Stuart olhou em volta, as ruas estavam vazias, praticamente desertas. Voltou a caminhar, pois tinha parado para distinguir onde estava, não foi muito difícil, não era a primeira vez que estava ali, mais sentia que dessa vez, seria diferente.
Ele tinha uma pequena fissura por linhas. Qualquer linha que estivesse no chão, seja rachadura, tinta, ou até mesmo a faixa de pedestres que estava á sua frente, ele não pisava, tinha consigo mesmo que isso trazia azar. Atravessou devagar pela rua, tomando cuidado para não pisar nas linhas que nela estavam, chegou até a calçada e parou, de repente se pegou perguntando porque ele havia parado.
Ergueu a cabeça e olhou para o céu, ele nunca estava daquela forma, se encontrava cheio de nuvens tempestuosas, e de um tom de cinzas de carvão, assim que se deparou com o céu, seu rosto tomou uma expressão de confusão, voltou a andar, evitando as linhas, mas sem saber o porque estava fazendo aquilo de forma tão efetiva, ele parecia estar com medo das linhas, dobrou a esquina e virou. Deu de topo com um semáforo, pôs-se a observá-lo, não passava carro algum, mas mesmo assim, ele funcionava, o que era, de uma forma relativa, muito estranho, notou que, no lugar em que deveria estar aparecendo a cor amarela, estava cinza, como o céu.
Stuart começou a se perguntar o porque de tudo aquilo, porque estava andando? Porque tudo estava ficando cinza, como o céu acima de sua cabeça? Porque estava completamente sozinho naquelas ruas tenebrosas? Porque evitava tanto as linhas daquela maneira? Porque as lojas e estabelecimentos estavam vazios, como se os clientes e vendedores tivessem fugido da tempestade que, iminentemente, se formava no céu? Suas pergunta gerou mais dúvidas do que respostas, isso duplicou quando ele virou a esquerda. No peitoral de uma janela, havia uma ave, cinzenta, mas o que um pássaro estaria fazendo ali, em plena tempestade? E porque ele, Stuart, não estava correndo da tempestade?
Se aproximou do pássaro, tomando cuidado para não espantá-lo, ele era de uma beleza rara, de extrema diferença dos outros pássaros, sua mão estava próximo ao pássaro, mais ele foi mais rápido, a ave grunhiu e ele recolheu a mão com rapidez, de repente, o chão sob seus pés virou cinzas, como os restos de uma queimadura, e ele afundou até a cabeça.