Um

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Mariana

Vinte e três anos, era uma idade em que eu esperava estar com toda a minha vida feita e feliz, o que não ocorreu de forma alguma.

Recentemente abri uma loja de roupas virtual, onde eu tento ao máximo aprimorar todas as peças e encaixar ao menos um pouco das minhas criações. Fazer moda é um sonho para os ricos, nós de classe média que batalhamos pelo curso, temos que continuar lutando muito para conseguir ganhar renda através disso.

Modelos famosas se recusam a abrir portas para pessoas novas no mercado e aí se encontra o grande problema, a falta de reconhecimento que isso traz.

Ana: Ele está solteiro sabia? ─ ouço minha amiga falar pela décima vez sobre o mesmo cara.

─ Ana, ele namorava? Você sempre falando da sua paixão correspondida e o cara era comprometido?

Ana: Ele sempre me amou, só não sabe ainda ─ rimos ─ Mas sim, ele era quase noivo da Carol.

─ E terminou assim, tão rápido?

Ana: Na verdade, ela terminou com ele pra ficar com o melhor amigo sem graça dele.

─ Grande namorada! ─ ironizei.

Ana: Você deveria me ajudar com ele, sabe que ter ele por perto significaria mais contatos pra sua marca né?

─ Sim, mas como você já disse é um interesse único seu.

Ana: Desde que não chegue perto dele então.

─ Céus, você parece uma psicopata sabia?

Ana: Gael é lindo, qualquer uma seria psicopata por ele.

─ Vamos de terapia né?

Ana: Vamos de bar não é?

─ Já te falei que tenho que preparar meus pedidos pra amanhã!

Ana: Eu te ajudo depois, o Gael vai estar lá! Ele até canta sabia? Meu deus, é o homem dos meus sonhos ─ suspirou apaixonada.

─ Se você conseguir ficar com ele, ao menos para de me encher todo fim de semana?

Ana: Não posso prometer nada ─ se rendeu e eu ri.

─ Já que você não vai desistir ─ me dei por vencida.

Ana: Ótimo, passo aqui novamente as 21h, vou me arrumar toda porque hoje eu conquisto meu macho ─ sorriu e eu revirei os olhos.

[...]

Sentei na mesa do bar sorrindo, estava meio lotado e tendo música ao vivo no karaokê, era uma hamburgueria ótima. Ana literalmente se atrasou devido a toda produção para o tal Gael que nem conhece ela, mas tudo bem, cada louco com a sua loucura.

Amava cantar em karaokês, um dos talentos que veio em pouca dose, e aqui era super descontraído porque os clientes eram sorteados para cantar junto.

Ana: Se você for com ele, promete falar de mim?

─ Quem é ele?

Ana: Eu não tô vendo ele agora ─ disse olhando ao redor.

─ Então, nem sei quem é o garoto ─ neguei rindo.

Ana: Você vai saber, nada no Gael passa despercebido, a voz rouca, os olhos cor de mel, o bigode e a barba feirinhas, a perfeição mesmo.

─ Quase um deus grego em ─ ri do modo como ela disse.

Terminamos de beber e a Ana foi fazer nossos pedidos, quando anunciaram meu nome e o de mais alguém, o qual não consegui distinguir.

Subi lá em cima esperando o tal cara, percebi que ele vinha em direção ao pequeno palco com uma camiseta do flamengo (já que moramos no Rio) e me olhava como se tentasse adivinhar minha alma.

─ Prazer, Mariana ─ sorri quando ele subiu ali.

─ Gael, mas prefiro cantar logo. ─ disse meio grosso, puta que pariu que voz de Deus grego, combina realmente com a sua aparência, mas a arrogância desse macho.

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temos uma escritora quase formada aqui! ouvi um amém? hahahahahaha, obrigada por me acompanharem na outra história e espero que curtam essa, estou inspirada para a escrita dela 🙌
conto com os comentários, votos e apoio de vocês, obrigadaaa

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