Capítulo 6

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Relembrar do nosso 2º encontro faz com que eu me divirta muito, era engraçado vê- la nervosinha. A mulher era a mesma do vídeo ontem, comprovei isso com Rosie que ficou histérica quando viu ela. E devo admitir ela era linda, pele muito bem bronzeada,  cabelos castanhos cumpridos, mais cumpridos que apareceu no vídeo. Olhos marcantes, e boca minha nossa que boca! Carnuda e pintados com batom vermelho, minha mente pervertida logo imaginou coisas

Ah para com isso, você tem uma mulher que a ama! Respeite porra

Com esse pensamento me repreendi rapidamente, na onde já se viu? Pensar em algo assim ? Ainda mais a noite que eu tive ontem!
Li e reli o relatório da guria jeca, por coincidência ela tinha mesmo nome da mulher de hoje cedo, Melissa, mas obviamente não era a mesma pessoa.
A tarde foi tediosa como sempre, mas o que me prendia aqui era as papeladas na minha mesa e abençoada reunião com a guria jeca. Só estou fazendo isso pelo meu pai, ele insistiu muito depois que veio aqui. O Velho até me ligou quando cheguei se não tinha mudado de ideia.

Sim pai, ela vai vim hoje aqui as cinco horas...

Levei um susto quando o telefone tocou, estava distraído com alguns assuntos da empresa.

- Senhor? ela chegou.

- Quem?

- Senhorita Machado

- Hum ok, mande entrar.

- Sim senhor !

Pela voz da Rosie, creio eu que ela estava impactada, mas não fico surpreso com isso, qualquer coisa impressiona essa mulher, não era primeira vez.
Escuto batidas na porta e em seguida abrindo e não acredito no que eu vejo.

- Boa tarde, Sr° Hernández

Espero ela se virar, ela provavelmente ficará mais chocado do que eu.

- Vim aqui para falar a respeito...

E bumm, nós nos  encaramos perplexos. Era muita coincidência

- Você ! - falamos juntos

Era muito a cara do destino nos reencontrar novamente.

- Por acaso está me perseguindo?

- Euu??? É você que não larga do meu pé

- Isso não tem graça! - diz ela totalmente irritada com as mãos na cintura

Que graça!

- Eu não tenho culpa se nós reencontramos novamente

- Vai jogar essa desculpa pra mim de novo?

Vou até a porta e me aproximo dela sua expressão de irritada muda drasticamente para surpresa e vergonha? Talvez seja só impressão minha, mas logo descarto quando ela prende a respiração e da um passo para trás, assim de perto a diferença de altura é gritante, agora posso reparar bem. Sou mais alto que ela.

- Eu não estou jogando na cara o que é verdade- Retruca, voltando a postura irritadiça mas agora com os braços cruzados, eu rio por dentro apesar de que por fora estou totalmente sério.
- A verdade é que, esses reencontros só diz uma coisa.

- O quê?

- Que nós temos algo para resolver.- digo me dirigindo a minha cadeira novamente

- Ah sim, claro.- diz ela, é impressão minha ou ela ficou um pouco frustada?

- Pois bem, senhorita Machado. Sente-se- Diz eu apontando para a cadeira

Logo ela desperta do transe, parece que ela acaba de discutir consigo mesma pois a mesma faz uma careta e logo senta.

- Meu pai, Carlo Ramirez Hernández. Acho que teve contato com a senhorita, imagino ?

- Sim, teve. Ele disse que o senhor poderia me ajudar em um negócio que estou fazendo.

- Que negócio ? - cruzei minhas mãos e apoiei no queixo

- Na verdade, é um projeto Sementes da terra , com objetivo de aproximar mais as pessoas em coisas saudáveis. - diz com certo brilho nos olhos

- É um projeto interessante, mas porquê precisa da ajuda de nossa empresa?

- Quero expandir mais esse projeto, é só com o nome da minha empresa não irá adiantar, se é que você me entende.

Neste ponto ela tinha razão, o mundo de hoje é vividos por nomes e marcas. E com nome da empresa envolvida poderia da um Up nos seus negócios.

- Entendo, senhorita Machado. Mas infelizmente vou ter que recusar

- O quê?

- Não fui com a sua cara, sinto muito

- Mas em? A gente está tratando de negócios e não porque você não foi com minha cara, saiba que isso é recíproco!

Ok, isso foi cruel, mas a cara dela foi impagável

Não aguentei a cara que ela fez e gargalhei alto, ela me encarou mais irritada ainda.

- Eu estou com cara palhaça pra você ?

- Você irritada é uma graça !

- Você é louco, seu besta!

- Ah, só estava quebrando a tensão aqui.

- Quebrar a tensão ? Vou quebrar a sua cara!

- Nossa, sua bruta - me fingi de medo

- Você vai começar a levar a sério ?

- Vem cá, porque nas redes sociais você tem sobrenome Meirelles e aqui Machado ?

- É sério isso ? Tanta coisa pra resolver e você quer saber disso?

- Já está resolvido, sua bruta, vou assinar o contrato e empresa terá como seu patrocinador.

- Minha nossa, você acabou de dizer uma coisa e agora está dizendo outra? - perguntou toda confusa - Você é louco! Completamente louco

- Vai me responder ou não ?

Ela revira os olhos e bufa - É o meu nome completo, Meirelles para as redes e coisas importantes Machado.

- Por que ?

- O que você quer saber seu curioso ?

- Quero saber porque eu perguntei, a dã!

- Deus, você é mesmo louco.

- Vai, fala aí

- Bem, Meirelles é da minha mãe e Machado do meu pai.

- Hum

- Respondeu sua pergunta ? - diz arqueando uma das sobrancelhas

- Sim, bem aqui está o papel do patrocínio- falo, entregando o documento- Assine aqui, por favor.

Ela pegou o papel e a caneta que eu estava segurando na mão. A partir do momento em que sua mão encostou na minha, meu corpo teve um pequeno choque mas em? Nem com a Rebeca me sinto assim, olho que eu a amo.

Nós dois arregalamos os olhos e ela pegou a caneta e começou assinar. Confesso que quando as mãos se separarem me senti um pouco vazio.

- Aqui está senhor Hernández.

Pisquei os olhos voltando a realidade, peguei o papel, era bonita a caligrafia dela. Letras muito bem desenhadas.

- Está tudo certo então, era só isso mesmo senhorita Machado.

- Ah ok, bem obrigada! Até mais - diz se levantado

- Até em breve...- me despedi com certa tristeza e logo me repreendi.

Me levantei também, e demos as mãos fechando oficialmente o negócio, e senti novamente o tal choque dessa vez era mais intenso, o leve encostar de mãos não se compara, minha mão era maior que a dela. Sua palma era áspera, estranhei pois as mãos das mulheres costumam a ser macias, né ?
Mas aí lembrei que ela não era uma mulher que mantém as mãos macias, ela trabalhava duro.
E novamente aquele vazio voltou quando ela puxou sua mão, vi sua silhueta se digerir a porta.

Senhorita Machado, nos encontraremos em breve....

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