Os passos apressados ecoam pela escadaria do prédio, só não era mais alto que a respiração de Yeo Changgu que continuava a subir as escadas aos tropeços e com dois militares armados a uns três andares abaixo. Já estava ficando sem ar quando passou mais uma porta, desta vez com o número nove bem grande em branco na porta pesada. Faltava mais um andar para chegar no terraço.
Não era para ter terminado desse jeito.
As instruções eram claras: Ele devia assegurar de que o esconderijo do carregamento esteja seguro até que viessem para movê-lo. Montar guarda pelo quarteirão pareceu não ser uma tarefa difícil para o rapaz esguio que queria uma desculpa para usar roupas escuras de inverno e montar tocaia no restaurante que ficava ali perto. Contudo, faltando alguns dias para fazerem a mudança os cães começaram a farejar.
Changgu se pegava nervoso quando só faltavam algumas horas para que movessem o carregamento, passando a mão pelo cabelo curto e deixando a garçonete bonita flertando com o ar enquanto ele estava aéreo olhando para os homens fardados que reviravam tudo e estavam chegando muito perto de encontrar o que não deviam. Os olhos felinos se apertaram com a ansiedade corroendo seus pensamentos e o rosto anguloso se contorceu em uma careta.
Depois de um longo suspiro ele se levantou, deixando o dinheiro da gorjeta sobre a mesa com um sorriso para a garçonete e decidiu que seria melhor intervir antes que encontrassem o pequeno galpão com todo o carregamento para o rebuliço que estavam preparando para daqui a alguns meses.
Precisava levar aqueles soldados para longe, mesmo que já estivesse afundado demais em merda para se expor para os cães dessa maneira.
Depois que pegaram Micha e Wooseok, os militares começaram a o sondar as pessoas do bar — Já estava mais do que clara a resistência das pessoas que frequentavam e trabalhavam ali — para descobrir os planos do submundo pelas migalhas que foram soltas pelas pessoas que foram levadas para o centro de reabilitação. Changgu não estava livre dessa suspeita. Já não andava pelas ruas sem certa cautela e alguns poucos encontros com os cães o fizeram ter a plena certeza de que estavam sedentos por informações. Hwitaek tem feito bem seu trabalho em os manter informados, mas as coisas têm ficado feias desde que ele teve que sair da capital e agora eles precisam tomar cuidado com certos... encontros.
— Eu vou me arrepender disso...
O sussurro foi tudo o que saiu da boca dele ao sair pelas ruas na direção dos dois soldados que patrulhavam a rua em que estava.
Ele nem se preocupou em colocar o capuz de seu casaco, mostrava bem seu rosto na esperança de que seu plano desesperado funcionaria. Foi questão de segundos até esbarrar propositalmente no ombro de um deles e continuar andando como se nada tivesse acontecido.
— Sargento, como era a aparência do garoto do bar? — Pôde ouvir o chiado do rádio logo depois da voz do soldado.
— O mais baixo? Cabelo castanho, olhos pequenos, magrelo, asiático e com algumas tatuagens. — Changgu conseguiu ouvir, mesmo com a interferência e não se atreveu a parar de andar para confirmar. Sabia que era ele.
— Obrigado Sargento. — Antes que pudesse ouvir o toque do rádio ele se pôs a correr, sem esperar pela ordem de o perseguir.
Changgu era rápido e esperava que fosse o suficiente para levar os dois homens para longe até que venham mover o carregamento. Mesmo desesperado, sorriu quando notou que os dois o perseguiam, agora só tinha que não ser pego.
Assim ele acabou entrando em um prédio qualquer que estava aberto e viu que seria uma péssima ideia quando já estava no quarto lance de escada e os dois continuavam a subir. Pelo menos era longe o suficiente do galpão e isso era a única coisa que consegui pensar.
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Basquiat » » Pentagon
Fanfiction"Se a rebelião tem uma voz, então a faremos ser ouvida." Segeul havia acabado de se tornar um país independente quando a república que mal havia se consolidado colapsou. Os militares junto de influentes políticos deram um golpe de estado e tomaram o...