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Depois de muito tempo, ela finalmente teve uma noite de sono tranquila.
Não houveram sonhos estranhos, mas Arisa acordou por muitas vezes procurando alguém ao seu lado devido ao maldito costume de dormir com Sasuke. Era até estranho lembrar que agora estava em Konoha, não tão longe dele mas mesmo assim longe demais.
Talvez ele também sentisse sua falta, Arisa conseguia imaginar, mas ao contrário dela, Sasuke sempre lidou bem com isso. Como esperado, ele acabou se acostumando com todas as idas e vindas da princesa para o esconderijo e raramente chegava a frequentar o Monte Reihō já que poucas pessoas eram bem vindas naquele lugar.
O tempo que Arisa passava nos esconderijos sempre dependera da boa vontade de Katara já que isso só beneficiava Orochimaru devido a liberdade que ele tinha de mandar a garota para qualquer missão que desejasse. Isso pelo menos lhe dava algum tempo para passar com seus amigos e com Sasuke, mas de qualquer forma o sannin lendário costumava ser bem permissivo com o "pequeno canarinho".
Arisa não costumava pensar muito sobre isso, mas Sasuke achava estranho a ponto de se irritar com o apelido mesmo sabendo a história por trás de tudo aquilo.
De qualquer forma, agora não era hora de lembrar dessas coisas.
Ela podia estar longe do Monte Reihō mas ainda seguia a mesma rotina de sempre e logo no começo do dia já estava treinando do lado de fora naquele jardim imenso.
Arisa passara uma hora inteira fazendo exercícios básicos para fortalecer o corpo e o chakra, depois ficou criando e expandindo esferas de calor até que sua mestra achasse satisfatório apenas para ter seus vinte minutos de descanso até a parte mais simples do treino chegasse.
O protocolo imposto por Katara era meticulosamente planejado para fortalecer todos os quesitos, mas por elas estarem longe de alcance da gigantesca biblioteca guardada pelos monges da casa de Céu e Sopro, Arisa achou que não teria jeito de estudar aqueles livros e pergaminhos mais antigos que o mundo até que voltassem...
Porém assim que a Senju apareceu na sala de estar com uma caixa de livros mais pesada que seu próprio corpo, a princesa se lembrou de que Katara definitivamente não a deixaria escapar da maldita rotina.
A roupa impecavelmente lisa e a falta de suor em Katara fazia parecer que aquela caixa pesava uma pena, mas assim que ela simplesmente virou tudo sob a mesa de centro, ficou claro que aquilo realmente podia ser considerado suprimento intelectual para semanas, talvez até meses.
A própria curiosidade foi o a única coisa que impediu Arisa de revirar os olhos e implorar por piedade.
Em vez disso, ela só pulou do sofá, mesmo que estivesse exausta e extremamente quente com todo aquele calor a super-aquecendo, e correu ate a mesa em que foram derramados todos aqueles livros.
Os olhos espertos de Katara a olhavam de cima, esperando pelo momento em que Arisa perguntaria o que significava tudo aquilo depois de finalmente sair do estado de contemplação passando as mãos ligeiras por todo aquele conhecimento encadernado.
