CAPÍTULO 49

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Quem poderia prever que um dia, Hero fodido Fiennes, estaria perdidamente apaixonado por um pequeno e doce anjo. Quem poderia prever que um dia, a The Sin estaria aqui, no próprio Coachella.

Eu certamente que não.

Às vezes, a vida nos leva por caminhos ao qual nunca pensamos percorrer. Eu nunca esperei me apaixonar. Eu nunca esperei que a Sin chegasse tão longe. Mas o destino tinha outros planos.

Apoiado em minha mão, observo Jo despertar de seu sono. Pouco passa das sete da manhã, mas temos muitas coisas para resolver nesse primeiro dia em Indio. Beijo seu rosto e o acaricio para que ela desperte.

- Já disse o quanto a amo? - Pergunto a Jo quando ela pisca seus olhos amarelos, tentando afastar o sono.

- Eu acho que não. - Diz com a voz rouca e um sorriso travesso nos lábios rosados.

- Poderia dizer que a amo por toda vida, mas nunca seria o suficiente para demonstrar o tamanho dos meus sentimentos.

Ela estica as mãos e acaricia meu rosto. Fechando os olhos, eu aproveitando cada segundo. Eu nunca gostei de toques, eu sempre os odiei. Sempre preferi manter as pessoas à distância, muito distantes. Mas com Jo é diferente.

Eu anseio sua presença. Ela nunca estará perto o suficiente para mim. Eu anseio seu toque, com um mendigo anseia um prato de comida, após dias sem comer. Desde o leve roçar de dedos quando me passa a xícara de café pela manhã, ou quando segura minha mão para caminharmos lado a lado. Eu não havia percebido até ela aparecer em minha vida, o quanto eu sentia falta desses pequenos gestos, desses pequenos toques amorosos.

Antes de Jo, somente minha mãe havia me tocado com verdadeiro amor. O puro e simples amor.

- Amo você, Hero. - Ela diz.

Fazendo com que eu me derreta em seus braços. E encostando minha cabeça em seus seios macios, eu a abraço. O mais apertado possível. Segurando-a firmemente em meus braços, somente para que suas palavras possam afundar em meu cérebro. Eu amo os momentos como esse. Quando ela se declara, quando ela me faz acreditar que eu sou único e especial, e não um fodido de merda.

- Jo, eu... - Começo a falar.

Porém sou interrompido quando Jo começa a retorce-se em meus braços. Afasto-me apenas o suficiente para olhar seu rosto, mas ela aproveita-se para conseguir sair dos meus braços e escapar da cama. Como veio ao mundo, ela corre em direção ao banheiro. E também nu, eu a sigo desnorteado.

- Meu Deus, Jo. - Gemo pesaroso quando encontro-a abraçada ao vaso sanitário.

Alcançando-a, eu seguro seus cabelos e murmuro palavras de apoio. Mesmo que por dentro eu esteja desesperado ao vê-la passar mal novamente.

Quando seu corpo treme em espasmos e sem forças, ela desmorona no chão, eu a pego rapidamente em meus braços, levando-a para dentro do box do banheiro.

Ainda com ela em meus braços, eu ligo o chuveiro e verifico a água para saber se está na temperatura correta. Ela se encolhe contra mim, quando eu a impulsiono para de baixo da água.

- Vamos ao médico, quando terminarmos aqui. - Digo determinado.

- Não, Hero, eu já estou bem.

Ela olha para mim e tenta sorrir, mas o cansaço está estampado em seu rosto.

- Meu Deus, Josephine. Está claro que você não está bem! - Eu grito entre desesperado e medroso. - Você tem estado assim há dias!

- Semanas. - Ela sussurra.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora