Qual é o nome dele mesmo?

197 35 45
                                    

— Namjoon me apanha, acho que estou morrendo. — falei exasperada aproximando meu rosto para perto do ventilador, este que não estava sendo grande ajuda pois ao invés de me refrescar estava soprando ar quente contra mim.

O calor estava quase que insuportável. Eu não entendia como um dia podia ficar tão quente assim. Meus olhos piscavam preguiçosamente, meus músculos estavam cansados, pele transpirava por mais que eu me soprasse e meu amigo estava deitado no chão... Aceitando sua morte.

— Já chega! — Namjoon levantou de súbito me assustando. — Vou tirar minhas roupas! Não aguento mais! — então o garoto colocou as mãos nos cós do calção pronto para baixá-lo.

— Ei, Ei, Ei, nada de naturalismo na minha casa! — o interrompe vendo-o revirar os olhos e voltar a se deitar.

Estávamos fazendo vários 'nadas sentados na sala de estar da minha casa, o calor nos impedia de fazer qualquer atividade física e psicológica porque tínhamos medo da quentura do dia derreter nossos cérebros e corpos.

Não estou brincando! Se alguém colocar um ovo no meio do asfalto agora ele com certeza irá se fritar instantaneamente. É a desvantagem do verão, o calor dos infernos que nos faz desejar ser ricos pelo menos um dia pra poder ter uma piscina, mas o máximo de piscina que eu consigo são as poças de água feitas pelos tubos estourados lá no fim da rua.

— Gaby, vá comprar leite, o nosso acabou... — minha mãe surgiu da cozinha segurando em uma colher.

— Mas mãe... — choraminguei afundando no sofá. — Se eu sair lá fora eu viro churrasco!

— Tudo bem então... — falou fingindo analisar a colher em sua mão. — Só não reclama quando eu não conseguir fazer aquele doce que você gosta.

Chantagem? Ela sabe como me convencer.

— Okay. — falei derrotada erguendo a mão para receber o dinheiro para a compra. Levantei e calçei os chinelos me dirigindo até a porta. — Nam, vamos.

— Tô morto. — meu melhor amigo murmurou ainda deitado.

— Vai me deixar queimar sozinha!? — questionei colocando as mãos na cintura porém o garoto só me ignorou. Felizmente, eu tinha um amigo que não me abandonava em qualquer situação. Meu Pug. — Pitágoras, vem garoto! — chamei o cachorro, no entanto ele se virou contra mim indo dormir com meu amigo.

Dois traidores.

— Tudo bem, também não queria ir com vocês mesmo... — dei de ombros fingindo desinteresse.

Eles sequer ligaram pra mim e eu saí de casa bufando. Eu estava enganada. Aqui fora não estava tão quente quanto pensei, não comparado com a temperatura vulcânica dentro de casa.

Caminhei vagarosamente saindo de perto de casa, porém um barulho vindo da casa vizinha chamou minha atenção. Senhor Im estava debruçado sobre o carro estacionado no quintal parecendo averiguar algo no motor, mas pela cara confusa que ele fazia e do jeito que ele mexia no interior meio que incerto eu notei que ele não fazia ideia nenhuma do que estava fazendo.

— Boa tarde senhor Im. — cumprimentei chamando sua atenção. Me aproximei para dar uma olhada no que ele estava fazendo. — Problemas?

Minha mãe tinha me ensinado a ser sempre simpática e amigável com os vizinhos, porque segundo ela, se eu for uma má ou não sociável pessoa, um dia eu posso simplesmente cair no meio da rua e se eles me virem podem apenas pular meu corpo no chão e seguir a vida.

— Ah, é você Gabriela. Boa tarde. — acenou pra mim com um sorriso. — É só um problema insistente no motor do meu carro, mas não se preocupe, já chamei o mecânico!

— Hm. Tudo bem. Já vou indo então, boa sorte. — desejei pronta pra ir.

— Obrigado. — sorriu, retribui e girei meus calcanhares.

Minha alma se foi e voltou em um segundo.

Alto, de cabelos longos e pretos, pele lisa e bronzeada brilhante . Uma regata branca colada, jeans escuros e rasgados, uma mala vermelha de ferramentas em uma mão e na outra uma jaqueta surrada.

Engoli em seco.

Deus. Sei que acabei de o conhecer e isso pode parecer louco mas tenho a impressão de que ele é o pai dos meus futuros filhos.

Eu sinto!

Minhas mãos suaram quando uma luz vermelha parecia piscar na minha cabeça em um pani no sistema. Será que finalmente chegou meu momento? Minha história de amor começou assim? É isso que irei contar pros meus netos? Que eu conhece o avô...

Espera, qual o nome dele mesmo?

Pisquei saindo do transe quando ele sorriu levemente pra mim em um curto cumprimento e passou reto indo ter com o senhor Im.

Ele.

Sorriu.

Pra.

Mim!

Vocês sabem o que isso significa?

— Ai meu coração! Ele está muito na minha!

Depois dessa incrível conclusão, saí correndo de volta pra casa sem dar nenhuma explicação para os dois homens, mas antes eu pude ouvir um:

—... Você chegou rápido Jungkook.

Jungkook!

O homem da minha vida se chama Jungkook!

Meu peito encheu com uma sensação boa, e sem pensar duas vezes abri a porta com chute, completamente ofegante.

— Namjoon, socorro! Eu acho que me apaixonei!

[💜]

Olha quem voltou 👀

Call Me Maybe • JJK & KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora