𝑂 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐷𝑒 𝑁𝑎𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜

𝕆𝕟𝕖-𝕤𝕙𝕠𝕥🍡

Soltando todo o ar pela boca e prendendo-o com as mãos que estavam em frente aos seus lábios, você observou o horizonte.
Neste ano, não havia nevado no natal, mas mesmo assim o grande frio se fazia presente, e junto dele, a enorme neblina que insistia em esconder o azulado do céu e os raios quentes do sol.

Sentindo o vento gélido de uma manhã que se tornava tarde. Você esfregou os braços e cerrou as pálpebras por um momento, organizando sua mente. Antes de respirar fundo, girar os calcanhares, e começar a andar com confiança. Seu manto preto com detalhes de nuvens vermelhas se batia contra suas pernas enquanto levantava um vôo raso, tentando seguir o mesmo destino do vento, que dançava uma bela coreografia clássica. O seu sakkat ameaçava deslizar de sua cabeça e, juntamente de seu manto, tentar falhamente, fugir de seu corpo e sobrevoar para longe.

Mantendo os ombros erguidos e seus passos firmes, você pintou uma expressão séria em sua face. Seus pensamentos concentrados em apenas uma coisa: conseguir comprar o melhor presente de natal antes do pôr do sol.

Os passarinhos pousados em galhos de árvores te observavam silenciosamente, curiosos com a sua determinação.

- ( nome )? - uma voz familiar entoou por seus ouvidos, fazendo suas pernas automaticamente cessarem a caminhada e seu pescoço girar levemente para trás.
Olhando por cima do ombro, você fitou a pessoa que havia te chamado: Kakuzo - para onde está saindo tão cedo? - interrogou, sua máscara mexendo-se levemente enquanto o mesmo formava as palavras.

- não é tão cedo assim. Faltam 9 minutos para o meio dia - virando-se completamente para o moreno, bateu levemente com o dedo indicador no seu própio pulso, fazendo um gesto que fazia parecer que você tinha um rélogio de pulso - e estou indo na vila comprar um presente de natal para o Sasori-senpai - explicou calmamente.

- gastar dinheiro com os outros...credo, só de pensar me dá arrepios - formando uma careta, Kakuzo murmurou em desaprovação, com um tom de voz que demonstrava que ele abominava a ideia de gastar dinheiro, principalmente a ideia de gastar dinheiro com outra pessoa.

Dando uma risada silenciosa e balançando a cabeça divertidamente em negação, você voltou a caminhar.

- de qualquer forma. Também estou indo para a vila - falou de repente, te alcançando e ficando ao seu lado - então, caso não se incomode, vou te "acompanhar" até lá - fez sinal de aspas com as mãos ao pronunciar a palavra "acompanhar" - e caso se incomode, eu não vou me importar e vou continuar caminhando ao seu lado porque sua opinião não é de meu interesse.

Olhando de soslaio para ele com uma careta meio debochada, você formou um bico com os lábios e deixou que um barulho zombatório escapasse deles.

- eu não me incomodo - deu de ombros, afinal, sabia que quando chegassem na vila iriam seguir caminhos diferentes.

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