A estrada estava fria e molhada, o homem a qual dirigia em alta velocidade parecia estar fugindo de algo, mesmo que ao mesmo tempo, ele parecesse tranquilo e sóbrio. Pelo menos foi o que pareceu para o Jacob de 20 anos que seguiu no banco de trás.
– Pra que toda essa pressa? A gente vai acabar batendo em alguma coisa e a estrada tá lisa. — disse o garoto, que estava segurando em cima do seu colo, a mão do irmão mais novo, Eric.
– Não se preocupe querido, estamos quase chegando! — disse o homem tranquilizando seu filho.
O carro foi seguindo em velocidade alta até que contemplassem o porto de onde pegariam o barco até a Ilha de Jeju. Jacob estava animado, fazia tempo que não ia até a Ilha.
– Porque estamos indo até Jeju em pleno inverno mesmo? — continuou a questionar.
– Ah, seu pai achou que seria interessante passarmos o aniversário do Eric em outro lugar.
– Hm, que estranho. Achei que ficaríamos em casa como sempre.
– Não se preocupe querido, você deve estar... — Sua fala se interrompe. Uma luz branca surgiu na cena. Relances de luz vermelha, devido ao sangue, corriam pelos olhos embaçados do garoto e o grito característico de uma mulher ecoava em seu ouvido.
"– Fuja! Pegue seu irmão e fuja!"
Ela dizia e Jacob não se lembrou de mais nada além do barulho agonizante de algo explodindo e ele, com muito medo, segurar o volante e partir na direção oposta do porto.
O som abafou...
O gritou parou de ecoar...
Outra luz apareceu, mas Jacob sabiamente percebeu que era o sol.
Estava em seu quarto, suando e ofegante. Acabara de ter o frequente e pavoroso pesadelo.
– Você tá horrível! — disse um garoto, o nariz particularidade mais afinado que o de Jacob, cabelos negros e mais baixo que o irmão que ainda estava processado a ideia de que estava seguro em sua cama.
– O que você tá fazendo aqui? — questionou vendo a xícara de café na mesa ao lado de sua cama.– "Obrigado pelo café Eric, meu querido irmão, como foi sua noite, você está bem?"
– Engraçadinho! — censurou. — Responde, o que tá fazendo no meu quarto?
– São sete e quarenta e cinco da manhã, você está bem atrasado pro trabalho, Joochan me mandou uma mensagem dizendo que você não atendia o telefone e quando eu cheguei aqui você estava gemendo e dizendo "fugir, tenho que fugir!" — uma pausa constrangedora correu pelo quarto. Então o mais novo seguiu dizendo: – Você continua sonhando com aquilo?
– E você não devia estar indo pra escola? — O mais velho o cortou.
– Devia sim, mas hoje mais cedo recebemos um comunicado dizendo que a escola foi fechada pra ser detetizada. Cada um com a sua sorte não é?
– Então não enche e já que vai ficar em casa hoje, por que não vai no mercado e compra Kimchi? O nosso acabou faz dois dias.
– Hm, não dá! Sunwoo e Bomin combinaram de vim jogar PUBG hoje aqui.
– Maravilha! Assim os dois te ajudam nas compras, eu sei que eles adoram uma caminhada. — esticou a mão e entregou o dinheiro pro mais novo. – Agora vaza! Tenho que me arrumar.
– Ok, ok, tô saindo! Tô saindo!
Jacob é um menino paciente, sempre fora assim e por causa da sua paciência e alto senso de compreensão ele foi contratado pra trabalhar numa loja de conveniência no centro da cidade. Sua amiga, Sujeong, que é filha do dono, indicou-o ao seu pai que adorou o jeito como o Jacob sabe lidar com situações constrangedoras ou até mesmo de alta tensão.
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THE KEEPER: Keeper
General FictionFoi numa tarde de primevera que a vida monótona de Jacob Bae, um garoto atormentado pelo assassinato dos pais, teria uma virada surpreendente ao salvar a vida de Kevin, um jovem rapaz a procura de alguém pra ser seu guarda-costas. Um romance incomu...