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As duas semanas que passei completamente desligada do Ruggero foi como acordar e ter a certeza de que seria mais um dia ligeiramente vazio

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As duas semanas que passei completamente desligada do Ruggero foi como acordar e ter a certeza de que seria mais um dia ligeiramente vazio.
Era estranho como em tão pouco tempo ele já era capaz de ocupar um espaço grande dentro do meu coração. Logo eu, que decidi nunca precisar de ninguém, precisava loucamente vê-lo, sentir seu cheiro, ouvir sua voz...

Mas seria maldoso da minha parte querer algo dele quando feri seu coração da pior forma que pude, por isso me escondi atrás do trabalho, ajudando minha equipe a bolar um bom plano 'fênix' para a imperatriz e, graças ao Diego, a impressa não me incomodou mais.
Pude enfim trabalhar em paz.

Mudei de hotel, controlei meu tratamento com os remédios que Diego receitou anteriormente, fiz alguns exames de rotina e me concentrei em um futuro próximo onde eu poderia ir embora e fingir que nada aconteceu.

Mas então, quando já me sentia bem melhor, liguei para o meu novo médico de plantão e perguntei se ele ainda se lembrava do convite que tinha me feito.
Diego havia me deixado em paz nos dias que se seguiram, então optei por ligar, afinal, ainda sentia que precisava dar a última cartada no romance maluco que vivi.

Ou talvez, só talvez, a masoquista que existia em mim precisava ver o Ruggero uma última vez.

De qualquer forma, lá estávamos nós na Monarquia dos Cafajestes, cara a cara, sem ter para onde correr, sem conseguir fugir do ódio e ressentimentos que nos cercavam.
E foi naquele instante que me arrependi da atitude estúpida que tomei.

Não sabia como tinha me deixado levar por sentimentos tão imaturos...

Ruggero me fazia perder a maldita razão.

─ Saia do meu bar. – Ele rosnou, sacando uma arma e apontando para Diego.

O barulho estava alto e as pessoas permaneciam concentradas em suas ações luxuriosas, além do mais, Ruggero estava com a arma na altura do quadril, mirando quase no rosto de seu pior inimigo que continuava tranquilamente sentado, sorrindo.

Me pus de pé sem nem perceber e soltei minha taça.

─ Ruggero, não há necessidade disso. – Falei.

Seus olhos escuros de fúria voltaram-se para mim.

─ O que está fazendo com esse imbecil, Karol?

Pisquei os olhos, voltando para os eixos.

─ Isso não é da sua conta. Posso sair com quem eu quiser.

Um riso gélido escapou de seus lábios pálidos.

─ Mas tinha que ser justamente com ele? E tinha que ser no meu bar?

─ Não há nenhuma placa lá fora dizendo que há restrições para entrar aqui... – Diego falou com sarcasmo. ─ Não seja ranzinza, amigo.

A arma foi destravada tão rapidamente que só percebi o dedo dele no gatilho quando meu coração retumbou loucamente.
Tentei me mexer e esbarrei na mesa, derrubando os líquidos de nossas taças.

Monarquia dos Cafajestes (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora