AMANTE
Oh bela dama, com que olhar não se te olham?
Com quantos tu andas? E se te procuram; te encontram?
Que drama. Com que olhar te procuram...
Com quem estás, se te procuram e não a encontram?
Oh dama furtiva das noites
O teu oculto é onde os olhos não veem
Tu roubas, como ceifam as foices
E não olhas para aquelas que sofrem
Sofrem de amor partido
Com ar de solidão e sofrer
Não querem amor dividido
Perdidas, no amor deixaram de crer
Quando o amor começa?
E quem deu a largada
É um jogo que não tem pressa
e que começa com data marcada
Felicidade! Felicidade!
Se não tem casa, abro minhas portas
O amor não tem idade, mas tem vaidade
Não tolera trocas, nem promessas quebradas
Não permite intrusos
E eles não avisam quando chegam
Torna os amores confusos
Ah, semente de sonhos que não vingaram...
O amor é amor quando acontece
quando o alvo se faz amor
Quando o tempo passa e o amado não se esquece
que amores esternos, não possuem valor.
Oh bela dama, se tu se apaixona
Tua vaidade, os amores não invade
o teu despudor não virá a tona
e com teu único amado, haverá cumplicidade
Felicidade! Felicidade!
O Amor exige fidelidade
Não há preço que pague a tranquilidade
De amores adocicados na humildade.
Feliz é tu fiel esposo
Feliz és tu fiel esposa
Jamais sentir-se-á culposo
Jamais chorará espinhos de rosa.
Mas colherá á sombra da lembrança
Bons anos de amor mútuo
De namoro fruto de esperança
E respectivo amor perpétuo.
E a felicidade, sem maldade permanece.