capítulo 2

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(imaginem ela assim do que de olhos verde)

Harry, mesmo não sabendo o significado exato do tom daquela bela mulher, pôde perceber que o nome não era agradável para ela, mas para o menino era o nome mais incrível que já pôde escutar.

- Por que você não foi a felicidade da família? - Ele estava confuso, ainda era muito jovem para entender o significado de suas palavras.

- Um dia eu irei lhe contar tudo... - Sua voz era tensa, mas continuou sorrindo em direção à Harry. - Agora venha, quero lhe mostrar todo o terreno.

Era uma casa pequena para uma bruxa, eram quatro quartos. Um era feito de escritório, outro uma sala de poções, já os outros dois quartos eram os quartos pessoais, o maior quarto, de acordo com Perséfone, era de Harry.

Dentro do quarto estava cheio de brinquedos bruxos, tinham duas portas, que de acordo com ela uma levava ao banheiro e outra um closet. Perséfone não mostrou seu quarto, pois disse que estava uma bagunça com o tanto de documentos que ela tinha que arrumar para a guarda de Harry.

O menino estava feliz por ter ela como sua tia, podia ver que ela realmente se importava com ele, que poderia fazer de tudo para ter Harry em sua vida, mas ele ainda não confiava totalmente nela. Tinha medo de que poderia fazer a mesma coisa que os Dursleys fizeram com ele.

O menino lembrava-se de cada memória, até mesmo da morte de seus pais, mas sempre evitava pensar naquela noite, esse episódio sempre lhe rendia pesadelos à noite.

- Ti... Perséfone, como a senhora consegue deixar a casa tão limpa? Essa casa parece claramente maior que a dos Dursleys.

Mesmo que, por um breve momento, ele quase a chamou de tia, o que fez Perséfone quase se derreter de amores por ele.

- Quem a mantém limpa são os elfos domésticos, Raabe e Amon, geralmente Raabe quem cozinha e limpa a casa, já Amon cuida do jardim e de assuntos importantes, como mandar algum documento ou uma carta que não pode ser mandada pelas corujas.

Para Harry Perséfone não falava nada com nada, mas sabia que com o tempo iria se acostumar com todos esses assuntos.

Alguns dias haviam passado, na maior parte do tempo estava aprendendo a ler e escrever com Raabe a pequena elfa albina, pois Perséfone ainda estava resolvendo alguns assuntos referentes à guarda de Harry. Para o menino aquilo não era problema, já que estava aprendendo muito com Raabe, mas ainda assim, queria um pouco da atenção de Perséfone.

A mulher sabia que Harry queria sua atenção, então estava tentando ter coragem de propor ler para o menino todas as noites, mas tinha medo que ele fosse achar muito infantil ou algo assim. Então, em um dos finais de semana que ela não precisava se preocupar em resolver as coisas no ministério e que poderia ficar com Harry, ela preparou um piquenique na clareira que tinha perto de sua casa. Ela sabia que quando Harry não estava estudando, ele se aventurava na floresta ao lado de casa. Ela sabia que a floresta era perigosa já que ela tinha colocado algumas de suas criaturas mágicas ali, então sempre pedia para os elfos que quando eles terminassem seus afazeres, cuidasse do menino no grande bosque.

Querendo fazer uma surpresa, vendou os olhos de Harry e o guiou até a clareira, o menino estava claramente curioso, perguntando toda hora para onde estávamos indo. Perséfone apenas ria e pedia para que tivesse paciência.

Chegando perto, Harry só podia ouvir o cantar dos pássaros e o doce barulho do vento, Perséfone o fez sentar, então tirou sua venda e mostrou aquela bela clareira cheia de flores e animais pequenos que ali habitavam, aquele era sem dúvidas, o lugar mais belo que Harry viu, tudo naquele lugar era tão calmo e aconchegante para o menino. Aquele poderia ser dito como um pequeno paraíso dele e de Perséfone.

Eles se divertiram muito, Perséfone mostrou vários tipos de feitiços diferentes para Harry e ele estava maravilhado. Quando se cansaram, se sentaram novamente na toalha de piquenique e comeram em silêncio apreciando o doce som da floresta.

Ao terminar de comer, Perséfone juntou coragem para finalmente pedir o que tanto queria.

- Sabe... Sei que esses dias não tenho dado muita atenção para você e peço desculpas. Deu uma pausa para respirar fundo e decifrar o olhar do menino, que só demonstrou curiosidade em sua fala. - Eu quero estar com você para cuidar e dar todo o amor que merece, então... Eu gostaria de saber... Se talvez, eu possa ler para você todas as noites, se assim quiser, é claro.

Harry ficou surpreso quando Perséfone lhe propôs isso. Imagina que ela não prestava muito atenção nele, mas logo ficou feliz pois podia ver em seus olhos que estava nervosa e que queria muito isso. Então, ele sorriu e concordou, não tinha porque negar.

- Eu também adoraria que isso pudesse acontecer. Ele sorriu e ela também. Estavam radiantes com esse passo de proximidade dado.

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