(AVISO: Este capítulo contém agressão verbal entre personagens secundárias e cenas íntimas explícitas.)
Quando chegaram a casa, Alexis e Maximus entraram pela porta a dentro e logo ouviram umas vozes:
- Eu digo-te! Aquilo é que foi uma festa das boas! Hehe.
- Bahahaha! És doido tu, só pode!
- Hahaha! Se bem que foi aquele maluco que o começou!
Quando Maximus e Alexis se aproximaram do ruído, viram o mestre Lucius deitado num lectus* (* sofá romano) enquanto segurava um copo de vinho, bebendo o seu conteúdo ocasionalmente. Á sua frente estava um outro lectus e neste estava deitado um outro homem. Ambos riram-se de vez em quando, algo que era raro o mestre fazer.
- G-Gah! M-Maximus! A-Aquele n-não é o senhor que encontrámos hoje? O i-irmão do mestre…?
- Pois é! Ele pelos vistos foi visitar o mestre Lucius hoje! … Hehehe. O Titus não deve estar lá muito contente.
- Porque dizes isso…?
- O Titus nunca se deu lá muito bem com o senhor Marcus. Ele não o odeia, mas também não gosta lá muito dele… Acho que é por causa da rebeldia dele…
- Rebeldia…?
- É… O senhor Marcus gosta muito de fazer as coisas á maneira dele mesmo apesar de ser o mestre Lucius quem manda… Isto faz com que os dois irmãos discutem às vezes, mas em geral eles até que se dão muito bem! Hehe. Sabes… O mestre Lucius cuidou do irmão á medida que eles foram crescendo juntos… O pai deles não costumava conviver muito com o filho mais novo, então foi basicamente o mestre que o educou… - Explicou Maximus. – O nosso mestre foi sempre o favorito do pai deles…
- Oh… Mas… Por quê? … Porque é que o pai deles tinha preferências? Os meus pais sempre gostaram da minha irmã e de mim igualmente…
- O senhor Marcus é filho do pai deles com… ahm… diguemos... uma amante que ele teve depois da morte da sua mulher… O senhor Valerius era um homem muito instável mesmo apesar de tentar não o parecer… Ele dormia com umas e com outras e uma delas engravidou, dando á luz o senhor Marcus… O senhor Valerius morria de vergonha de ter um filho bastardo, por isso tentava conviver com ele o menos possível… Se queres que eu te seja sincero: O senhor Valerius nunca foi um pai muito presente na vida de ambos os seus filhos… Ele costumava deixar o trabalho todo de cuidar às criadas e criados… Os meus pais não eram assim… Eles sempre fizeram questão de cuidarem de mim eles mesmos, antes e após perdermos o dinheiro todo…
- Pois é… Os meus pais também… Quer dizer, às vezes eram criados e professores que cuidavam de nós, mas os meus pais sempre fizeram questão de estarem connosco o maior tempo possível.
Os dois amigos lá continuaram a conversar um com o outro enquanto andavam pela casa. Enquanto isso, os dois irmãos continuaram a conviver.
- Eu juro que dei um murro áquele tipo que o mandei a voar para o outro lado da sala! Pfff! Ele não teve chance!
- Xissa homem! Haha! Vê lá se não me arranjas problemas! – Disse Lucius na brincadeira, mas com alguma genuinidade.
- Não, não! Nós estávamos todos muito bêbados e não levámos nada a mal quando voltámos ao nosso juízo. Hehehe! Aquilo sim é que foi uma noite cheia de ação! Bahahaha!
- Hahaha! O meu maninho a armar-se em grandalhão aqui! Haha!
- Sou coxo mas não sou fraco, meu caro irmão!
- Heh! Pois é! Mas por falar nisso: como é que estão as tuas pernas? Consegues andar bem? Xiii. Só de pensar que o meu maninho já anda em pé e tudo! – Disse o mestre, animado.
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O Escravo e o seu Mestre
RomanceNos tempos da Roma Antiga, um escravo grego foi comprado por um mestre romano e com o passar do tempo os dois apaixonaram-se um pelo outro. Que tipo de dificuldades terão eles que enfrentar? O que fará o jovem escravo numa sociedade que ele sempre v...