CAPÍTULO 52

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A galera vibra, pula e grita. Cantamos grandes sucessos, mas também cantamos nossas músicas.

E porra, a alegria da multidão era contagiante. Cada vez que olhava para os caras via o brilho em seus rostos, seus olhos e pensava que era impossível não ser contagiado. Eu amo cantar. Amo música. E apesar de nunca ter almejado a fama, confesso que estar nesse palco hoje é sensacional.

A energia que a galera passa é surreal.

Indescritível.

Inimaginável.

Jo na lateral do palco observava-me atenta, como uma grande fã cantando todas as músicas. Ayla ao seu lado, porém um pouco distante, o que eu acho bom, pois não a quero perto da minha pequena, também observava-nos atenta. Comentando por vezes com um homem desconhecido ao seu lado.

O clima quente de Indio faz com que meu corpo se aqueça, formando várias gotas de suor em meu corpo. A jaqueta de couro que eu levava há muito já foi jogada de lado e agora faço o mesmo com a minha blusa. Tiro-a e enxugo o suor do meu rosto, antes de jogá-la para o lado.

Agora, mostrando todas as minhas tatuagens e piercings nos mamilos, além do meu pacote com oito gominhos em meu abs., eu canto a música Summer de Calvin Harris. Meu tórax brilha como se eu tivesse passado óleo, mas em realidade, é somente o suor que sai por meus poros. Flerto com o público antes de iniciar a nossa última canção. Escolhi fechar o show com essa música, dentre tantas outras autorais, pois tratasse de Jo e eu.

Nossa história em versos.

Mystic Eyes não é uma música triste, ao contrário. Sua batida é alegre, envolvente e dançante. E conta como eu era até encontrá-la. Como cai duro por ela, somente com um olhar de seus olhos amarelos místicos. Escrevi essa música poucas semanas depois de conhecê-la, quando soube que para mim não havia mais escapatória.

Eu já estava apaixonado por ela. Por ela e por seus olhos místicos. E cantá-la aqui no festival, não somente cantar, mas finalizar o show com essa canção, é algo maravilhoso.

Jax puxa seu início no teclado e eu olho para Jo quando começo a cantar, quando as palavras saem dançando de minha boca, digo com gestos que a música é dela. Para ela. Sorrindo, ela chora. Deixando-me confuso por um momento. Pisco um olho para ela antes de virar para a multidão. E fechando os olhos, eu canto.

Eu canto com minha alma.

Eu canto com todo o meu amor.

Mesmo nas partes dançantes e alegres.

Pois, por um momento, flashes de quando a conheci rodeiam minha mente. E sou transportado em uma volta no tempo. Quando canto o refrão uma segunda vez, a multidão também o faz. E juntos, formamos um coro.

Dever cumprido.

Satisfação.

Orgulho.

Êxtase.

Com esses e muitos outros sentimentos, eu me despeço do festival. Grito palavras de agradecimento à cidade e também ao Coachella. Digo o quanto estou feliz por estar aqui nessa noite e que desejo vê-los em breve. Com isso, Blake, Jax, Ash e Ryan abandonam suas posições e seguem para frente do palco, ao meu lado. E juntos fazemos uma reverência ao público. Agradecendo mais uma vez antes de sairmos do palco.

O sorriso nos rostos dos meninos me diz que estão tão felizes como eu. Jo pula em meu colo quando estou longe do olhar da multidão. E rodo com ela em meus braços.

Sorrindo, ela me beija no rosto diversas vezes.

— Isso foi... incrível! Você foi incrível! — Ela diz eufórica.

You Are Mine, Love { Livro 1 Adaptação Herophine}Onde histórias criam vida. Descubra agora