É Você.

Parte 21

Acordo mais continuo com os olhos fechados sentindo o cheiro nos meus lençóis e travesseiros, mais não sinto seu corpo, abro os olhos de uma vez e o lugar está vazio.
- Karol... Chamo baixinho com minha voz rouca ainda pelo sono e me estico para pegar o celular, ponho a mão no travesseiro para me apoiar e olho quando sinto algo diferente, um pedaço de papel.

Adorei a Noite menino mal, não sinta tanto minha falta beijos Karol.

Sorrio abobalhado lembrando da nossa noite juntos e encaro o relógio dez horas da manhã, merda o vôo dela era as oito porque diabos ela não me acordou.
Levanto e lembro que estou nu, desmaiamos ontem depois do banho, visto a cueca e encontro Mike ao telefone na sala ele me encara e faz o dedo pra cima e pra baixo olho pra baixo e sei que ele está zuando, não sou de ficar só de cueca em casa mais precisava de notícias , é aí que surge Verinha no topo da escada com algumas roupas na mão para lavar e encaro as roupas são femininas, da Karol, suspiro triste ela se foi e eu não consegui me despedir.
- Acho que mais alguém pegou manias por aqui. Fala Mike rindo.
- Não enche Michael, onde ela está? Ele faz o gesto de um avião.
- Ela não se despediu de mim.
- Ah fala sério, tenho certeza que se despediu direitinho de você. Arregalo os olhos.
- Qual é Rugge, não faça essa cara, vocês soltavam faíscas juntos não sei como suportaram tanto tesão acumulado, estou orgulhoso de você irmãozinho eu não teria aguentado, já teria trepado com ela no primeiro dia.
-Mike tem noção de que ela é sua irmã?
- Tenho, irmã mais nova na verdade, linda, segura sabe o quer, inteligente bem resolvida, dona de um corpo escultural e da própria vagina a e do coração também. Fico surpreso com o que ele fala.
- Você também é, e dos dois quem mais me preocupa é você. Faço uma careta.
- Cara senta aqui. Ele me chama e me sento ao seu lado no sofá.
- Karol sempre teve a vida difícil, papai um viciado em jogos a mãe viciada em dinheiro, se não fosse pelo avô não sei o que seria dela, fora que imagina você receber milhões aos quinze anos depois da morte do avô, essa garota poderia ter torrado tudo, bancar a patricinha, mais não ela não tocou um centavo, ela conquistou o seu espaço é prestigiada ganha muito bem e tudo mérito dela, mesmo com a mãe infernizando sua vida, Karol sabe se virar sozinha, Rugge se ela cair, ela vai levantar e não quer ajuda de ninguém para isso pois aprendeu a fazer só.
Já você irmão, tivemos a sorte de ter uma mãe que era tudo para nós, mais no momento em que tudo caiu para você e para mim também, porque eu fui junto, tínhamos um ao outro e nossos amigos, irmão para nos ajudar a levantar, então quem você acha que eu me preocupo mais?
- Quando foi que amadureceu assim pirralho? Faço graça e ele rir.
- Eu soube desde o primeiro momento em que você pois os olhos nela. Ele rir de novo. - Porque se segurou tanto?
- Porque eu não queria magoar você, e ainda tenho medo do que estou sentindo, a Mike estou confuso sua irmã me tira do sério como ninguém, me irrita e me enlouquece ao mesmo tempo...
- E você está louco, apaixonado por ela e isso te assusta.
Não é uma pergunta ele está afirmando e faço uma careta.
- Apaixonado Mike, acho que é exagero. Ele começa a rir.
- Sabe que a Karol me respondeu a mesma coisa.
- Você falou com ela, sobre nós? Ele faz que sim.
- Mais nem adianta, se quiser algo pergunte pra ela.
- Como vou fazer isso, se nem sei o que sinto direito Mike?
- O tempo vai dizer Rugge.
- Ah não você também? Primeiro Mike depois Karol agora você, já para o quarto se vestir anda menino ou eu vou lhe dar umas palmadas.
Acabamos rindo e eu beijo Vera e corro para o meu quarto, fecho a porta e o cheiro dela está ali, pego meu celular e abro seu contato.

- conhece uma fórmula mágica para sentir menos falta? Porque já acordei sentindo sua falta e não foi nada legal encontrar a cama vazia, acredito que vou ter que trancar meu quarto a sete chaves para que seu cheiro não desapareça até te ter de novo. Boa viajem Karol.

Tomo banho e me arrumo preciso trabalhar ou vou ficar louco sentindo falta dela.
Pego meu cavalo com Lucas e saiu com seu João pela fazenda vendo cada lugar, revisando o que precisamos e o que vai sair essa semana, graças a Karol o pior já passou e conseguimos colocar tudo em dia por aqui, temos até novos compradores vamos exportar muitos produtos e isso é ótimo.

Quando estou voltando resolvo passar na cachoeira, desço do cavalo e me aproximo da margem me abaixo e lavo meu rosto.
- Você ainda gosta desse lugar?
Me assusto e viro encontrando Candelária ela se senta perto onde estou abaixado.
- Tivemos momentos maravilhosos aqui.

Não respondo, ontem quando ela apareceu no bar depois de tanto tempo, a única coisa que sentir foi desconforto, era como se nada tivesse acontecido entre a gente, e agora que paro pra pensar em relação a ela, não sinto nada nem ódio, raiva ou qualquer outra coisa.
- O que faz aqui Candelária?
- Só queria conversar um pouco com você.
- Acho que é um pouco tarde pra isso.
- Você ainda tem muita raiva pelo o que eu fiz não é?
- Na verdade não, não sinto, estou muito bem para sentir qualquer coisa.
- Claro. Ela sorrir fraco.
- Está noivo, vai se casar você conseguiu seguir em frente. Franzo o cenho e então lembro do que Karol aprontou ontem e acabo sorrindo.
- Ela te faz bem não é? Sorrio sincero lembrando da minha diabinha.
- Ela é o demônio, e estou feliz em tê-la infernizando minha vida. Candelária sorrir.
- Minha nossa você está apaixonado heim?
- Eh estou. E digo sinceramente.
- Mais e você? Não seguiu sua vida.
- É..sim de um certo modo seguir.
- O que quer dizer?
- Tenho algo importante para contar mais não quero estragar seu momento eu... Meu celular toca e peço um minuto e pego no bolso o nome de Karol pisca na tela e acabo sorrindo, Candelária vê e abaixa a cabeça.
Atendo a chamada de vídeo de Karol.

-Menino mal estou fazendo falta por aí.
Sorrindo respondo.
- Você não sabe o quanto.
- Onde você está? Ela pergunta.
- Na cachoeira, não conseguir ir para o jardim aquela piscina não tem graça. Ela rir.
- Você adoraria que eu colocasse meu bumbum no sol pra torrar não é?
- Isso seria fantástico uma visão e tanto, mais prefiro ver seu bumbum na minha cama onde só eu posso olhar. Ela revira os olhos.
- Onde você está?
- Ruggero conversamos depois. Fala Candelária e sai pegando o cavalo dela.
- Quem está aí?
- Era Candelária. Karol estreita os olhos pra mim.
- Não se passaram nem vinte quatro horas e ela já está atrás de você.
- Está com ciúmes Karol Sevilla?
- Rara que gracinha, não sei lidar com ciúmes, o que ela queria?
- Uh se isso não é ciúmes não sei o que é? Karol revira os olhos.
- Na verdade não sei, ela disse que tinha algo para contar não tenho ideia, e também não me interessa, quero saber de você. Ela sorrir.
- Acabei de chegar, graças a Deus não tem nenhum fotógrafo ou jornalista na minha porta então estou bem.
- Isso é muito bom.
- Falei com Mike hoje. Ela diz.
- É eu também.
- Então? Seu medo por ele...
- Passou, na verdade recebi uns puxões de orelhas daquele pirralho. Karol rir.
- No início eu não entendia achava idiotice da sua parte, mais com o tempo fui entendendo que queria preservar o que tinha com ele e acabei concordando.
- Foi por isso que se afastou nas últimas semanas. Ela estreita os olhos para mim.
- Você percebeu.
- Claro, até na piscina não ia mais só podia ser isso. Ela assente e vejo quando levanta os olhos.
- O que foi?
- Valentina chegou aqui.
- Ah não, não por mim podem continuar o sexo de vocês e obrigado por ter devolvido minha amiga.
- Na verdade eu não devolvi só emprestei e vou pegar de volta logo, logo então aproveite. Karol olha para a tela com curiosidade.
- Te ligo depois vou matar a saudade dessa louca se não ela não me deixa em paz. Fala sorrindo.
- Eu ouvi isso heim. Grita Valentina não sei de onde.
- Tudo bem, até mais. Digo.
- Até. E encerramos a ligação.
Suspiro sentindo meu peito apertar e não sei o que fazer, ficar longe dela será um tormento maior do que não poder toca-la.