18- Capítulo

2.3K 164 68
                                    

Nour não discutiu mais comigo naquela noite. Eu fingi dormir depois de tomar um banho pra ela calar a boca.

Foi difícil dormir com Noah vindo a minha cabeça o tempo inteiro. A cada segundo vinha na minha cabeça o sorriso dele, o cheiro dele, as coisas que ele havia dito. Noah havia se tornado meu pensamento mais frequente.

Tentei esquece-lo focando no fato de que no dia seguinte eu veria minha liberdade e todas as pessoas que amo. Noah não será mais o centro da minha mente quando eu estiver de volta em casa. Pelo menos eu espero isso.

[...]

O sinal tocou as 6h00 como sempre e eu me levantei mais animada do que nunca.
Eu arrumei as minhas coisas, troquei de roupa ( uma calça preta jeans, uma blusa também preta, uma jaqueta jeans azul e meu tênis branco ) e sai do quarto junto de Heyoon.

Todos no colégio pareciam eufóricos e animados para irem embora.

Havia também uma fila perto da secretaria para pegar os celulares de volta. Eu, sinceramente, ainda não sei como eu sobrevivi todos esses dias sem ele.

- Meu celular não deve ter notificação alguma. - Heyoon sorriu triste.

- O meu só deve ter da operadora e ligações de 011. - Sofya falou nos fazendo rir.

Ouvindo elas, eu acabei me perguntando se haveriam mensagens do Pepe pra mim. Será que ele sentiu a minha falta? Será que me mandou mensagens de texto?

- Já devolveu o casaco do Noah? - Heyoon perguntou fazendo Sofya olhar pra mim com um sorriso.

- Han.. não. Ainda não o vi. - Respondi olhando de um lado para o outro. Eu realmente não tinha visto Noah ainda.

- Casaco do Noah? Já estão trocando peças de roupas é? - Sofya sorriu maroto.

- Não começa Soso. - Falei rindo.

Enquanto estávamos na fila, Heyoon contou a Sofya o que havia rolado na última noite enquanto eu pensava na minha ideia de aparecer na casa do Pepe.

Eu vou para casa primeiro com o meu pai, ficarei com a minha família e logo depois irei para a casa dele. Eu to louca pra ver a cara dele.

Sorri imaginando e percebi que havia chegado a nossa vez. Nós falamos os nossos nomes e a inspetora nos devolveu nossos celulares.

Saímos da fila já os ligando e a primeira coisa que fiz foi entrar no Whatsapp.
Acabei parando de sorrir quando vi que Pepe não havia mandado uma mensagem se quer para mim. Nenhuma.

Havia apenas umas da Sina, umas da minha mãe, outras do grupo da minha antiga escola e a da minha irmã.

Porém, assim que entrei, a mensagem que ela havia me mandado havia sido apagada por ela. Coisa que eu achei completamente estranha. Não mandei mensagem, acabei deixando para perguntar pessoalmente.

Eu, Heyoon e Sofya saímos do Colégio juntas e eu já avistei o meu pai parado em frente ao carro dele. Abri um sorriso enorme ao vê-lo.

- Olá meninas. - Nour apareceu na nossa frente fazendo o meu sorriso desmanchar no mesmo instante. - Tenham um bom fim de semana, e... espero que certas pessoas se toquem de aqui não é lugar dela e não volte. - Nour sorriu debochada pra mim.

- Vai procurar um garoto pra dar. - Revirei os olhos.

- Difícil encontrar um que não tenha dado. - Sofya falou entre dentes nos fazendo gargalhar.

Nour ficou irritada e saiu de perto de nós batendo o pé. Eu nem sei porque essa garota ainda insiste em falar com a gente.

- Sem noção. - Heyoon resmugou.

No Colégio Interno { ADAPTAÇÃO URRIDALGO }Onde histórias criam vida. Descubra agora