Quando se trata de passar vergonha, eu jamais pensei em dar aula.
Depois que Yugyeom me tirou de perto do Hwang aos gritos, ele ficou com uma cara de deboche, mas tive que respirar fundo e ser obrigado a ir para o carro deles e voltar para casa. Mas fui em protesto de braços cruzados.
Assim que chegamos em casa eles nem me deixaram falar, apenas me mandaram sair do carro e entrar em casa, por fora eu continuava com uma cara de quem não ligava, só que por dentro eu me tremia todo.
— Han Jisung, por que você está se virando? Um ômega criado com todos os ensinamentos, te falamos que apenas depois do casamento que poderia tocar no seu alfa, mas eu acho você na cama com um homem. — Yugyeom falou aquilo nervoso, ele estava mexendo no cinto da calça, minha mente deu um branco se lembrando daquele dia. — Mas não se preocupe, eu vou corrigir.
— Yugyeom, por favor, se… — appa Jackson que estava na cozinha, saiu dali segurando um pano de prato.
— Cala a boca! — Com a voz de alfa, ele gritou assustador e vermelho. Eu me lembrei com todas as cores e sons daquele dia.
— Pala! Eu te odeio, você semple faz isso! Eu odeio ser a pola de um ômega. — Eu não controlei minha língua, fungando com um bico, eu gritei saindo correndo dali.
Subi as escadas sem olhar para nada, entrei no meu quarto batendo a porta com força e soluçando, além de trancar, me joguei na cama abraçando meu travesseiro e fechei os olhos me sentindo péssimo.
— Para, Miau. — Resmunguei sentindo a língua do animalzinho que eu não tinha visto no quarto no dia anterior, devia está vagando pelas ruas e voltado.
Me virei vendo a luz do dia aparecer pelos cantinhos da cortina, peguei o animalzinho no colo e abracei me lembrando do dia anterior. Não aguentando, funguei chorando baixinho tremendo, naquele momento eu odiava ser um ser de classe baixa.
— Miau. — Olhei para a gatinha, ela parecia tão fofa, mordi o lábio olhando para a cortina tomando vergonha para me arrumar. — Miau. — A gatinha foi me seguindo por onde ia pegando minhas coisas para me arrumar.
— Shi! Não fique assim, eu tenho aula. — Respirei fundo entrando no banheiro.
Tomei um banho mais lento que os outros, o grito que ele deu não saia da minha mente, latejava tanto e eu poderia afirmar com toda certeza que minha orelha estava sangrando.
Depois de arrumado e tacar umas boas camadas de base nas olheiras, arrumei a bolsa colocando minha melhor expressão de quem não estava nem aí com um misto de simpatia, e como eu não queria ver ninguém, muito menos meu appa e ele, corri pelas escadas já indo para a escola. Chegaria mais cedo hoje.
Chutei pedrinhas pelo caminho, olhava o céu limpo e um pouco mais quente do que o costume, passei pelo porteiro o cumprimentando e caminhei até o meu armário, Chan só aparecia no horário certo de fechar o portão.
Coloquei minha senha, mas infelizmente por estar tão irritado eu tinha errado o último número, tive que recomeçar e já nervoso, puxei com tudo o armário. Só que um barulho alto seguido de um grito fino fez minha bunda trancar, com medo e preocupado de ter matado alguém e ser preso, eu fechei rápido indo ajudar, e acabei vendo uma garota loira com o uniforme engraçado.
— Minha nossa senhora! Você está bem? — Segurei a garota pelos braços a ajudando a levantar.
— Óia, bem talvez 'deu' não esteja, minha cabeça, oh, 'ocê' fez diação na minha cabeça. — Eu arregalei os olhos um pouco confuso, mas entendendo boa parte.
— Você veio do interior? — Uma lâmpada acendeu e percebi que talvez estivesse sendo incoveniente. — Me desculpa.
— Tá bom, piá. Ocê' estuda nesse lugar grandão? — O sotaque dela até que era fofo, mas eu entendia pouca coisa.
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Bola pro mato - HYUNSUNG
Fiksi PenggemarApós a vaga de presidente do Grêmio ser aberta, Hyunjin, o cara mais popular e quarterback se candidata, porém com a fama de galinha e irresponsável, Chan dá uma missão para Han Jisung, um ômega mimado e princesinha: vigiar tudo o que aquele alfa me...