Em Combustão

Capítulo 01;Sua intuição é exagerada

Toc toc

-i don't like your girlfriend,i think u need a new!-eu gritava em voz alta acompanhando as músicas que rodavam em meu ouvido no fone vermelho,e eu me encontrava com os  pulmões a mil, e minhas pernas chacoalhavam de um lado para o outro no meu quarto pequeno completamente bagunçado.A janela estava aberta,o que me dava uma visão ampla do clima frio na cidade,como um filme de terror-exatamente nublado.Meu pijama não parecia nada apresentável,porque eu usava uma blusa gigantesca da Nirvana,e uma calça moletom acompanhando de pantufas dos mosntros S.A,junto com um coque desajeitado na cabeça que se mantinham com alguns fios soltos do lado da cabeça

-Pegou minha blusa emprestada de novo?-a cabeleira preta apareceu na beirada da porta,e tirei o fone o observando ele  com um sorriso nos lábios,os olhos puxados do meu irmão estavam fixados em mim com certa repulsa-para minha amada sorte,minha mãe tinha descendência coreana ,mas parece que toda a genética asiática foi passada para o meu irmão mais velho fedido e obcecado por quadrinhos.Então eu era idêntica ao meu pai e não parecia nada com a minha mãe ,desde os cabelos castanhos claros e os olhos grandes e  pretos,daqueles que nem  precisam de alguma sombra ou algo pra aumentar as pálpebras. Sendo do jeito que é,já é exagerado

-Qual é Wesley,você sabe que é meu irmão favorito. -brinquei,torcendo os dedos timidamente e ele revirou os olhos observando a bagunça no quarto,e parando em uma pilha de roupas escondidas atrás da porta -que estavam lá faziam 2 semanas
-Considerando que eu sou o único.-ele revirou os olhos,brincando com o brinco de cruz na orelha e se virando para mim novamente preguiçosamente  -Essas roupas estão aqui faz quanto tempo,3 anos ?-ele brincou,e eu dei de ombros timidamente
-Você não viu a placa na porta do quarto?Eu quero privacidade.-franzi o cenho,apontando minuciosamente e o expulsando com um olhar sugestivo

-"Proibido a entrada de humanos".-ele falou se virando para a porta ,olhando para mim com um sorriso sarcástico -E você é o quê?Um e.t?-ele brinca,e eu reviro os olhos pegando uma almofada próxima e jogando com toda força na sua face limpa.Eu pude ouvir sua risada abafada contra a almofada,e ele fechou a porta rapidamente sumindo pelo corredor

Suspirei extasiada,observando ao redor do meu quarto que parecia tão patético e uma bagunça. A minha escrivaninha,parecia tão desajustada e nem parecia que amanhã eu iria ter teste de física e não havia estudado o suficiente que eu deveria-mas eu saberia que conseguiria me dar bem. Não era algo tão difícil como descobrir a fórmula da cura para o câncer,era só uma prova com algumas anotações e coisas passadas na sala de aula
Meu celular vibrou no criado mudo marrom fogo ao lado da cama,e me esgueirei para observar a mensagem que aparecia na tela-eu sempre tinha muitos contatos do pessoal da escola,mas sequer alguém me mandava memsagem,eram apenas para perguntar sobre trabalhos ou o horário da escola,na qual eu sabia de cor

"Desça sua bunda até aqui Lana,temos visita (ps; troque de roupa)"-mamãe

Revirei os olhos relendo a mensagem ,pronta para xingar e jogar toda a minha paciência para os ares,mas apenas sorri suspirando e contando até 3.Era isso que eu fazia quando não queria perder o controle ou surtar no meu ápice,e a única coisa na qual eu fiz foi caminhar até meu guarda roupa e vestir um macacão de listras na qual eu sempre andava com ele.Me encarei no espelho,fazendo um rabo de cavalo para não parecer tão assanhado quando ele ficava solto, e ajustei alguns fios desordenados atrás da orelha.Sorri na frente do espelho,e me virei abrindo a porta e caminhando pelo corredor da casa até avistar a escada. De longe,eu poderia ouvir as vozes na sala e as risadas triufantes e animadas
Quando segurei no corrimão descendo a escada,eu estava tão atenta para saber quem seria,que quando desci no último degrau  arregalei os olhos ao perceber que eu ainda estava de pantufas,e ouvi a risada do meu irmão ao perceber meu desespero evidente

-Lana!Quanto tempo?-uma voz feminina animada me fez parar o surto e ainda observar a moça sentada ao lado da minha mãe no sofá de couro.Ela tinha cabelos ruivos,presos em um coque e um sorriso simpático na face enquanto segurava uma xícara de café. Minha mãe sorriu,acenando com a cabeça me apresentando ou me influenciando a comentar algo e parar com meu rosto de tacho idiota
-Ah,oi.-murmuro envergonhada e tentando cruzar as pernas para que elas não percebam e cause maior gafe
-Ela é a Layla,se lembra dela?Você era amiga dos filhos dela quando era uma criancinha,mas eles foram embora.-minha mãe falou soltando um sorriso amigável,e apontou para algo atrás do meu ombro e franzi o cenho confusa -Aí estão eles.-ela brincou,e me virei por cima do ombro observando um casal de gêmeos da minha idade me fitando com uma expressão engraçada

A menina do lado esquerdo sorria,usando um moletom rosa no corpo,juntamente de um short jeans a deixando de maneira harmônica .Os cabelos loiros dela caíam no ombro,e os olhos azuis da mesma eram hipnotizantes,com um nariz arrebitado e a beleza incomparável.Eu franzi o cenho,tentando me lembrar de algum resquício ou se ela realmente fez parte da minha infância-mas nada veio à mente,e eu me amaldicoei por isto. Ao lado dela,um garoto versão feminina dela sorria na minha direção. Ele usava uma camiseta,com golas peter pan e uma calça jeans e o all-star amarelo nos pés. Ele sorria ladino,e cruzou os braços diante do meu olhar sobre ambos
-Droga,sou a Maya.Por deus,não me reconheceu?-sou preenchida por um longo abraço da loira,me fazendo abraça-la de volta ainda meio duvidosa e um flashback passou pela minha cabeça.Ela era a garota da aulas de arte e minha vizinha,e o irmão dela é o Thomas-o insuportável que adorava arrancar a cabeça das minhas bonecas quando tinha 8 anos e sempre me provocava
-Meu deus,Maya.-murmuro chocada,com um sorriso no rosto

Como a minha mãe mesmo disse,eu sempre fui ensinada a não me adaptar com relações e apegar a amizades idiotas;"sempre foque no estudo,eles não vão estar sempre com você.E nunca se apegue,isso é uma estupidez"

Maya e Thomas foram dois idiotas que se mudaram pra vizinhança no meu 8° aniversário e eu lembro que na época,eu estava animada para ter algum vizinho da minha idade;os únicos que se mudavam eram velhos que faziam tricô na calçada e não aceitavam crianças brigando ou chegando perto do jardim.Era sempre chato,e monótono para mim; Naquela tarde,eu lembro de estar ajustando as guloseimas para colocar no meu bolo,e pela janela escura observei um caminhão gigantesco parar na casa vizinha e duas crianças loirinhas seguravam pequenas caixas na mão.Meu sorriso se alargou e eu pulei da cadeira,correndo até a porta e checando a vizinhança com uma animação fora do comum

-Olá pimentinha.-thomas falou,quando a irmã dele me desprendeu do meu abraço e eu revirei os olhos quando ele deu um passo à frente falando o apelido de infância. Eu odiava esse apelido,porque ele deu origem à primeira vez que eu tentei me maquiar aos 9 anos e meu rosto ficou com uma relação alérgica e passei exatas 2 semanas com o rosto completamente vermelho
-Olá Tom.-falei com deboche,sorrindo

Avisos!

•Não peça fotos dos personagens,eu não irei colocar.Cada um imagine da maneira que foi narrado

•peço paciência comigo,vou tentar meu máximo

•aproveite!