capitulo 18

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O treinador Ukai estava bem irritado massageando a minha barriga e o tsukishima estava bem nervoso, mas com uma feição bem irritada.

- Maria,  não feche os olhos tá, fica acordada.- o treinador dizia olhando pra mim.

- eu estou com sono treinador.

- me conte como está se sentindo. -ele perguntou me olhando.

- eu estou... - adormeci. 

Acabei acordando na cama do hospital, com o som de um aparelho, que eu não sabia o nome , apitando. Olhei em volta e vi o Kei sentado na cadeira com a mão na testa e vi o treinador no telefone.

-acordou anão ?- ele se levantou e olhou pra mim.

Tentei falar, mas, não conseguia abrir a boca sequer.

- você está com um aparelho que está na sua garganta.  Vou chamar o médico pra retirar isso de você. - ele acariciou minha mão e eu segurei o mesmo, eu não queria ficar sozinha. - eu já volto. - ele disse e se abaixou para beijar minha testa. - não posso te deixar sozinha por muito tempo.

Logo ele saiu do quarto e foi em direção a saída. Ouvi uns passos no corredor, esse lugar é bem movimentado.

Depois de uns minutos ele voltou e trouxe o médico e o treinador. O médico tirou o equipamento de mim e eu já conseguia falar normalmente.

-o que houve treinador ? Cadê o time ?- perguntei e o mesmo se sentou na cadeira a minha frente.

- Tsukishima,  o professor está na garagem, vá para casa e descanse. Doutor,  pode nos deixar a sós  ?- Kei fez carinho no meu cabelo e saiu, o doutor foi logo depois.

-treinador,  o que houve ?- ele abaixou a cabeça e coçou o cabelo loiro.

- Maria, tivemos um jogo com a aoba jounsai e uns ex estudantes e jogadores da aoba jounsai acabaram entrando escondido na escola. - ele respirou fundo. - eles viram que o nosso time fica forte quando você está torcendo, você é uma ótima animadora sabe. Mas eles  não souberam controlar o ódio e te machucaram muito, você lembra ?

Acenei que sim com a cabeça e o treinador olhou pela janela.

- eles quebraram 2 costelas suas, deslocaram seu maxilar, quebraram 4 dedos e conseguiram deslocar seu braço direito.- ele me olhou com uma feição muito preocupada- a Polícia ainda não prendeu os responsáveis, mas sua família está desesperada com essa situação e vão te tirar da escola.

- o que ? Não, eu estou bem. Não precisa envolver Polícia e nem troca de escola. Está tudo bem.

- Maria,  você ficou em coma por 8 dias,  uma de suas costelas quebradas furou o seu pulmão, por isso está usando tantos aparelhos. O tsukishima não te deixou sozinha até você acordar, tive que mandar ele ir embora.

- mas...

- a situação foi grave, agressão física só por causa de que a pessoa é estrangeira, xenofobia é crime e pode gerar muitos anos de cadeia aqui. Seus pais estão certos em te mudar de escola. O time vai ficar com saudades.  - ele se abaixou e me abraçou - e eu também. Você foi otima em muitos aspetos.

- mas ... mas...

-.seus pais vem te buscar, até lá, vou ficar com você. - comecei a sentir lágrimas em meu rosto e  faltar ar.

- eu não quero- eu dizia entre lágrimas e  o treinador ficou sério em pé na frente da janela com a cabeça virada para cima.

-Sinto muito Maria,  muito mesmo.

Uns minutos depois, meus pais chegaram junto com a policia.

- meu amor, esta bem ?- minha mãe veio correndo falar comigo.

- senhora, se não se importa, vamos fazer algumas perguntas a jovem. Maria, se importa de responder com seus pais aqui ? - acenei que não com a cabeça e ele prosseguiu.

Ele fez uma serie de perguntas e eu respondi todas com sinceridade. Logo, as perguntas acabaram e eles disseram para eu não me preocupar, o colégio iria descobrir quem são os alunos e eles iriam pagar por todo o procedimento médico  que passei e uma pensão de um ano, ainda iriam enfrentar mais 4 anos de prisão cada um.

Depois, os policiais foram embora e eu fiquei com minha familia e o treinador no quarto. Logo, todos foram embora e eu tive que continuar la, sozinha.

O hospital era bonito, mas era solitário. Eu ficava olhando pela janela, pensando em por quê esse tipo de coisa aconteceu comigo, ate que bateram na porta.

- pode entrar, estou acordada- eu disse e logo o kei entrou.

-como esta ?- ele perguntou se aproximando.

- continuo com dificuldades para respirar, mas estou bem. E voce ? O treinador me disse que não  dorme bem desde que eu cheguei aqui, e tbm que não saiu do hospital.

- aquele Ukai linguarudo- ele disse olhando para o lado- bom, é verdade, eu não posso te deixar sozinha, pois coisas ruins acontecem quando um esquilo indefeso fica abandonado.

- otimo, agora sou um esquilo - eu disse e ele riu.

- que bom que esta bem, eu fiquei muito preocupado- ele se levantou e agachou na minha frente.

- o que foi ?- eu perguntei assustada

- eu sinto muito pelo o que eu disse naquele dia, eu nao quero ficar longe de você, não quero te abandonar, nao quero ter que te ver com outras pessoas, ao mesmo tempo que não quero estar com outras pessoas. - ele falava tudo olhando nos meus olhos- eu sei que demorei quase um ano, mas estou aqui, preocupado com você, sem dormir por você e totalmente fora de controle. Nunca pensei que uma pessoa pudesse fazer eu me sentir assim, mas, você fez, e eu amo isso. É uma sensação que me faz querer levantar todas as manhãs e sorrir todas as vezes que olho para o céu. Eu quero fugir, sair pelo mundo explorando todos os cantos desse lugar imenso, e quero levar você comigo.

Eu estava em choque com aquilo, nunca pensei que ele diria isso.

- não estou dizendo que só percebi que gostava da sua pessoa quando você se machucou, mas, é que , a gente so percebe que ama uma coisa, quando a perde. E ver você em coma, me deixou de coração partido.

- Tsukishima?

- Maria, por favor -ele se ajoelhou - você aceita ser oficialmente minha ?

- o... o que ?

- oportunidade única, é pegar ou largar.- ele disse olhando atentamente para mim.

- POR QUE DEMOROU TANTO SEU IDIOTA ?- pulei em cima do mesmo fazendo ele cair no chão. - sim sim, mil vezes sim. - beijei ele e ele retribuiu, abraçado. Foi o beijo mais apaixonante que eu ja tive.

- posso te vigiar mais de perto agora- ele disse baixinho no meu ouvido

- seu safado, nada disso. - ele riu e eu beijei ele novamente.

- pena que não vamos mais estudar juntos. - eu disse me levantando.

- seus pais vão te tirar da escola mesmo? Posso tentar falar com eles.- ele se levantou e deitou na cama do hospital e me puxou para deitar com ele.

- obrigada, mas, acho que não vai dar, eu me machuquei muito.- ele segurou minha mão

-vai ficar tudo bem, eu vou te proteger- ele disse olhando para o teto.

- a propósito, o oikawa disse que viria me visitar. - kei revirou os olhos- eu quero que você se desculpe com ele.

- hã? Nunca - na hora ele ficou sério.

- ele me irritou um pouco, mas me ajudou bastante. As atitudes dele não eram cruéis. Por favor, fale com ele se ele vier.

Ele respirou fundo e revirou os olhos.

- ok, vou me desculpar, mas, você tem que descansar ok ?

Acenei que sim com a cabeça, e logo fechei os olhos e adormeci.






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O que acharam meu bebês? Foi uma boa reviravolta ?

Mudança Para O Japão ( Tsukishima)Onde histórias criam vida. Descubra agora