8° capítulo

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—Opa, onde pensa que está indo mocinha? -sinto meu braço ser puxado para trás.

—Trocar de roupa, acho que não dá pra lutar com calças jeans. -aponto para minhas pernas.

—Andou bebendo mocinha?. -Bernardo pergunta com os braços cruzados.

—Qual é Bernardo agora você tem um tipo de radar para bebidas alcoólicas, ou melhor, colocou uma câmera na minha sala?. -cruzo os braços e o encaro.

—Nós tínhamos um acordo Ayla.

—Eu sei, não vai mais acontecer. -vou em direção ao banheiro. —Só foi um gole. -digo antes de entrar no local e trocar de roupa.

Há alguns anos atrás eu acabei passando da conta na bebida e Bernardo descobriu, péssima idéia, já que ele não gosta do efeito que a bebida alcoólica pode nos fazer, e aquela noite tive que ouvi poucas e boas de sua parte além de prometer que nunca mais iria cometer tal ato. Mas digamos que não sigo essa promessa totalmente.

—Okay okay já entendi, nenhuma gota de álcool, será que podemos parar um pouco?. -pergunto já me jogando no chão. Fazia quase uma hora que estávamos treinando sem pausa, eu estava morta.

—Tudo bem, vamos dar uma pausa. -se senta ao meu lado.

—Você pegou pesado dessa vez, o acordo era não exagerar e eu não fiz isso. -digo ofegante.

—Desculpa, eu estou com uns problemas e acabei descontando em você, eu sei que você não vai mais fazer aquilo novamente mas é que eu fico preocupado.

—Não precisa se preocupar comigo Bernardo. -me levanto. —Preciso ir.

—Como sempre fugindo do lado sentimental. -se levanta sorrindo.

—Tchau Bernardo foi bom ver você, até semana que vem. -pego minhas coisas e saio do local indo em direção ao meu carro. Coloco minhas coisas no banco do passageiro e dou partida no carro indo em direção ao meu apartamento.

(...)

—Bonito senhorita Ágatha, está atrasada. -falo ao escutar a porta se abrir.

—Como assim? Você disse não tão teria problema eu chegar atrasada hoje. -se senta na cadeira de frente para minha mesa.

—Eu sei. -a olho. —Só estou no tédio.

—E me chamou aqui só pra me informar que está no tédio?. -reviro meus olhos.

—Não, te chamei aqui pra aceitar aquele convite que você me fez a alguns meses atrás.

—Qual dos convites, sabe eu faço muitos convites e você me nega todos. -e é a mais pura verdade, quase todos os finais de semana Agatha me fazia um convite diferente, mas eu sempre negava todos com alguma desculpa esfarrapada ou simplesmente dizia que não gostaria de ir, mas hoje estou com vontade.

—Todos os seus convites direcionados a minha pessoa é sempre o mesmo, balada e bebida, festa e bebida e blá blá blá, a única coisa que muda é o lugar. -volto minha atenção para o computador.

—Então você finalmente vai sair com minha pessoa? -pergunta e eu afirmo, fazendo a mesma dar um gritinho de felicidade. —Que incrível, sorte sua que tem uma nova boate que abriu semana passada e eu tô doida pra ir. -pega o celular do bolso e começa a digitar algo.

—Que horas abre?. -pergunto

—Só um minuto, estou pesquisando. -diz ainda sem tirar os olhos do celular. —Abre às 7:30 então você pode me pegar às 9hrs, sem atrasos dona Ayla, eu sei onde você mora.

Tempestade- Série: Tentações Onde histórias criam vida. Descubra agora