Número 24

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L O G A N   C A M E R O N 
parte três

Antes da segunda-feira terminar, Lily estava indo embora. 

Suas provas na faculdade começariam em uma semana e ela teria que estudar sem parar. Eu entendia isso, mas não significa que não podia ficar triste. 

Passamos apenas o domingo juntos, e hoje pela manhã ainda não conseguimos ficar a sós. Ou era o pai dela a cada minuto nos observando, ou os meninos que eu tenho certeza que foram comprados pelo treinador pra atrapalhar tudo.

E então, quando menos percebi, já era a tarde de segunda e Lily estava entrando em um táxi. 

Aqueles foram os únicos minutos que finalmente ficamos em paz.

— Fique de olho no Nicholas, pois se ele ameaçar tirar aquela atadura, eu venho de Carolina pra cá e quebro a cara dele. — Minha meio namorada explicou. 

Não tinha feito um pedido, e também nem teria tempo. Quando eu voltasse das finais, pensaria em algo perfeito pra isso. 

— Você é um amor de pessoa. — Provoquei. 

Ela riu e abriu a porta do táxi logo depois. Estava mesmo indo embora e só nos veríamos em quinze dias. 

— Não deixe o John usar todas as máscaras faciais. Eu não vou ficar comprando novas pra ele. — Ela continuou, talvez nem percebendo meu olhar.

Era tão pouco tempo pra explicar tudo que sentia.

— Lily... — Tentei chamar, mas ela prosseguiu.

— Nathan me pediu remédios pra dor de cabeça, mas fale pra ele que só é beber café que vai passar. — A garota não parou.

Me aproximei e a abracei, fazendo-a parar. Lily retribuiu e senti meu coração acelerar mais do que já estava. 

Mesmo que nos falássemos por mensagens, não seria o mesmo de vê-la pessoalmente e senti o seu perfume forte. 

— Só fiz sair um minuto e você atacou minha filha. — Alguém reclamou. 

Eu resmunguei antes de me afastar, lamentando a falta de tempo. Meu treinador tinha um rosto furioso, sem esconder seu rancor de mim.

— Não espere que eu vá pedir desculpas, treinador. — Digo a ele. 

Vejo sua cor mudar pra vermelho cor de sangue. Engoli seco, me afastando do carro. 

Lily segurava a risada, começando a fingir tossir quando o pai olhou pra ela. 

— Não vai vim se despedir de mim, papai? — Perguntou. A garota abriu os braços, fazendo um biquinho fofo.

Só sei de uma coisa, se ele não fosse dar um abraço nela, eu iria de novo.

Mas fiquei chocado quando Christopher a abraçou bem forte. 

Cruzei os braços, me preparando pra contar aos meninos que nosso treinador sabia o que era um abraço.

Não precisou de muito, pois logo meus amigos e os outros garotos do time apareceram.

Jonathan se achava com aquelas luzes no cabelo. Não faço ideia de como Allyson fez aquilo, mas agora o meu amigo estava meio loiro.

E não fiquei chocado em saber que Nath tinha um copo de café na mão, mantendo o seu vício. Nicholas mexia na atadura no pulso, como Allyson tinha dito pra não fazer. 

O pessoal do time estava todo em frente ao hotel, se despedindo dela, já sabendo que quando a víssemos de novo, talvez estivéssemos com o troféu na mão.

Manual de como se conquista mais um jogador | Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora