8° Capítulo

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Jack saiu da banca e se deparou com Wilton sentado em um banco da praça com vários papéis na mão. Passando perto dele, Wilton disse:
— Pode me ajudar?
— Como? — disse Jack.
— Comprando um desenho meu, passei praticamente toda a noite desenhando, são apenas R$3,00.
— Eu não tenho dinheiro trocado.
— Eu estou aqui dês de manhã e ninguém chegou perto de mim para comprar. Meu companheiro não quis ajudar vender — disse triste.
— Quantos desenhos você tem?
— Eu tenho cinquenta desenhos.
— Vou comprar todos.
— Você faria isso por mim?
— Sim, todos deveriam ter a consciência de ajudar uns aos outros.
— Muito obrigado, aqui estão os desenhos  — disse dando-os.
— Por nada, aqui está o dinheiro. — disse dando-o.
— Agora se não se importa eu preciso ir, tenho muito a fazer — disse tirando as alianças do bolso.
Jack, quando viu as alianças ficou quase paralisado, mas tentou disfarçar o nervosismo.
— Qual o seu nome? Posso saber o que fará com o dinheiro?
— Me chamo Wilton e irei comprar roupas novas, esta que estou vestindo tenho á muito tempo.
— Está certo!
Wilton, quando estava vendendo os desenhos, pensou em desistir e rasgar todos os papéis, mas quando apareceu um comprador, ele percebeu que sempre deve-se esperar e ter paciência para conseguir algo.
Jack viu Wilton entrando em uma loja de roupas e continuou o caminho para casa de Edward.
Quando estava chegando na casa, dois homens o chamou, eles vestiam uniformes da empresa Allen:
— Você poderia nos ouvir? — disse Rony.
Jack pensou em não ouvir os homens, pois achou que eles falariam sobre Kelly. Mas decidiu ouvi-los.
— Sim, pode dizer — respondeu Jack.
— Nós vimos esses desenhos em sua mão, e gostaríamos de saber quem os fez.
— Foi Wilton, ele estava vendendo na praça quando eu sai do serviço.
— Você poderia nos ajudar a procura-lo, isso é muito importante, á tempo eu não via desenhos tão criativos — disse Rony.
— É verdade, são perfeitos — disse Patrick.
— Wilton estava com pressa, pois ia comprar roupas. Ele entrou em uma loja perto da praça.
— Você poderia ir até lá conosco?
Jack por um momento não quis ir na loja, pois queria ajudar na decoração da festa, mas logo veio a fala de Maria em sua mente:
— Você não pode dizer que tem certeza de que virá, pois não sabe o que vai acontecer daqui a poucos minutos.
Então logo respondeu:
— Eu irei, espero que ele não tenha saído da loja tão rápido.

***

Chegando na loja de roupas, perguntaram por Wilton, e uma das funcionárias disse:
— O mendigo acabou de sair daqui, ele comprou algumas roupas e foi para a casa de Bruna.
— Bruna? mendigo? — disse Patrick.
— Sim, Wilton o mendigo, e Bruna a dona da loja.
— Esqueci de avisar que o criador desses desenhos é um mendigo — disse Jack.
— Não acredito que caímos nesta mentira — Patrick disse.
— Por que? — Jack disse.
— Um mendigo não desenharia algo tão criativo.
— Vamos até ele, assim saberemos se é verdade — disse Rony.
— Você pode nos dizer onde é a casa de Bruna — perguntou Patrick.
— Por que quer saber onde ela mora?
— Queremos falar com Wilton, para lhe fazer uma proposta.
— Que proposta?
— Contrata-lo para desenhar a nova coleção de roupas Allen.
— Temos muitas roupas desta empresa aqui. Vocês realmente querem contratar um mendigo? As roupas Allen são tão belas.
— Onde Bruna mora? — Rony perguntou impaciente.
Depois de algum tempo, a funcionária passou o endereço da casa de Bruna e quando chegaram no local, ela e um homem estavam saindo da casa.
— Bruna? — perguntou Patrick.
— Sim, sou eu.
— Você viu Wilton? Um mendigo.
— Não vi, você viu? — Bruna perguntou para o homem.
— Também não vi.
— Disseram a nós que ele estava aqui — disse Rony.
O homem e Bruna começaram gargalhar.
— O que está acontecendo? — Rony e Patrick questionaram.

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