O que dá pra pensar de um homem? Quer dizer, o que a sociedade impõe pra um homem pensar? Complicado. Até aqui, a única coisa que consegui com Marcelo foi casa pra morar e dois minutos de felicidade, espera, dois minutos é muito! Na real, o que eu tento te dizer é simples... Não que eu esteja cem por cento com os dois, mas Marcelo consegue estragar até o que está ruim. Enquanto Marina, conserta. A ideia disso tudo não é esquecer um homem e ficar com uma mulher, a ideia disso é você pensar se realmente gosta de um homem. Casei, eu sei, mas não tinha sido um erro. Casar não é um erro. Erro é escolher a pessoa errada pra esse tipo de responsabilidade.
O tempo todo, sem esquecer um segundo, eu não sei o que fui pra ele. Eu pensava mais nisso do que a quantidade que ele me demonstra amor. Eu simplesmente o amava, e não tinha quem mudasse isso. Eu colocava um ponto final na frase eu te amo e ninguém mudava se quer uma vírgula. Não deixei de o amar, deixei de conviver, de me envolver, não vale mais a pena, não se for pra me magoar.
Acorde com um estrondoso barulho da porta de madeira batendo.
Marcelo: Mas que porra é essa?! - encarou-me na cama com Marina, que pulou da cama, segurando os seios.
- Marcelo, quero divórcio. - falei por fim. Marina cruzou o olhar com o meu.
Marcelo: Ela é uma prostituta! Não passa de uma vadia que todo mundo faz o que quer. - ela mirou o olhar em Marcelo. Levantei-me rapidamente e vesti qualquer camisola.
- Quem é você pra falar de alguém? - apontei o dedo pra ele. - Você é mesquinho, arrogante, ignorante, estressado e um puta de um brocha!
Marina: Não! - ela gritou. - Marcelo é mais do que isso. Você não merece ele, Joana. Sinceramente, eu sou tudo isso sim! Sou puta, prostituta, vadia... Mas eu quis! Eu sou dona do meu nariz... Eu escolhi ser objeto sexual pra você... Mas a Joana não, não devia ter feito isso com ela. - limpou as lágrimas raivosas que saiam.
Marcelo: Sedutora barata! Isso que você é! - enfiei a mão na cara dele. Pelo menos fiz o que eu já devia ter feito a muito tempo. - Então é assim? Vai ficar com alguém que eu comi por três anos? - ele gargalhou, secamente, da minha cara.
Marina: Eu não preciso mais ouvir isso... - bateu os pés. Já vestida saiu.
- Totalmente cafajeste... Você transava com ela e pagava ela... - eu ri. - Eu não paguei nenhuma vez... Essa é a diferença entre nós.
SETE ANOS DEPOIS...
- Marcos? - abri a porta do quarto. - Você não levantou? Ah, não acredito! - pulei em cima dele e fiz cosquinhas.
Marcos: Mãe, para! - riu de novo. Dessa vez me segurou. - Vou fazer dezessete anos...
Marina: Mas vai ser sempre o nosso bebê! - apareceu no canto da porta. Logo em seguida bateu palmas e ordenou: - Vai se arruma, tá atrasado! - saimos do quarto e o deixamos a se arrumar.
Quem é Marcos? Nosso filho adotivo. Encontramos ele nas ruas, com apenas doze anos. Ele era ótimo em teatro, dança e matemática... Marina fala que ele vai ser um grande ator e há pessoas que dizem que será um baita de um boiola e eu digo que ele é meu filho e não deixarei de amá-lo tão fácil assim. Afinal, ele é o homem da casa, vai ser difícil se livrar de nós duas.
No corredor...
Marina: Vem cá! - sussurrou e me amassou contra a parede. Beijou-me. - Felizes?
- Pra sempre... - sussurrei mordendo os lábios.
Felizes para sempre?
Obrigado a quem acompanhou até aqui! Obrigado pelos votos e pelos comentários! Até a próxima...
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FELIZES PRA SEMPRE?
RandomUma minissérie em dez capítulos. Uma trama dedicada as vidas de traição, romance, ganância e hipocrisia. Esse é o primeiro da série, sejam bem-vindos. Joana, uma mulher casada, caseira e exemplar. Marcelo, um homem casado, trabalhador mas tem seu...