Capítulo 1

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(Imaginem essa Harry só que mais novo)

Podia-se ouvir os passos no andar abaixo, estavam cada vez mais próximos e antes que pudesse perceber a porta foi aberta. E lá estava quem mais temia, Voldemort.

- O Harry, não! Por favor, ele não! Ela sabia que ele não a escutava, mas ainda assim, faria todo o possível para proteger seu único filho.

- Afaste-se, sua tola... Agora!

- O Harry não, por favor, me leve, me mate no lugar dele. - Ela não se importava com o que poderia acontecer a ela, só queria que seu precioso filho vivesse. Mas no fundo sabia que a cada momento que suplicava pela a vida de seu filho, mais ele perdia a paciência.- O Harry não! Por favor... tenha piedade... Tenha piedade...

E então veio o lampejo verde ofuscante. A dor de Harry Potter.

Agora não apenas Harry Potter, mas sim d'O Menino que Sobreviveu.

Todos acreditavam que Harry havia perdido sua única família naquela noite, mas não esperavam que Harry ainda tivesse alguém. Sua tia-avó que fora deserdada da família Potter, ela sabia da existência de Harry e logo foi atrás de seu sobrinho-neto quando soube da tragédia que ocorreu.

Ao chegar à residência, não viu nada além de chamas, mas no fundo ela sabia que ele não estava mais lá, então correu para o ministério para ver se seu sobrinho poderia está lá.

Todas as crianças que se tornam órfãs são mandadas para o Children's Orphan Witch Department, caso algum parente venha a procurar e queira conseguir a guarda.

Mas, quando chegou lá foi informada que Dumbledore o havia deixado com seus parentes trouxas. Com raiva, pediu para que organizassem a papelada necessária para conseguir a guarda da criança, pois nenhuma criança mágica deveria viver com trouxas, mas não fora ser tão fácil isso, pois Dumbledore sempre a atrapalhava dizendo que ele estava feliz com seus parentes trouxas. E, ela não permitiria isso, mas só conseguiu sua guarda 5 anos depois.

Ela sabia que não seria fácil ter uma criança, mas não podia permitir que o último herdeiro da casa Potter vivesse entre trouxas sem conhecer sua própria história e linhagem. Com medo de que Harry não fosse com ela, ela preparou uma cesta cheias de brinquedos mágicos, como um caldeirão onde poderia fingir que estava criando poções, um trem mágico que voava e fazia barulho, uma vassoura para caso ele fosse como seu pai (um apaixonado por Quadribol) e muitos outros, ela esperava que ele gostasse já que nunca foi chegada a crianças.

Sempre quis ter um filho, mas nunca teve a oportunidade de adotar ou fazer um, então para ela, aquilo era o que ela sempre quis.

Quando chegou na Rua dos Alfeneiros, N°4, viu um pequeno garotinho de cabelo preto e bagunçados e de uma pele clara como porcelana, mas o que mais lhe encantou fora aqueles belos olhos verdes esmeraldas tão parecidos com a maldição da morte.

- Com licença, pequeno, você seria Harry Potter?

- Quem é Harry Potter? Eu sou a aberração de acordo com o tio Válter - "Como aquele doce garoto poderia se chamar de aberração", pensou ela fragilizada pela fala do menino.

- Você não é uma aberração, você é Harry Potter meu sobrinho. - Ela disse com um sorriso acalentador e simpático em direção ao seu sobrinho. Era emocionante ter o garoto, finalmente, para si.

- Mas os Dursleys disseram que eram minha única família... E, que meus pais tinham morrido num acidente de trânsito por estarem bêbados. - O menino disse com a voz triste, abaixando o olhar para os pés. A mulher sentiu seu coração dilacerado, como poderiam mentir assim para uma criança? Magoá-la e fazê-la sentir-se inferior? Mentir sobre sua família? Sobre quem ele é? Ela respirou profundamente e ainda sorrindo para a criança à sua frente, explicou:

- Eles não são sua única família, fiquei todos esses anos tentando ter sua guarda e cuidar de você. Finalmente consegui, agora eu sou sua família! Se você quiser... Não precisa ficar com eles, eu estou aqui por você.

Ela já não podia conter suas lágrimas, ter seu sobrinho na sua frente era algo tão incrível e surreal, parecia que a cada minuto que não esteve com ele era uma tortura e que ter ele consigo era o certo.

- A senhora vai me levar com você? - A mulher olhou nos olhos dele e viu aquele pequeno brilho, um brilho que só aqueles que um dia perderam algo, possuíam. No fundo, ela sabia o que era. Era o amor de sua família.

E sabia que aquele não era um lugar para se deixar uma criança mágica.

- Você quer vir comigo? Quer morar comigo? - A expectativa em sua voz era gritante, mas era tudo o que ela precisava ouvir naquele instante.

- Se a senhora esteve anos tentando me ter, é porque você realmente me quer em sua vida, então sim, eu quero viver com você. - Ela sentiu o peito transbordar de alegria e alívio. Ela, finalmente, depois de cinco anos, teria seu sobrinho para si.

- Então vamos para sua verdadeira casa!

Sem se importar em recolher as coisas antigas do menino, pegou em sua mão e aparatou com ele para a frente de uma pequena casa de pedra cercada de flores e árvores. Podia-se escutar o canto dos pássaros e o som dos pequenos animais que ali viviam.

Harry mesmo tonto após sua primeira aparatação, tentou observar a beleza do lugar que fora parar, os pequenos olhinhos brilharam ao ver que aquele seria seu novo lar.

- Agora que lembrei... a senhora não me disse seu nome.- Perguntou ele com sua curiosidade infantil.

- Hum... - Deu um pequeno suspiro e agachou para olhar aqueles belos olhos verdes. - Me chamo Perséfone Ravena Bones Potter, podemos dizer que não fui a felicidade da família.

Heir of DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora