Capítulo 6

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Era uma tradição no domingo o tio Louis, a tia Sam e suas duas filhas para o almoço. Às vezes, acontecia em nossa casa e outras na casa deles que, atualmente, não era muito longe da nossa. Eles compraram uma casa quando Amber completou cinco anos e precisava de espaço para brincar, o apartamento já não os deixavam satisfeitos. Por isso, com uma ajuda dos meus pais, eles encontraram uma boa casa perto da nossa e fecharam negócio. Agora, além de amigos da família, eram nossos vizinhos mais próximo.

"Posso chegar às 14h?"

Meu celular apita com a mensagem de Noah e eu o desbloqueio para responder.

- Vem jogar comigo? - Henry pede.

- Eu preciso ajudar o papai com o almoço. - respondo.

- Que saco. - emburra e sai com os braços cruzados e um bico no rosto.

- Mais tarde. - grito e caminho para a cozinha.

"Pode ser."

Respondo e guardo o aparelho no bolso de trás.

- O que eu preciso fazer? - pergunto para o meu pai que está tirando a carne assada com batatas do forno.

- Prepara o suco e termina a salada que o resto eu tenho sob controle. - diz e eu assinto.

- Cadê a mamãe?

- Está tentando acalmar um pouco a sua irmã.

- O que aconteceu com Amy? Ouvi ela resmungar algumas vezes durante a noite.

- Ela tomou vacina sexta-feira à tarde, está um pouco irritada.

Quando terminamos tudo na cozinha, nós levamos tudo para o lado de fora da casa, onde comeremos hoje. O dia amanheceu com uma temperatura agradável e decidimos que seria bom curtir um pouco de ar livre antes que o frio pegue pesado. Eu monto a mesa com a ajuda de um Henry ainda emburrado.

- Peça para que Beatrice jogue com você quando ela chegar. - falo organizando os talheres.

- Ela rouba. - resmunga.

- Como assim? - questiono, soltando uma gargalhada.

- Ela sempre ganha de mim e fica rindo depois. Não gosto de jogar com ela. - eu rio novamente e ele me lança um olhar bravo.

- Desculpa. - me controlo. - Diz a ela que você não gosta que ela ria de você, peça a ela que te ensine a jogar tão bem quanto. Tem a Amber também, convide-a para jogar.

- Ela não sabe.

- Então, ensine-a.

Minha mãe me entrega Amy ao ouvir o som da campainha soar pela casa e eu brinco com a bebê, tentando deixá-la menos mal humorada. Ela não abriu nem um sorrisinho para mim, apenas ficou me encarando como se eu fosse uma maluca.

- Isso tudo porquê você ainda não teve sua primeira TPM, bebê. - murmuro, beijando sua bochecha. - Que Deus nos ajude a lidar com você.

E, então, ela sorriu um pouquinho para mim e meu coração derreteu.

- Ei, criança. - virei-me vendo tio Louis com uma travessa em mãos. - O pavê de Nutella que você ama.

Teenage |N.C|Onde histórias criam vida. Descubra agora