Capítulo 14

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Natacha

Vincent me convidou para jantar com ele e assim que falei pra Madame ela me levou em uma loja para comprar roupa e depois de provar várias escolhi um vestido rosa clarinho acinturado com um decote em V e alças finas e saia soltinha, também comprei um salto nude, não muito alto porque eu não quero cair.

— Acha que estou vestida adequadamente para um jantar, Madame? — pergunto e me viro para ela, Vincent deve chegar daqui à pouco e o motorista dela vai nos levar até o restaurante.

— Você está linda! — ela sorriu.

— Vou colocar esse sobretudo por cima porque o clima está frio — pego o casaco preto e visto.

Penduro minha bolsa no ombro e me olho no espelho, amasso o meu cabelo dando mais volume aos cachos, minha maquiagem está bem simples porque não gosto de nada muito carregado. Minha irmã avisa que Vincent chegou e eu saio por outra porta, sem passar pelo salão, me despeço delas e vejo meu namorado encostado no carro, me aproximo devagar.

— Você está lindo! — sorrio, sua camisa era preta social e estava vestindo uma calça jeans escura e tênis.

— Obrigado! Você também está! — beijou meus lábios.

Ele abriu a porta do carro e eu entrei, e logo em seguida fazendo a mesma coisa, fomos o caminho conversando e só notamos que chegamos ao destino quando o veículo parou. Observo pelo vidro que não estamos em frente à um restaurante, e sim na entrada de um hotel, Vincent parece tão confuso quanto eu.

— É esse o endereço que estava no papel, James? — pergunta para o motorista.

— Sim, me mandaram deixá-los aqui, senhor — responde.

— Eu vou resolver isso, amor, já volto — assinto e ele sai do carro.

— Deve ter lhe passado o endereço errado, James — brinco.

— Com certeza a Madame não me passaria o endereço errado, senhorita — me olha pelo retrovisor.

— E aí? — olho para Vincent quando volta, e abre a porta pra mim.

— Tem uma reserva no meu nome e uma pessoa vai nos levar até o quarto — diz e pego na sua mão estendida — Obrigado, James! Nós iremos volta de táxi — avisa antes de fechar a porta e o carro se vai.

— Você está fingindo de desentendido só para ver a minha cara? — sorrio.

— Não, mas vamos fingir que não tem surpresa nenhuma e que programamos essa noite desta forma — sorriu de volta.

Uma moça nos levou até o nosso quarto pelo elevador, e se não me engano fica nos últimos andares onde tem os aposentos mais caros, nós a agradecemos e abrimos a porta com um cartão-chave. O cômodo tinha um espaço com sofá e televisão, e havia uma mesa posta de dois lugares em frente à janela com pratos, talheres e taças, e também um buquê pequeno no centro para enfeitar. Olho pelo lugar admirada, vou até uma porta e abro vendo o quarto com uma cama grande e pétalas de flores vermelhas espalhadas por tudo, eu conseguia ver a banheira cheia com espuma e velas aromáticas dando um cheiro agradável no ambiente.

— Estou encantada, Vincent! — abro um sorriso.

— É bom saber que gostou, meu amor! Querer tirar o casaco? — assinto deixando minha bolsa na chaise, Vincent deixa nossos sobretudos ali também — Você está maravilhosa! — passa os braços em volta da minha cintura.

— Obrigada! — lhe dou um beijo.

— Vamos olhar o cardápio e ver o que podemos pedir? — balanço a cabeça, e fomos até a mesa e nos sentamos.

Vidas Cruzadas | Spin-off Trilogia AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora