XVIII. Despedida

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(...)

Saímos do bar e fomos pra um Hotel passar a noite. Queríamos aproveitar esse resto de tempo juntos, sem ninguém pra atrapalhar e sem medo de sermos pegos.

O Felipe achou um Hotel e fez uma reserva pelo aplicativo, no caminho mesmo. Chegamos lá, fizemos o check-in e subimos para a suíte master, na cobertura.

Quando cheguei no quarto, ele estava todo decorado com pétalas, e em cima da cama tinha um balde com champagne e duas taças. A suíte era enorme, com uma cama king size, vários travesseiros, guarda roupa, televisão, aparelho de som, jogo de luzes e também um banheiro gigante com uma banheira de hidromassagem.

Estouramos o champagne, e tiramos as roupas um do outro. Fomos direto pra banheira. E assim curtimos nossa última noite juntos. Colocamos uma playlist pra tocar e ficamos ouvindo The Neighborhood, Arctic Monkeys, The Weekend, entre outros, até o champagne acabar.

Tivemos conversas inacabáveis e demos muita risada. Era impressionante o quanto a gente se sentia a vontade um com outro. Não tinha vergonha, pudor, insegurança nem nada. Era como se nós dois estivéssemos juntos a vida inteira. Parecíamos um casal recém casado, empolgado, cheios de planos futuros, e sem contar, com muito fogo e desejo um pelo outro. 

Caímos na cama e fizemos amor loucamente, como se fosse a última vez. Nos olhávamos com paixão, e terminamos nos abraçando com força e falando tudo o que sentíamos um pro outro. Dormimos assim, abraçados, entrelaçados, ouvindo e sentindo os corações baterem no mesmo compasso.

Fui acordada cedo com um café da manhã delicioso na cama. E com um homem mais delicioso ainda deitado do meu lado me esperando acordar. Eu devia estar sonhando, só pode.

- Bom dia, minha rainha. - ele abriu um sorriso tímido enquanto reparava na minha reação ao ver a surpresa que ele preparou.

- Bom dia meu rei, tudo isso pra mim? - perguntei, dando um selinho nele, e correspondendo o sorriso.

- Sim senhora. Aproveite seu café!

Comi tudo, tinha croissants, capuccino, pão de queijo e uma salada de frutas com mel. Depois de comer, tomamos um banho junto e vestimos as mesmas roupas. Então descemos, fizemos o checkout na recepção e fomos embora pra casa.

Chegando lá, o pessoal já tinha ido pro trabalho, e minha mãe havia deixado um recadinho em cima da minha cama, com uma caixinha de chocolates da Lindt. "Vou sentir sua falta, minha flor. Te amo muito, minha menina-mulher. Volta logo. Com amor, mamãe." deixei escorrer uma lágrima. Já estava com saudades outra vez. Fiz as malas enquanto o Felipe me observava, e me ajudou a descer as coisas.

Quando estávamos saindo de casa, eu fui diminuindo os passos, até criar coragem de me virar pra ele e falar o que eu tinha pra falar:

- Então... Queria te essa semana foi a melhor de toda minha vida. Cada dia aqui foi único, especial e eu não vou esquecer nunca. Ficar com você me faz feliz demais. Você me traz uma paz tão  grande, que me faz não querer ir embora. Nossos momentos juntos, os beijos, as conversas, o sexo... tudo é perfeito. Eu só queria que você soubesse isso. Que é recíproco. Que eu também sinto como você sente. Mas que assim como eu, você também sabe que isso é errado. Que não podemos machucar as outras pessoas que estão envolvidas. Mas eu quero que saiba disso. Eu te amo! E espero que você entenda e aceite que não vamos poder levar isso adiante desse jeito.

- Luísa, não faz isso. Dá uma chance pro que você tá sentindo. A gente pode resolver isso. Não precisa e nem tem que ser do jeito que está. Eu quero você! Eu amo você! E estou escolhendo você pra ficar comigo, por quanto tempo Deus permitir.

- Eu preciso pensar. Preciso resolver a minha vida e você a sua. E temos coisas mais importantes pra nos preocupar. Não vamos dificultar as coisas. Eu vou voltar daqui uns dias, e você pode ir me visitar quando quiser. Aí a gente conversa e vê o que faz.

Ele me beijou com ternura, e eu vi uma lágrima escorrendo pelo seu rosto. Meu coração estava partido, e cada pedacinho tava ficando pra trás, com ele.Guardamos as malas no carro e eu fui embora. Segui viagem chorando, tentando digerir tudo que foi essa última semana. Eu estava confusa, com medo. Mas não podia negar, eu também estava completamente apaixonada pelo meu meio irmão.

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