Capitulo 7

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A sala parecia um verdadeiro funeral naquela manhã, pois parte do plano envolvia que as mulheres se vestissem de preto e se passassem por uma companhia de limpeza para a casa do falecido duque.

— Estão prontas? — Perguntou Laís, obtendo dois acenos de cabeça como resposta. — Ariela, não esqueça da peruca.

O disfarce de Ariela. Um ponto crucial para que não a reconhecessem. Nem ela mesmo se reconheceu ao se olhar no espelho com aquele negócio na cabeça, parecia de fato outra pessoa.

As três saíram da casa bem cedo, antes mesmo que a padaria fosse aberta. Uma carruagem as esperava na rua de trás. Nikolás, Cassandra e Eleonora já as esperavam dentro dela.

— Estamos indo para um funeral? — Brincou Nikolás.

— Sim, para o seu, se não calar a boca. — Disse Leo com um sorriso macabro.

A carruagem seguiu andando por um tempo, para um palacete, longe do centro da cidade, onde guardas estavam parados nos portões. A carruagem parou.

— Vocês descem agora, encontro vocês lá dentro. — Disse Nikolás.

As cinco desceram da carruagem, e foram direto ao portão.

— Quem são vocês?

— Somos a equipe de limpeza que contrataram, viemos limpar e organizar os pertences do falecido duque. — Respondeu Laís.

— Nomes?

— Eu sou Liana, e essas são Elizabeth, Catherine, Diane e Ah... Francesca. — Indicou Laís dando um nome novo as moças de acordo com a primeira letra.

— Podem entrar.

Os guardas abriram os portões e as cinco entraram no palacete. Elas andaram pela estradinha de cascalho até as grandes portas de carvalho, elas entraram e se depararam com uma grande escadaria.

— Francesca, é?

— Desculpe, não consegui pensar em um nome com A.

— Até que não é um nome ruim.

— Parem de tagarelar, temos que encontrar a biblioteca logo.

— É por ali. — Disse uma voz atrás delas.

Elas se viraram rapidamente, e um Nikolás encapuzado e com um sorriso nos lábios as encarava.

                             —◇—

A carruagem seguiu andando um pouco mais até a parte de trás do palacete, onde Nikolás desceu. Havia sido bem fácil e rápido pular o muro sem que nenhum guarda o visse, e depois seguira para a porta da frente, já que as de trás estavam trancadas. Ele entrou e esperou as outras atrás de uma das portas. Elas nem haviam percebido que ele estava ali, permitindo que ele desse um susto nelas.

— Calme, sou apenas eu. — Disse ele ao ver que Laís já havia desembainhado uma adaga de algum lugar e estava pronta para atira-la contra ele.

— Idiota. Eu poderia ter te matado.

— Até que não seria má ideia, daí ele poderia parar de tagarelar no meu ouvido todo dia. — Brincou Cassandra.

— Podemos deixar as discussões familiares para depois e focar na tarefa?

— É claro, querida ladra, vá em frente, execute seu trabalho com maestria.

— Obrigada.

— A biblioteca fica no segundo andar, terceira porta a direita. Mas acho que seriamos muito mais bem sucedidos se vasculhássemos o escritório particular.

— Ótimo, Cassandra, Dália e eu olhamos na biblioteca. Leo, Ariela e Nikolás, procuram no escritório. 

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