Capitulo 04

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ANA

Dia em família. Assim se resume o meu final de semana com meu meus pequenos. Passamos o sábado acampando no nosso quintal, fizemos juntos sanduiches, cortamos frutas, sucos, água, bolachas salgadas e alguns doces. Montamos nosso almoço na área coberta e colocamos nossas roupas de banho, depois de muito protetor solar entramos na piscina.

Risos e água estavam por todo lugar, meus filhos são como peixes, amam ficar dentro d’agua. Ficamos pela manhã e o inicio da tarde curtindo nosso tempo juntos, brincamos de bola e no pequeno parque que tem montado, me senti como uma criança e não mãe de duas.

Por volta das três da tarde, meus pais não conseguiram aguentar e deram uma “passadinha” aqui em casa.

 -Só passamos para vê se está tudo bem. – diz meu pai.

-Esta tudo ótimo papai. –digo.

-Podemos entrar e dá um beijo neles? Será rápido. – diz a mamãe.

-Mãe é claro que podem. Se vocês quiserem podem ficar para o jantar. – pelos sorrisos que eles estão estampando parece que eu ofereci o mundo.

-Ótimo!- diz os dois juntos.

Meus bebês são um anjo, apesar de terem seus momentos de rebeldias principalmente a Cecilia, ela só pode ter herdado a personalidade forte por parte da família do pai, já o Cauã é muito tranquilo e amoroso.

***

Gravida de sete meses.

-Mamãe como vou fazer para educar duas crianças sozinhas?- estou com a mamãe na sala, ela sentada e eu com a cabeça deitada em seu colo.

-Meu amor, já falei varias vezes que você não está sozinha, eu e seu pai estamos aqui. –ela diz fazendo carinho em meus cabelos.

-Eu sei, mas... –como explica que por mais que esteja sentindo ódio do Lucas é ele que quero, que preciso?

-Mas você quer que o Lucas participe, quer que ele esteja aqui com você? – ela diz com carinho.

-Sim. –sussurro. – sou idiota eu sei, mas...

-Você não é idiota, é a esperança que ainda existe dentro de você, é o amor falando o quanto ele faz falta.

-Eu... – não consigo falar que não o amo mais, que não existe esperança e sim uma vontade louca de... De que Ana? Se ao menos eu conseguisse para de amar ele.

-Eu sei querida. Ana meu amor, não faço ideia do que aconteceu ou o que levou o Lucas agir assim, mas ele é o pai dos meus netos e um rapaz de alma boa, sei que ele machucou a todos nós com seu sumiço repentino, mas algo dentro de mim diz que um dia ele vai voltar, querida e quando ele voltar...

-Eu vou matar ele! –digo levantando. –mamãe, juro por Deus que se ele aparecer na minha frente vou acabar com a vida dele, não sei como mas juro que vou!

-Ana calma...

-Nada de calma! Ele que se atreva a vim aqui, e de que lado à senhora tá? Eu sou sua filha! –só o que faltava, minha mãe defendendo aquele homem.

-Não existem lados, e se existir estou e sempre estarei do seu lado querida, do seu e dos meus netos. – ela diz colocando a mão na minha barriga.

-Desculpa. É que fico louca só de imaginar ele aparecendo do mesmo jeito que chegou. De repente.

-Vamos mudar de assunto. –ela diz sorrindo.

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