The book of you and I • Yeonbin

Epílogo

SOOBIN sorria para o emaranhado de cabelos azuis ao seu lado. Ele não podia acreditar. Então era assim. Quando beijos já não eram o suficiente e era preciso ir além. Quando era necessário ter a pessoa amada por completo. O garoto suspirou, relaxado.

Não foi a primeira vez que jantou com a família do namorado. Nem a primeira que dormiu junto com ele, na mesma cama. Mas foi a primeira em que não ficaram apenas conversando, jogando, lendo ou apenas aproveitando a companhia um do outro.

Ele não se arrependia de nada. Diziam que a primeira vez podia ser estranha, constrangedora... Só que não foi. Não houve pressa ou pressão, apenas compreensão e... amor. Soobin cobriu o próprio rosto, corando de vergonha.

- Binnie... - Yeonjun abriu os olhos - bom dia.

- Bom dia, Junnie - O mais alto selou os lábios com os de Yeonjun rapidamente.

Todos os dias poderiam ser assim e Soobin não se cansaria.

- Puxa... eu poderia ficar aqui para sempre - Yeonjun sorriu, abraçando o corpo do namorado.

- Bem que eu queria, mas temos um lugar para ir - Soobin disse - Hoje você vai conhecer minha mãe.

Soobin arranjara tudo da melhor maneira possível. Já faziam dois meses desde que Yeonjun o pedira em namoro do jeito mais lindo do mundo. Já havia passado da hora de apresentar o garoto para sua mãe.

- E se ela não gostar de mim? Não quero ficar mal na fita para minha sogra.

- Ninguém fala "mal na fita", e você vai ficar bem. - Soobin sorriu, se esticando para pegar o celular na mesinha - É melhor nos apressarmos.

Yeonjun observou o relógio do celular.

- Mas falta uma hora!

- Atrasos não são tolerados para quem vai conhecer a sogra - Ele replicou - Vem logo.

- Você é mal... - Yeonjun choramingou, levantando da cama junto com Soobin.

- Sim, sou o Gargamel e você é um smurf.

- Como nunca percebi isso antes?

(...)

Sua mãe já não estava tão magra, ou pálida. Estava tão bem que Soobin precisou segurar o choro quando a viu. Alívio tomou conta de seu peito.

Apesar disso, estava nervoso. Queria que sua mãe gostasse de Yeonjun, porque ele era tudo para Soobin. Queria que sua mãe o conhecesse e participasse. Porque ele sabia que era importante para ela.

Ela estava sentada no mesmo lugar da outra vez que Soobin a visitou, mas parecia quase outra pessoa. Foi ali que o garoto teve mais certeza de que nunca colocaria uma gota de álcool na boca, nem na próxima encarnação.

- Olá, senhora Choi - Yeonjun cumprimentou, se curvando.

- Olá, namorado do Soobin - Yoora sorriu - Obrigada por cuidar dele tão bem.

O coração de Soobin se apertou.

- Então, como vão? Hyuka me contou que o pedido de namoro deu trabalho. Eu nem sabia que você gostava de alguém, Soobin.

- Aconteceu devagar.... - Yeonjun murmurou, colocando a mão sobre a de Soobin em cima da mesa.

- Quero saber tudo, como se conheceram, como se apaixonaram... - A mãe de Soobin sorriu como não sorria há tempos, batendo palmas entusiasmadas.

Os garotos quase se atropelaram para falar, mas conseguiram contar sua história, intercalando os pontos de vista. Soobin percebeu que era a primeira vez que tinha uma conversa tão longa com a mãe em muito tempo.

Ainda mais que agora uma garrafa de bebida não a acompanhava.

Ao terminarem de contar, Soobin não pode deixar de pensar em como Yeonjun havia lhe dado coisas novas: amigos, coragem, amor.

Se ele havia ensinado algo a Yeonjun, ele também tinha aprendido. Porque eles se completavam e se encaixavam. E Soobin não podia mais imaginar sua vida sem aquele garoto de cabelos azuis cor do céu.

Ele mal podia esperar para escrever as próximas páginas de seu livro com Choi Yeonjun.