Popping bottles in the ice,
like a blizzard.
When we drink, we do it
right, getting slizzard.
Lays virou seu quinto shot de vodka, virando rapidamente do bar se direcionando para a pista, se arrependeu ao se sentir tonta, mas isso não a impediu de balançar até a pista de dança.
Quando a garota saiu de casa com os olhos carregados de maquiagem preta com suas tradicionais botas de couro, teve como objetivo principal viver tudo que não viveu nos anos anteriores de sua vida. Ela faria essa noite ser A noite.
Não avistava mais seus amigos pela boate, mas isso também não importava mais. Sua meta era encontrar alguém no seu mesmo nível de felicidade -ou embriaguez- que o dela.
Lays não demorou para se jogar completamente na música. Levantando os bracos, balançando a cabeça e sinceramente? Parecendo uma maluca. Não que isso importasse, ela estava bêbada e os baseados que ela havia fumado no banheiro ainda tomavam conta de seu corpo. Sentia seus fios de celo compridos batendo em seu rosto, o ar condicionado estava ligado mas não fazia diferença alguma em seu corpo quente e suado.
E então ela encontrou o que queria. Um garoto com o cabelo cacheado -fofo- e com um lenço prendendo seus fios suados, se aproximou. Ela não deixou de notar a camisa com muitas estampas com muitos botões abertos e uma gravata de uma estampa completamente diferente que não combinava nenhum pouco. Completamente atraente. O sorriso leve e os olhos fechados. O corpo alto e grande balançava para lá e para cá, vez ou outra tropeçando em seus proprios pés cobertos por botinhas.
Now Im feeling so fly
like a G6
O estranho se aproximou, e ela não se incomodou. Continuou balançando e pulando gritando a letra da música.
Like a G6
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Ela não conseguiu escutar, mas observou os lábios gordinhos e molhados se movimentarem conforme a letra da música. Ela observou até demais. Isso ela tinha certeza, afinal ficou tão hipnotizada com os lábios rosinhas que não notou o espaco entre ela e o estranho ficar quase nulo. Isso não a deixava desconfortável, mas fazia borboletas pularem em seu estômago. No segundo seguintes suas testas estavam encostadas, o sorriso ainda estava instalado no rosto dele, fazendo-a notar o pequeno buraquinho em sua bochecha.
Após as testas se encontrarem, foi a vez dos narizes. Sentiu o hálito quente em seus próprios lábios.
Os quadris sincronizaram e iniciaram a balançar juntos ao ritmo da música. Lays se aproveitou do momento e colocou sua mão no peito quente e sem roupa do garoto. Segurou a gravata colorida em sua outra mão e a puxou levemente, colando ainda mais os corpos e felizmente, conseguiu ouvir um suspiro dele.
A mão grande e com aneis voou para seu quadril e a outra ao seu pescoco. A luz era fraca mas ela tentou observar por bastante tempo as tatuagens em seu braco grande. Ela sentia as pontas dos dedos com as unhas pintadas passeando em seu pescoco em um carinho leve, a fazendo se arrepiar.
Com mais um pequeno puxão na gravata e seus lábios estão colados aos rosinhas do mais alto.
O aperto de sua cintura mais forte e os dedos enlaçados a gravata, e ela não pretendia soltá-la. Sentiu as unhas curtas dele sendo passadas pelas suas clavículas marcadas, a fazendo se arrepiar.
Os corpos não poderiam estar mais colados. A mão com unhas levemente compridas da garota subiram para a nuca, acariciando os fios finos e leves. Adentrando os dedos no cabelo com preto, dando um leve puxão, fazendo o mais alto suspirar.
-Quer sair daqui?- ele perguntou com seus lábios ainda muito perto dos da menina.
-Eu não sei nem seu nome.
