CAPÍTULO 48

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Jo ri sem parar, ouvindo as cantadas que Jax, na poltrona do outro lado do corredor, lança na aeromoça que se ruboriza como um tomate. Eu não posso evitar e acabo sorrindo também. Não pelas graças de Jax, mas porque o sorriso de orelha a orelha de Jo me deixa feliz.

— Jax não tem jeito. — Ela suspira.

— Eu imagino que não. — Digo, apertando sua mão.

— Eu... estou com medo. — Ela sussurra, como um segredo.

— De voar? — Pergunto impressionado, e ela acena com a cabeça timidamente. —Não fique assim, amor, tudo tem que ter uma primeira vez, e fico feliz que suas primeiras vezes foram, e serão, comigo. — Digo malicioso.

— Hero! — Ela repreende.

— Tudo bem. — Repondo sorrindo. — Mas veja, quando você estiver com medo, aperte minha mão, que irei cantar, só para você, ok?

Ela concorda, dando-me um selinho e encostando sua cabecinha no meu ombro, ela relaxa. Mas quando é anunciado pelos alto-falantes o início da decolagem, Jo aperta minha mão como se quisesse esmagá-la e começa a tremer pelo medo.

Segurando sua cabeça firmemente contra meu peito, eu sussurro uma canção em seu ouvido. A mesma que minha mãe cantava para mim, quando íamos dormir, mas eu estava muito apavorado para isso, com medo que o monstro viesse nos matar.

“Brilha, Brilha, estrelinha. Lá no céu pequenininha...”

Quase duas horas depois, aterrissamos em Los Angeles, a cidade mundial do entretenimento e a segunda mais populosa dos Estados Unidos. Jo adormeceu durante todo o voo, só despertando quando eu me preparava para carregá-la no colo e tirá-la de lá.

Apesar de preocupado, não fico surpreendido com seu super sono, que parece acompanhá-la em todos os lugares, já que ultimamente ela tem estado extremamente cansada.

Após pegar todas as malas e instrumentos, nós dirigimos para a locadora de carros e solicitamos o seu maior.

— Vocês possuem algum tipo de automóvel grande o suficiente para seis pessoas, bagagens e instrumentos? — Pergunto para a atendente.

— Bom senhor, o máximo que posso arrumar é uma Van. — A senhora simpática me reponde.

— Perfeito. Ficarei com ela. — Digo, entregando meu cartão de crédito para ela, junto com o meu documento de identificação.

Resolvemos alugar um carro para fazer o resto do trajeto até Indio, que fica próximo a Los Angeles, o que não duraria mais de duas horas, caso estivéssemos com sorte no trânsito.

Pegando a chave do veículo e agradecendo a atendente, eu empurro o carrinho com as malas de Jo para fora do saguão do aeroporto. Mas uma pequena mão interrompe minha caminhada ao puxar minha blusa.

Olhando para baixo, encontro Jo com uma cara aborrecida, em um adorável biquinho.

— Estou com fome, Hero.

— Mas Jo, você comeu não tem duas horas.

— Agora você quer me controlar? Acha que estou gorda e não devo comer nunca mais? — Ela diz ofendida e horrorizada.

— Eu não disse isso, eu só...

— Você quer que eu arrume outro namorado para me alimentar? Aposto que Ash ficaria feliz em fazê-lo. Não é mesmo, Ash? — Pergunta para ele olhando para mim.

— Eu... — Olho para Ash quando ele começa a falar, fazendo-o calar-se rapidamente. Mas que merda é essa?

Ela quer me trocar por Ash? Sempre se tratou disso?

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora