Queria colocar nesse capítulo um video com a música da Ciara - Body Party ou Drunk in love - Beyoncé mas já que não consegui, peço que ouçam essa música ao ler o capítulo. Pra ficar mais emocionante, hehe.
- O que você tá fazendo aqui? - murmurei aos risos.
- Então... "A trabalho"! - mexeu os ombros e se abaixou pra catar o batom. Sorri com fraqueza.
Passos firmes e um espirro tomou conta do corredor feminino. Quando virei pra trás e vi Marcelo.
- Joana? - parou imediatamente. Que droga, não aguento mais ouvir meu nome! Virei-me pra Marina que fechou os olhos e prendeu os lábios, levou a mão até a testa.
- O que é isso? - mirei o olhar assustado em Marcelo. - Não me diga que vocês... Vocês se conhecem? - ambos ficaram quieto. Marina nem me olhou nos olhos. Marcelo olhava pro chão, tão atento que parecia que tinha uma nota de cem reais esticada ali. - Ótimo. Ninguém vai me responder?
- Somos amigos de trabalho, Joana. - ronronou Marcelo.
- Eu não sei, mas não acredito em você. Quero que a Marina diga! - ela levantou o olhar.
- Então, esse é o seu nome? - exclamou Marcelo, do outro lado do banheiro.
- QUE DROGA! - gritou. Finalmente alguém saiu do transe. Ela pegou a bolsa de cima da pia, bateu os pés até Marcelo. - Some Marcelo. - rosnou firme e saiu.
- É incompreensível sua capacidade de ser cafajeste, Marcelo! - sai do banheiro e trombei meu ombro no dele.
Legal. A parte boa de tudo isso é que ninguém precisou me explicar nada. Não precisaram gastar saliva um com os outros. O foda é apostar em alguém e perder a expectativa de um modo gentil. Adorei, devia criar mais esperanças por ai. Marcelo não me surpreendeu! O que me deixou surpresa foi ver que existe mais gente como ele.
Enfiei-ne dentro de um táxi, bem na esquina. Dei meu endereço e fui parar em casa. De noites como essa pretendo fugir. Adentrei na casa e tirei os sapatos, que já me incomodavam bastante, joguei a bolsa por cima do sofá e abri um vinho. Coloquei alguns cubos de gelo dentro do mesmo e me sentei perto da piscina. A noite estava confortável e sem vestos frientos, apenas a noite. Quando fui encher meu copo pela nona vez, ouvi o interfone.
- Quem é? - murmurei e tossi.
- Marina... - a garganta travou.
- Joana não chegou ainda.
- Ah qual é, Joana? Por favor... - sussurrou de tal forma, tão sútil. Automaticamente apertei o botão pro portão se abrir.
Soltei os cabelos e voltei pra perto da piscina, ouvi os passos do salto dela batendo no meu chão liso. Por fim, ela me encontrou. Alisou minha nuca e eu mantive os olhos fechados. Ela abaixou na minha frente, sorriu e alisou meu queixo.
- Para com isso... - abaixou minha mão que portava o copo. - Você não precisa disso. - pausou. - Tem cinco minutos? - sorriu de novo e deu uma leve mordida no seu lábio inferior. Pegou minha mão e me guiou até meu sofá. Sentei-me devagar, sem desviar o olhar do dela. - Vou cuidar de você...
Ela tirou minha blusa, minhas meias calças, minha saia. Segurou nas laterais do meu corpo e me abraçou. Pensei em Detonautas, mas me lembrei da Maria Gadu. Cheirou meu pescoço e sorriu entre meus cabelos, beijou minhas orelhas e eu, sem resistir, abracei suas costas. Não sei, mas nossos corpos se encaixavam sem deixar brechas. Beijou-me, suave, quente, macio, amoroso, delirante, sensual, calmo, extremamente sexy, devolvi. Bastou contar até dez e estávamos na minha cama. Ao som de Detonautas - realmente rolou. - Olhos certos. Embaralhei-me no cabelo dela e sorria sem fim. Aqueles eram os olhos certos...
De qualquer forma, quero esquecer o mundo aqui, aqui fora. No final, restará apenas eu e um pouco de tudo... Tudo o que me fez, até aqui. Deletei, deletei Marcelo, Karina, erros, acertos, bolos que deram errados, os vidros duros de azeitona, deletei até Marina por alguns segundos, mas depois volte atrás, era a única coisa que me trazia paz. Obrigada... Jaz um coração que sofreu por amor. Vive um coração que só quer amor. Eis-me aqui.
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FELIZES PRA SEMPRE?
RandomUma minissérie em dez capítulos. Uma trama dedicada as vidas de traição, romance, ganância e hipocrisia. Esse é o primeiro da série, sejam bem-vindos. Joana, uma mulher casada, caseira e exemplar. Marcelo, um homem casado, trabalhador mas tem seu...