Capítulo XVIII

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Boa leitura!

Jimin continuou sentado por tempo suficiente para se recompor, lutando contra os sentimentos indesejados que aquele homem despertava nele, sem fazer o menor esforço. Odiava-o por ser capaz de perturbá-lo tanto, e odiava-o ainda mais por não conseguir irritá-lo.

Jungkook ficou ali parado, totalmente confiante e sorridente, os dentes brancos e perfeitos combinando com a boca avermelhada, um brilho revoltante no olhar. Park teria ficado surpreso se soubesse o que se passava pela mente de Jeon, enquanto ele o fitava com aquele sorriso largo.

Demonstrando uma indiferença que não sentia, Jungkook manteve o olhar firme enquanto examinava a beldade loira que usava um terno de veludo justo ao seu corpo, sentindo o coração disparar. Jimin sustentava seu olhar, deixando claro que não sentia medo, desafiando Jeon a comportar-se mal, advertindo-o de que seria perfeitamente capaz de se defender sozinho.

Jungkook jurou jamais permitir que o conde soubesse que tinha o poder de fazer seus joelhos tremerem, seu coração ameaçar saltar para fora do peito. Mas Park tinha esse poder. E não só por ser aquela beldade de pele clara e cabelos loiros, além de um corpo esbelto que despertava nele uma paixão ardente. O que atraía Jeon ia muito além da beleza do conde. Afinal, ele tivera em sua cama muitas mulheres e homens bonitos, alguns até mais bonitos do que ele. Nenhum, porém, conseguira incendiar-lhe as entranhas, como Jimin fazia, tudo em Park o encantava. A força de caráter irrepreensível, sua postura nobre, o negro brilhante de seus olhos, a maneira como empinava o queixo, quando estava zangado.

E ele estava zangada naquele momento.

Park abaixou-se, apanhou a bolsa e prendeu-a no braço. Então, levantou-se, atravessou a barraca até o balcão, ergueu o queixo ainda mais e declarou em tom de desprezo.

- Eu preferiria arder em uma fogueira a dançar vinte vezes com você, Jeon

- Nesse caso, pagarei vinte dólares para dançar uma música - ele disse, segurando uma das mãos dele e colocando a moeda de ouro na palma. Então sorriu e, sem cerimônia, tirou a bolsa do braço de Jimin. - Pode deixar isso aqui mesmo. Ninguém vai roubar a sua caixinha de música.

O conde arregalou os olhos, para então estreitá-los, furioso. - Não há caixinha alguma.

- Minie, Minie, detesto dizer isso, mas vejo que está se transformando em um grande mentiroso - Jeon comentou, sacudindo a cabeça.

- Não sou mentiroso!

- Não? Então abra a bolsa e mostre-me o que há dentro dela.

- Não farei isso! Mas uma coisa que eu disse é a mais pura verdade, crioulo. Não quero dançar com você!

Jeon deu de ombros. - Talvez eu consiga fazê-lo mudar de idéia - sugeriu com um sorriso malicioso. - Ou, quem sabe, de sentimentos.

- Nem em um milhão de anos - Park replicou, sarcástico, cruzando os braços.

Jeon continuou a sorrir. - Paguei vinte dólares para tentar. Portanto, trate de sair de detrás desse balcão e dê-me uma chance.

Depois de lançar-lhe um olhar impaciente e suspirar com irritação, o conde saiu da barraca e encarou-o. - Acho que vai descobrir que desperdiçou os seus vinte dólares - declarou.

- Talvez - ele concordou, sem deixar de sorrir. - É cedo demais para saber. - Com isso, tomou-lhe a mão e conduziu-o até a pista de dança.

- Você não se cansa de me atormentar, não é?

Jungkook parou, segurou-o pelos ombros e forçou-o a fitá-lo. - Avise-me se essa dança for um tormento, conde. - Com isso, tomou-o nos braços e pôs-se a deslizar pela pista.

Segredos Perigosos [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora