O velho de jaqueta marrom

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Olhem, leitores, eu não sou normal.

Portanto, se você está à procura de normalidade, lamento dizer que você está lendo o livro errado. Estas páginas são narradas por mim, mas escritas por um grande amigo meu, o autor que escreveu o que vocês estão lendo no momento.

Desculpe-me não me apresentar, é que eu sou muito, mas muito ansioso para acabar as coisas, mas meu nome é John Hunn, filho do senhor e da senhora Hunn, somos uma família quase normal... O motivo de não ser completamente normal? Eu. Eu sou a razão se não sermos totalmente normais. Eu tenho um irmão, – ele é normal – encrenqueiro, ele me fez esquentar a sopinha dele, eu admito, mas foi sem-querer, juro, mas a raiva me fez fazer isso.

Minha mãe me levava semanalmente a um médico charlatão que era psicólogo, ela me levava, mas não sei para que, provavelmente ela achava que eu estava em depressão por sofrer bullying, mas eu não estava deprimido não. Eu estava tão feliz por descobrir que eu era mágico-aquático que esqueci aquele povo idiota que dava murros em minha cabeça, eu comecei a trazer peixinhos para suas cuecas.

Minha mãe escolhia um dia da semana para irmos, então essa semana ela escolheu a sexta-feira. Eu levantei e pus a mão no criado-mudo do meu quarto, acabei de completar quinze anos, mas ajo como uma criança de dez.

Minha mãe tem vários nomes na boca do povo do nosso bairro: deusa-do-barraco, senhora-língua-de-cobra, víbora, e outros nomes que não é adequado falar para vocês, amigos. Você pode pensar que minha mãe é muito mal, de longe. Mas de perto ela é legal.

A minha mãe vive gritando, eu acho que a voz dela é a mais elevada do bairro, meu nome é ouvido pelo bairro, quando ouvem uma voz de bruxa gritando “JOOOOOOOOHN” já se sabe que é minha querida mãe.

- John – eu ouvi pela primeira vez a voz de minha mãe calma, então aquilo era super. Estranho – É hora de acordar.

Eu odeio acordar cedo, eu estudava no horário vespertino, para dormir mais durante a manhã, mas sempre tinha o pior dia da semana, que era o dia da consulta com o doutorzinho nojento que se chamava Lukke. Eu sempre tento dormir cedo para não ficar exausto no próximo dia. Mas nem isso resolvia minha sede de dormir.

Dei uma bufada longa e pus minhas pernas para fora da cama, vi a imagem de uma mulher de cabelo grisalho e corpo magro a minha frente, essa era a minha mãe.  Ela veio até mim, eu senti o cheiro do perfume que ela usava quando saia para um evento especial, mas a consulta a clinica nunca foi um evento especial, então, aquele dia, como eu foi totalmente anormal, começando pelo carrinho de papai-noel que vi quando sai de casa, eu me arrumei e fui para o carro de minha mãe. Ela entrou no carro, olhou para o espelho e retirou o batom da sua bolsa, retocou o batom e o guardou.

A dona Clark estava na rua, limpando o seu jardim. Aquela era a inimiga da minha mãe, desde sua mudança, há milhares de anos atrás. Minha mãe sempre nos disse que existia uma bruxa malvada, e que ela morava em frente a nós, nós quando éramos crianças tínhamos pavor de atravessar a rua.

- Senhora Hunn – a mulher saiu de seu jardim e veio até o carro de minha mãe – A senhora, por acaso, esqueceu a reunião que nós teremos hoje? – a voz daquela mulher era tão irritante quanto o som de uma porta batendo.

Minha mãe bufou, estalou os lábios e olhou para a mulher com uma cara de “sai daqui agora”.

- Eu não esqueci senhora Clark – respondeu minha mãe – Agora me dê licença.

- Está levando seu filho doido para o médico que trata loucos? Vai se tratar nele também?

Minha mãe saiu do carro, eu não me importava com aquela mulher ridícula que morava a minha frente. Minha mãe sussurrou algo em seus ouvidos e voltou para o carro, a expressão da mulher se tornou desespero. Eu mesmo não me importando estava irritado com aquela nojenta que vivia como minha vizinha, então eu estendi minha mão para a mangueira do jardim da senhora Clark, sussurrei para minha mãe para que ela fechasse o vidro do carro, ela fez o que eu pedi. Um jato de água gelada molhou a mulher completamente, ela deu uma bufada e voltou para sua casa, ou seu ninho de cobras como sua mãe dizia. Minha mãe sabia que eu era anormal, provavelmente ela já sabia isto desde meu nascimento, mas nunca me disse. Você deve estar se perguntando... Por que ela não te disse, John? Bem, nem eu sei.

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⏰ Última atualização: Jan 30, 2015 ⏰

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