupação por  alguns segundos.

-O que foi?

-Eu... Te amo.

-Eu também, S/N.

Dancing with a strangerOnde histórias criam vida. Descubra agora