𝐎 𝐂𝐄𝐔 𝐓𝐔𝐑𝐕𝐎 𝐃𝐀 𝐌𝐀𝐃𝐑𝐔𝐆𝐀𝐃𝐀

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(O CÉU TURVODA MADRUGADA)

𝕆𝕚𝕖 ℙ𝕣𝕚𝕟𝕔𝕖𝕤𝕠𝕤 𝕖 ℙ𝕣𝕚𝕟𝕔𝕚𝕡𝕒𝕤!!!

𝕋𝕦𝕕𝕠 𝕓𝕖𝕞?

Mais uma GoYu zinha hahahahahha

Sem mais delongas, boa leitura!

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Já era quase uma da manhã e Yuji ainda não havia pregado o olho. Levantou o aparelho celular pela... sabe-se lá qual era a vez que ele fazia aquele movimento repetitivo. Esperava ansioso pela hora combinada.

Gojo havia marcado com o rapaz para passar em seu quarto e lhe pegar para um treinamento intensivo e mais complexo. Já fazia um tempo que eles não treinavam juntos. Yuji, agora mais velho, mal via o xamã, era como se não estudasse mais ali. O que o garoto não entendia era o porquê do outro ter marcado tal visita e treino no meio da noite. Talvez fossem ver um filme aterrorizante para relembrar os velhos tempos, assim precisariam de um clima como esse, para aguçar ainda mais o momento.

Batidas leves na porta ecoaram pelo quarto, Yuji sentou na cama de uma vez. Ele havia sido pontual? Se perguntou com um sorriso. Levantou e foi abrir. Deparou-se com Gojo vestido de forma mais casual, ele sentia falta de olhar o sensei e ver seus olhos. Para o seu deleite, Satoru estava sem a venda ou os óculos, trajava uma camisa preta de mangas compridas e uma calça de moletom, ambas frouxas e confortáveis.

Itadori, ao olhar nos grandes e cintilantes azuis, assustou-se, era uma noite sem lua ou estrelas, rajadas de vento ecoavam no corredor vazio, mas os olhos dele estavam inabaláveis. Pareciam caçar cada detalhe daquele local, que era o corpo do garoto à sua frente. Como nos velhos tempos, Itadori pensou.

Yuji sentiu-se quente de uma forma estranha, apenas o encarando em resposta. Era notório o constante combate que Gojo — sempre que aparecia em sua vida — lhe fazia travar dentro da mente. Desde o primeiro dia que o conheceu, quando o xamã se aproximou, quase encostando no rosto do rapaz, se fez presente essa sensação de um desespero constantemente bom. Esse incidente havia tirado o sono de Yuji por muitas noites naquela época, principalmente após conhecer o tamanho do poder que Gojo possuía. Definitivamente ele não precisava ter se aproximado tanto naquele dia, para entender que dentro do corpo do garoto havia uma maldição, e não uma qualquer, era o Grande Rei das Maldições, Sukuna.

Yuji foi desperto dos seus devaneios por uma mão grande tocando-lhe o braço.

— O que houve? — Satoru perguntou firme, mas com uma suavidade na voz. — Está parecendo aflito.

— Não é nada, sensei. Podemos ir treinar? Estou ansioso.

Gojo sorriu e deu passagem ao garoto, lhe indicando para seguir em frente. Fechou a porta do mesmo silenciosamente, e sussurrou para si.

— Eu também, garoto, eu também...

Eles foram até a nostálgica salinha do porão e, ao chegar lá, Yuji constatou algumas diferenças, a tv agora era mais moderna e o sofá parecia mais confortável, havia cobertores e algumas comidas. Ele havia acertado, eles veriam filmes. Gojo apenas esperou o garoto entrar e virou-se trancando a porta, isolando eles dois da curiosidade do mundo lá fora. Ele se sentia confuso ao ter arquitetado aquele plano, mas hoje, depois de tanto tempo, ele precisava confrontar Yuji e descobrir se ele poderia entender sozinho como se sentia agora, ou se o garoto preferia ir em seu próprio ritmo para saber.

𝐏𝐀𝐒𝐒𝐄𝐈𝐎 𝐍𝐎𝐓𝐔𝐑𝐍𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora